Coronel Manoel Soriano |
A Imprensa vem nos dando conta da venda descontrolada de terras brasileiras a estrangeiros. Segundo o INCRA, apenas 20% delas foram cadastradas e correspondem a 0,6% do território nacional; portanto, o total equivale a cerca de 3% do espaço brasileiro, o que é bastante significativo e preocupante. E mais: as vendas vêm aumentando em ritmo crescente, em particular no Centro-Oeste, no sul do Maranhão, no oeste da Bahia e no Pará. É um verdadeiro neocolonialismo, com a inaceitável desnacionalização de importantes tratos de terra do País, férteis para a agricultura de larga escala e, principalmente, ricos em minérios, água doce e biodiversidade, uma porta aberta para transnacionais predadoras de nosso patrimônio.
Isto posto, acrescente-se que mais de 13% (!) do território brasileiro são “terras indígenas”, reconhecidas e demarcadas (como as colossais “orelhas” do estado de Roraima, com as inconcebíveis Reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol) estando outras 123 em processo de demarcação. Ora, só um ingênuo ou mal intencionado, não percebe o risco que corre a Integridade Territorial do Brasil, um dos Objetivos Nacionais Permanentes, eis que inúmeras “nações indígenas” poderão ser criadas, em faixa de fronteira (ressalte-se!) e reivindicarem a independência, fato que vem sendo verberado, iterativamente, por desassombrados e autênticos patriotas, em um incansável “trabalho de formiguinha”, por meio do uso de várias mídias, máxime pela internet - com o seu efeito altamente multiplicador. Aduza-se, como corolário, que é intenção de maus brasileiros, mancomunados com ONGs nacionais e alienígenas (espiãs e espoliadoras, verdadeiros “cavalos de Tróia”) e que comungam das perniciosas políticas ambientalista e indigenista, a UNIFICAÇÃO das várias reservas indígenas do norte da Amazônia, em uma única (perdoem a redundância) e de tamanho descomunal, como já foi de há muito denunciado. Assinale-se que foi criada a Reserva Anaro que poderá unir, em Roraima, as Reservas Raposa Serra do Sol/São Marcos à Ianomâmi; e pretendem, ainda, criar uma outra, gigantesca, com a união da Reserva Ianomâmi às de Marabitanas, Balaio e Cabeça do Cachorro, abarcando toda a região de fronteira (repise-se!) do norte da Amazônia Ocidental com suas serras, riquíssimas em minerais raros de terceira geração... Na realidade, desejam “balcanizar” a Amazônia – para usarmos uma feliz expressão do bravo Professor Dr. Marcos Coimbra, a partir da demolição de Estados nacionais centro e sul-americanos, em particular com a criação de uma imensa e pluricultural nação indígena - a “Nuestra América” ou “Abya Yala” -, um projeto internacional “comuno-missionário” em pleno andamento. Aos presunçosos “donos da verdade” que julgam tais considerações, fantasiosas e levianas elucubrações da “teoria da conspiração”, seria interessante que estudassem, com percuciência, guardadas as assimetrias, o que ocorreu na Bolívia sob Evo Morales.
Podemos, então, à vista do que foi mui sucintamente expendido, concluir que o nosso amado Brasil, apesar de sua invejável integração racial, não está infenso de sofrer conflitos étnicos e separatistas, até em curto prazo, ainda mais se levarmos em conta a atual política de criação de inúmeros quilombos que congregam, o mais das vezes, falsos quilombolas.
Que o Altíssimo nos proteja e guarde!!
Cel Manoel Soriano Neto
Historiador Militar e Advogado
Cel Manoel Soriano Neto
Historiador Militar e Advogado
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