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terça-feira, 2 de agosto de 2011

FAXINA SELETIVA


Prof. Marcos Coimbra
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
         A denominada “faxina” no ministério dos Transportes atingiu principalmente o partido mais fraco da base aliada, o PR, dirigido pelo notório deputado federal Valdemar Costa Neto. Perifericamente eliminou um diretor petista do Rio Grande do Sul.
         A pergunta que não quer calar é: por que o “eleito” foi justamente este ministério e seus órgãos? Por que não outro? Será que lá a corrupção é maior? Poucos cidadãos duvidam que, caso os mesmos critérios fossem adotados nos demais ministérios e órgãos, os resultados seriam bastante semelhantes, talvez revelando delitos mais graves. Será que a causa principal foi justamente o fato de ser o partido menos importante da aliança formada pelo “presidencialismo de coalizão”? Outra intenção conseqüente seria provocar um “efeito-demonstração” nos congêneres. Uma espécie de aviso para moderarem as atividades ilícitas porque o limite imaginável já foi ultrapassado. Ou seja, roubem moderadamente, sem deixar rastros.
         Seria um erro grave iniciar por um órgão sob o comando dos principais partidos governamentais, o PT e o PMDB. O primeiro representaria um corte na própria carne, acabando por desmoralizar o ex-partido “ético”. O segundo em virtude de afetar a governabilidade dos atuais detentores do poder político no país. Sem o PMDB, a administração de  Dilma não sobrevive. Já o que pode fazer o PR de ameaçador? De fato, ele não tem saída. Não sobrevive sem participar do butim e não possui um líder como o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que caiu atirando ao denunciar o “mensalão” e apesar disto seu partido continua na base governista. Outra indagação pertinente é : por que os corruptores não são sequer citados, além de punidos?
A imprensa já denuncia abertamente outros órgãos da Esplanada, como os ministérios das Cidades, Agricultura, Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário, e também autarquias como Incra, Codevasf, Conab, Funasa, e até a Agência Nacional de Petróleo. Na realidade, a corrupção grassa em praticamente todos os lugares, passando a ser banalizada. Outro candidato forte seria o ministério do Esporte, pois pertence ao PC do B, também pequeno. Mas é uma área altamente sensível agora, em virtude da realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. E tudo isto após a “flexibilização” nas licitações, criada pela Medida Provisória 527, denominada de Regime Diferenciado de Contratações para obras da Copa e Olimpíadas.
O Sr. João Alberto Viol, presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) afirma que: “O principal problema da contratação integrada é que ela será definida com base em um anteprojeto, etapa anterior ao projeto básico e que já não é o melhor parâmetro para a contratação pública de obras. Essa opção joga no lixo o conhecimento acumulado da arquitetura e da engenharia brasileira”.
         Tudo leva a crer que os escândalos dos Jogos Pan-Americanos serão considerados como aperitivo, diante do que está por vir. O atraso, proposital ou ocasionado pela incompetência, é de tal ordem em quase todas as áreas, que a maioria dos empreendimentos será objeto de licitações de emergência, abrindo caminho para negociatas homéricas. Grandes fortunas serão aumentadas e muitas novas construídas. Vultosos recursos para dispendiosas campanhas eleitorais serão acumulados, possibilitando a eleição de novos “postes” para qualquer cargo.
         É inadmissível que em um país como o Brasil, com carências enormes em toda a infra-estrutura econômico-social, tenha sido escolhida como prioridades a realização destes dois eventos. Caso os grandes problemas tivessem já sido resolvidos, nada a opor. Mas os fatos demonstram o absurdo. Apenas nos últimos dias, no Rio de Janeiro a rede pública estadual de ensino está em greve e o Hospital Municipal Rocha Maia fecha as portas por falta de médicos. O salário  mensal de um profissional concursado do Estado do Rio é de cerca de R$ 2.000,00 por 24 horas semanais de trabalho. Em São Paulo, no último final de semana, crimes terríveis ocorreram em sucessão, mostrando a fragilidade da segurança pública. O Custo Brasil é assustador. A precariedade dos nossos aeroportos, rodovias, ferrovias, portos etc. impressiona.
         Fica difícil acreditar que tudo funcionará a contento em 2014 e 2016. Torcemos para dar certo, mas isto só não basta. Coitado do Pelé. Coube a ele a impossível tarefa de, na qualidade de embaixador honorário da Copa de 14, explicar o inexplicável. E com direito à companhia de Ricardo Teixeira, o todo poderoso presidente da CBF, a quem não suporta.
 E, finalmente, o que restará de legado para o povo brasileiro após a realização destes eventos? Estádios monumentais, utilizados por algumas vezes, de cara manutenção, inviáveis economicamente, espalhados pelo território brasileiro. Alguns acham que vale o sacrifício, pois a marca Brasil será divulgada e o turismo incrementado nas duas ocasiões, podendo estimular o turismo receptivo depois. Porém, isto poderá ocorrer, a um custo elevado, se tudo for bem. E caso não seja? E os estudiosos dizem que o investimento não costuma ser recompensado. Por que o Japão saiu da liça?  Remendos de metrô como o planejado para o Rio de Janeiro não representam solução e sim mais transtorno para o usuário. Dá pena comparar o estágio apresentado por Londres para as Olimpíadas de 2012 com o nosso.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 02.08.11-MM).

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Comentário nº. 104– 1º de agosto de 2011



Assuntos: Corrupção e Ambientalismo; Ouro e Dólar e Notícias Globais

Os corruptos e os ambientalistas radicais
Carlos Minc, ex-ministro do atraso, celebrou as demissões no Min. dos Transportes por acreditar que causariam suspensão do asfaltamento da BR-319, Manaus-Porto Velho. Torce igualmente contra as outras rodovias que trariam o progresso, a riqueza e o barateamento dos fretes naquelas longínquas e abandonadas regiões. Esses apátridas opõem ferrenha resistência, em sua agenda de obstaculizar a ocupação e o desenvolvimento socioeconômico do Centro-Oeste/Norte do País. Vale lembrar que o asfaltamento de algumas das estradas na Amazônia propiciaria, só no frete, a economia de 30 dólares por tonelada exportada. Isto tornaria nossa soja imbatível no mercado internacional.
A indispensável correção das ladroagens estão sendo aproveitas para impedir que obras e projetos de importância crucial sejam implementados na Amazônia. Para impedir as obras, de mãos dadas, - corruptos e ambientalistas, lançam suspeitas sobre os batalhões de engenharia do Exército. Ainda que, no Exército se puna severamente qualquer desvio, a simples calunia pode retardar ainda mais as obras, exatamente as mais difíceis e mais necessárias. É isto o que visam.
A pressão ambiental contribuiu também para que o ex-diretor-geral do DNIT, Luiz Pagot, fosse o alvo mais visado, por ser ele um veterano entusiasta do asfaltamento de rodovias e da implementação de hidrovias na Amazônia. Sem ter como confirmar, tenho recebido informes que ele sempre se opunha às maracutaias no Ministério. Tomando esses informes por reais, lamento que ele não tenha aberto o jogo, como era a expectativa.
Saudamos a faxina da Presidenta. Dilma. Só desejo que os ambientalistas radicais não consigam paralisar as obras. De qualquer forma, é fácil perceber que o ambientalista radical pode ser ainda até mais prejudicial à Pátria do que o próprio corrupto.

Mais atraso
O governo enfrenta problemas nas obras de duplicação da BR-101. Questões indígenas estão atrasando o trabalho em Alagoas. "As obras começaram em maio de 2010, mas estão sofrendo problema de continuidade, não com falta de verbas, mas por conta do atraso na liberação de licenças ambientais para os trechos que cortam áreas indígenas".
Em tempo:A Funai declara como território indígena 8.000 hectares de fazendas  produtivas em Ponta Porã.

O Ouro e o Dólar
A instabilidade financeira, a expansão da renda da população mundial e o descrédito do dólar provocam nova corrida ao ouro. E, novamente, a riqueza extraída do solo brasileiro vai para cofres de governos e bancos internacionais, embora também desejados por investidores, corporativos e individuais, os quais querem um ativo considerado seguro e em valorização, uma aplicação antes pouco acessível a pessoas físicas..
No ano passado exportaram-se 75% do total produzido, fora os contrabandeados. Este ano as vendas devem superar de muito, principalmente para o Reino Unido, Suíça, EUA e Canadá. Exatamente para os países de sedes de bancos mundiais, que sabem: que com a queda das atuais moedas de referência, a moeda será o ouro, ou quem sabe barris referenciais de petróleo.
Parece piada. Estamos trocando nosso ouro por moedas condenadas a perder o valor, quando deveríamos proibir e exportação; incentivar o garimpo e comprar o ouro;
Brasil, desperta! .

 Ao menos, a vitória esportiva
A participação do Brasil nos Jogos Mundiais Militares, com um brilhante primeiro lugar no quadro de medalhas, mostra que a Comissão Desportiva Militar sabe o que faz. As causas do sucesso dos atletas brasileiros nas competições, seriedade, disciplina, organização e criatividade devem ser analisadas com atenção pelo COB, como positiva lição para as Olimpíadas de 2016. A mídia pouco divulgou.

Notícias Globais
- Armamento Nuclear - Juntamente com Nova Zelândia, o Brasil é o único país do mundo que proscreveu os usos não pacíficos da energia nuclear na sua própria Constituição Federal..Ainda bem que constituições são alteradas frequentemente..
- Reservas em ouro – Todos procuram se livrar dos dólares, menos o Brasil Os países centrais ampliam reservas de minérios para enfrentar a crise.
- Não se tem falado mais na Líbia.  Ainda que pareça impossível que essa nação, dividida internamente e com apenas 9 milhões de habitantes, possa se agüentar, esse conflito nos mostra que o poder aéreo também tem limites. É bom prestar atenção pois um dia o bombardeio pode ser sobre nós.
- A Divida dos EUA- Contamos como quase  certo que o teto da dívida será ampliado (ou já teria sido, no momento que este texto seja lido). A realidade é que, imprimindo mais dólares, terão, no futuro,que enfrentar o mesmo problema, não só com uma dívida ainda maior, mas principalmente estando já os demais devidamente alertados. E se o teto não tiver sido ampliado? Nesse caso veremos as repercussões já na próxima semana, não tanto em função do que deixará de ser pago, mas em função da recusa ou não de aceitação do dólar.
- O envelhecimento da população pode ser considerado como a origem da crise econômica futura. No próximo decênio seu efeito pode não ser mais suportável, porque  cada vez maior pessoas saem da fase produtiva e se transformam num custo impossível de ser sustentado por quem produz, enquanto cada vez menos pessoas entram no ciclo produtivo. No nosso caso, é mais um motivo para encarar a questão do controle da natalidade que do estrangeiro tentaram nos impingir, com a finalidade de impedir que ocupemos todo o território que herdamos. É inadiável planejarmos educação e estratégias para sustentar as famílias na sua vocação natural a ter filhos. Assim poderá começar uma verdadeira recuperação econômica, e principalmente garantiremos nossa integridade territorial.

Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani

Adendo
RESPOSTA A "ÏRREGULARIDADES DE FARDA":
 Recebido do cel Lauro Pastor


ADENDO AO COMENTÁRIO 104

Um trecho da:
RESPOSTA A "ÏRREGULARIDADES DE FARDA":UMA OPINIÃO
 cel Lauro Pastor
MEU AMIGO!!!
MINHA OPINIÃO ESTRITAMENTE PESSOAL É: A JORNALISTA QUE REALIZOU A REPORTAGEM "IRREGULARIDADES DE FARDA" ESTÁ MISTURANDO ALHOS COM BUGALHOS E CHUTANDO FIRME PARA VER SE COLA.
A ÚNICA NOTÍCIA CONFIAVEL É A DO CENTRO DE COMUNICAÇÃO DO EXÉRCITO, QUE, DEMOCRATICAMENTE, REPASSA AS PEDRAS ARREMESSADAS PELOS OUTROS EM SI MESMO, SEM UMA DEFESA CONVINCENTE, POIS APENAS INFORMA SEM COMENTAR OU PERMITIR COMENTÁRIOS DOS DEPARTAMENTOS ATINGIDOS.
POSSO TE AFIRMAR, POIS ESTOU NO EPICENTRO DAS OBRAS DA ENGENHARIA MILITAR NA AMAZÔNIA, O 2o. Gpt Eng, QUE NADA DO QUE FOI DITO SOBRE A BR 163 SANTARÉM - CUIABÁ É VERDADEIRO;
O TRECHO DO EXÉRCITO NESSA RODOVIA É DE 217 KM, DISTÂNCIA REAL QUE VAI DE SANTARÉM A RURÓPOLIS. 1012 KM É O TRECHO TOTAL DE SANTARÉM ATÉ O ENTROCAMENTO COM A BR 364 CUIABÁ > PORTO VELHO. OS OUTROS QUASE 800 KM ESTÃO SOB A RESPONSABILIDADE DE 9 FIRMAS CONTRATADAS DIRETAMENTE PELO DNIT QUE AINDA ESTÃO ATACANDO OBRAS. O 9o. BEC DE CUIABÁ ESTÁ CONCLUINDO NOS DOIS EXTREMOS.
O VALOR DO TRECHO ATRIBUÍDO AOS 5º. E 8º BEC É DE CERCA DE R$ 130 MILHÕES DISTRIBUIDO POR 3 ANOS, OU SEJA CERCA DE 40 MILHÕES POR ANO. OS 300 MILHÕES A QUE A JORNALISTA SE REFERE SÃO DO DNIT DISTRIBUÍDOS A EMPRESAS CONTRATADAS PARA RECUPERAÇÃO DA BR 230 TRANSAMAZÔNICA.
NA BR 319, MANAUS - PORTO VELHO, NOSSOS PROBLEMAS SÃO PURAMENTE TÉCNICOS POIS ESTÁVAMOS PARADOS HÁ MAIS DE 20 ANOS (TODA A ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO) E A RODOVIA HAVIA SIDO DESTRUÍDA PROPOSITADAMENTE HÁ MAIS DE 25 ANOS;
DE REPENTE, NO INÍCIO DO PRIMEIRO GOVERNO LULA, NOS JOGARAM TODOS OS PROBLEMAS DO PAÍS AERO-RODOVIÁRIOS-PORTUÁRIOS NOS PEITOS.
 O LULA SÓ DIZIA QUE O EXÉRCITO RESOLVE E É MAIS BARATO. VIRAMOS PAU PRÁ TODA OBRA, SEM PODER OU POR NÃO QUERER RECLAMAR;.COM A ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO NA ERA LULA, ACONTECEU ALGO SEMELHANTE AO QUE OCORREU COM A FEB NA ORGANIZAÇÃO PARA A 2a. GUERRA; PURO DESPREPARO OPERACIONAL E TÉCNICO, E TOTAL FALTA DE EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS.
 PODERÍAMOS ESTAR ATACANDO OBRAS MILITARES MAS PREFERIRAM NOS DEIXAR DANDO ORDEM UNIDA E REALIZANDO PEQUENOS EXERCÍCIOS DE ENGENHARIA DE COMBATE E PRATICAMENTE NADA DE CONSTRUÇÃO, QUE É O NOSSO VERDADEIRO ADESTRAMENTO;MAS A HONESTIDADE E A DIGNIDADE AINDA CONTINUAM PRATICAMENTE INTOCADAS.
JÁ NÃO POSSO AFIRMAR O MESMO NO CASO DO IME CUJO PROCESSO CRIMINAL ESTÁ EM ANDAMENTO NA JUSTIÇA MILITAR. ESSE É REALMENTE CABELUDO. LAMENTAVELMENTE NÃO SE PODE GANHAR TODAS.
É EXTREMAMENTE DIFÍCIL TRABALHAR COM ESSES ÓRGÃOS FEDERAIS, EM PARTICULAR O DNIT; PROVA DISSO É O QUE ESTÁ ACONTECENDO AGORA. ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO POR TODOS OS LADOS; ELES FAZEM TUDO PARA NOS ATINGIR COM A LAMA QUE PRODUZEM POIS SABEM QUE ESTAMOS NO SISTEMA CIVIL DE OBRAS CONTRA A VONTADE E NOSSA FORMAÇÃO NÃO ADMITE CANALHICES E PROPINICES, SALVO RARÍSSIMAS EXCEÇÕES JÁ DETETADAS.
ESPERO QUE TENHAM ENTENDIDO MINHA MENSAGEM!!!

domingo, 31 de julho de 2011

O IDIOTA QUE FALA INGLÊS



“Devo confessar o meu horror aos intelectuais ou, melhor dizendo, a quase todos os intelectuais. Claro que alguns escapam. Mas a maioria não justifica maiores ilusões. E se me perguntarem se esse horror é recente ou antigo, eu diria que é antigo, muito antigo. A inteligência pode ser acusada de tudo, menos de santa.”
Nelson Rodrigues

Waldo Luís Viana*

         A civilização brasileira foi seduzida pelo idiota que fala inglês. O brasileiro, que quase não fala português – haja vista a dificuldade das empresas em captar bons profissionais que manobrem nosso idioma – preferiu ser tomado em todas as fímbrias de sua atividade pelo idioma forasteiro, de tanto êxito.
         Assim, o idiota que fala inglês anda por todas as empresas, personagem pequeno e de alma comum, quase um barnabé sem nenhum conteúdo. Apenas fala a bela língua de Shakespeare, na base do capitis diminutio, umas duas mil palavras com pompa e circunstância de idiota, sem qualquer conteúdo preocupante.
         O idiota que fala inglês faz sempre o que mandam, normalmente executando as ordens do malandro-mór mais de cima que detém o capital e ronca bem grosso em português. Ele é fluente, negociador e serviçal, como qualquer secretária que marca e desmarca reuniões...
         Aliás, Chesterton, o monumental inglês dizia que num belo dia as mulheres de seu tempo quiseram ficar independentes. E no outro,  apareceram duzentos milhões de datilógrafas!
         No entanto, o idiota que fala inglês quer crescer, tornar-se trilíngue ou até mais: um poliglota que diga um monte de besteiras em diversos idiomas. Como não pensa com independência, não pode verter ou expressar-se livremente, tendendo apenas a absorver e lamentar-se. No fundo, seria um grande homem ou mulher se lhe dessem alguma chance, mas que se há de fazer...
         Um torneiro-mecânico em Nova Iorque fala bem inglês, mas quase não tem ideia nenhuma. O maior torneiro-mecânico daqui não tem ideia nenhuma, tampouco fala inglês, mas, sobrando-lhe esperteza, soube escolher com muito tirocínio os adversários: os idiotas que falam inglês – os tucanos...
         Os tucanos são bons adversários do nosso torneiro-mecânico. Sonhando sob os mesmos métodos de convivência, fizeram o torneiro sangrar, em 2005, esperando almoçá-lo, nas eleições seguintes.
         Infelizmente, como são sociólogos de babar na gravata, como diria Nelson Rodrigues, os tucanos que falam inglês sangraram o bicho e ele os jantou em 2006, com sobremesa de picolé de chuchu.  Tomou conta do país de vez e, quatro anos depois, elegeu o sucessor, fazendo sempre a mesma jogada esperta, escolhendo a dedo o adversário conveniente.
         O poliglota tucano, que é um idiota em vários idiomas, é mordomo do PT, ou seja, dá-lhe sempre as eleições seguintes de bandeja.
         Deus salve o idiota tucano que fala inglês! Enquanto o valoroso povo inglês saúda a rainha, o brasileiro banha-se feliz no Ganges da ignorância, sentindo-se vitorioso em meio à pobreza e miséria indisfarçáveis e irremovíveis pela máquina de corrupção soberanamente instalada. Jacta-se da atuação serviçal da companheirada pelega, aboletada em cargos de confiança e chamada pelos incautos ou mestres da malícia de “militância”.
         A militância tem a língua presa e não se interessa pelo português. Talvez o inglês lhe chame mais a atenção burlesca, dado que o país caminha para se desindustrializar e ser comandado de fora, com a paradoxal  anuência dos que se diziam estatizantes e nacionalistas.
         Os tucanos idiotas que falam inglês esperam, fazendo figa, pela fadiga do material que aí está. Cultivando mais ou menos os mesmos métodos na política, embora mais polidos, querem somente retornar para proporcionar vida longa aos idiotas que falam inglês.
         Não é a toa que o torneiro os elege como adversários ideais. Eles são muito fáceis de serem derrotados, talvez fazendo até o jogo consentido que o adversário quer. É a oposição de faz-de-conta, incapaz e incompetente de propósito.
         Querem passar à história como bons sociólogos e cientistas políticos que babam na gravata! São bonzinhos mesmo esses tucanos, bem a gosto do torneiro, que os deixa falar inglês e depois ri, sabendo espertamente que quando a porca torce o rabo o poder fica mesmo em casa, “made in Brazil”...
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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e tenta desesperadamente aperfeiçoar seu inglês assistindo televisão a cabo...
Teresópolis, 31 de julho de 2011.