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quarta-feira, 2 de março de 2011

ABAIXO O AUTOMÓVEL

*Por Marcos Coimbra

            Observa-se hoje no Brasil, na prática, uma verdadeira proibição da utilização de automóveis por particulares. De início, existe a novela da aquisição de veículos. Caso a vítima não possua o numerário suficiente para a compra a vista, cairá em uma rede de exploração, consubstanciada pelas draconianas condições de financiamento. Pagará muito mais do que o valor  real do bem. Continua o drama com o emplacamento etc. O vendedor leva uma polpuda comissão, caso a venda seja financiada. O carro usado, dado como entrada, terá uma avaliação ínfima.
            Quando trafega na rua, passa a ser vítima da indústria de multas existente, pois empresas particulares, em convênio com os DETRAN´s da vida, engendram verdadeiras armadilhas para aumentar a arrecadação proveniente de multas. Já criaram até metas de arrecadação deste tipo de receita, em várias circunscrições. Absurdos são perpetrados e, quando o cidadão recorre, seu recurso é julgado, com extrema má vontade, justamente pelos que multaram. Entra também neste rol as punições impostas pelas “blitzs” dos famigerados “choques de ordem” ou da “lei seca”. Mesmo que passe no teste do bafômetro, o cidadão passará por um crivo digno da inquisição, na tentativa de apanhá-lo em algum deslize. O importante é multar e aumentar a renda das empresas e das “autoridades” coniventes.
            O trânsito é um verdadeiro inferno. Engarrafamentos monstruosos a qualquer hora do dia, em praticamente todos os locais. O transporte público é caótico. Nada funciona. Metrô, barcas, trens, é tudo ineficaz. Há claramente a intenção de beneficiar o transporte por ônibus, não fosse ele o segmento responsável pelo principal financiamento de campanhas eleitorais. Ninguém é eleito para um cargo majoritário, por exemplo, no Rio de Janeiro, sem o seu apoio. Agora, acaba de ser criado o BRS (Bus Rapid Service) no município do Rio de Janeiro, primeiro na Avenida N. S. de Copacabana, por intermédio de um corredor expresso em duas vias, prioritário para os ônibus nas faixas da direita. A da esquerda ficará para táxis etc. E os motoristas dos carros particulares assistirão, como na Alameda São Boa Ventura, parados no congestionamento, dois ou três ônibus desfilando pelas vias expressas em alta velocidade. Tal sistema será implantado em outras vias importantes, tornando impossível o tráfego de automóveis particulares. Os empresários do setor de ônibus esfregam as mãos de contentamento. Vão diminuir a quantidade de viaturas empregadas, aumentando o número de passageiros e, consequentemente, seus lucros.
As autoridades governamentais estimulam, de todas as formas possíveis, a compra de automóveis pelos ingênuos incautos. Ganham no aumento de produção de automóveis pelas montadoras, na cobrança dos impostos e na aceleração do crescimento econômico do sistema, pois o segmento produz um bem durável destinado ao consumo final, com um razoável valor agregado, criando ainda empregos. Foram oferecidas condições irreais de financiamento até poucos tempos atrás, com possibilidade de financiamento por mais de 60 meses. Muitos cidadãos, sem a mínima condição real de adquirir e manter um automóvel,  entraram na esparrela.
A maioria não possui condições de sequer manter o veículo, arcando com o ônus de pagar IPVA (4% no Rio de Janeiro), pedágios crescentes em todos os sentidos, seguro, DPVAT, combustível etc. O estacionamento virou um verdadeiro faroeste. Nas calçadas, os “flanelinhas” privatizaram o espaço público, cobrando o que querem, sem haver qualquer ação das autoridades (ir)responsáveis para propiciar um “choque de ordem”. Os “shoppings centers” cobram valores extorsivos, variando dia a dia, sem a devida repressão das “autoridades”. Os consumidores consomem naquelas verdadeiras “catedrais” do dispêndio e ainda pagam.com um sorriso nos lábios, pelo direito de estacionar o carro na garagem.
Só no Brasil. Cidadãos norte-americanos em visita ao nosso país não acreditaram que aqui ocorria isto, pois lá basta mostrar o comprovante de gasto, em determinados valores, no shopping para ficar isento de qualquer pagamento. Os legislativos estaduais tentam disciplinar a área, mas suas iniciativas são derrubadas pelo Judiciário por serem inconstitucionais. De acordo com esta interpretação, cabe ao legislativo federal o estabelecimento das normas sobre o assunto, mas seus integrantes nada fazem.  O Legislativo deixou de ser um Poder e passou a ser um departamento do Executivo. É evidente que o incauto que comprou o carro sem condições de mantê-lo, atrasa as prestações e termina por ter o bem apreendido, além de ser inscrito no Serasa como inadimplente.
Enquanto aumenta nas ruas o número de veículos transitando, além de não serem realizadas obras de expansão dos espaços das vias, as autoridades criam obstáculos ao livre trânsito das viaturas particulares. Caso o infeliz cidadão tenha um assunto a resolver no DETRAN-RJ sofrerá um verdadeiro suplício de Tântalo, seja qual for a necessidade. Recentemente, tivemos que ir à unidade do Catete, verdadeira sucursal do inferno, a fim de tirar a 2ª via da cédula de identidade, já muito antiga, pois emitida na época do IFP (Instituto Félix Pacheco). Não entendemos até agora a razão de o DETRAN ter assumido a função do IFP, mas fomos para o sacrifício. Para resumir, tivemos que ir quatro vezes ao local para poder obter o documento. A cada dia, era feita uma nova exigência, estapafúrdia. Na 1ª vez, levamos foto 3x4, de terno, com fundo branco, de acordo em o estipulado na página do DETRAN e foi afirmado pela coordenação do posto que ela não servia. Tinha que ser tirada na máquina de lá, para não haver reflexo, pois usamos óculos, sem este complemento. Mostramos que a foto não tinha reflexo, mas afirmaram que só sem óculos.
Na penúltima vez, achamos que a implicância deles era privilégio nosso, mas, após horas de espera (lá não funciona na prática o atendimento preferencial para idosos etc.), descobrimos, conversando com as pessoas que lá estavam, que ela é democrática. Atinge a todos. Casos absurdos, muito piores que o nosso, foram descritos. Este espaço não é suficiente para descrevê-los.
De fato, é uma benção dos céus não possuirmos automóvel. Para que?
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 01.03.11 para o MM).

*Professor, Marcos Coimbra
Conselheiro Diretor do CEBRES, Membro da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia, Autor do livro Brasil Soberano.

terça-feira, 1 de março de 2011

Comentário nº 90– 28 de fevereiro de 2011


Por Gelio Fregapani

Assuntos:  Cenário Internacional; Em Nome da Preservação;  Inflação e Pequenas Observações, para Compor

Preocupante o cenário internacional
Tanto a Europa quanto os Estados Unidos esgotaram seus paióis de munição econômica e dificilmente terão condições de se salvarem financeiramente.
As organizações e os países islâmicos radicais tendem a fazer o possível para piorar as coisas, dificultando as exportações de petróleo e estimulando as populações imigrantes à violência política. Para evitar correr o risco de desmanche, como se deu na União Soviética, terão que recorrer a guerra.
Num cenário desses, qual seria o nosso papel, como país de condição periférica, mas detentores dos recursos naturais e insumos indispensáveis ao mundo?  Qual o caminho a tomar nessa espiral de turbulência global que se aproxima.
Para a correta apreciação da situação mundial, sugiro a leitura do livro “O Crepúsculo do Petróleo, de Mauro Porto, onde o autor analisa as conseqüências para o mundo, principalmente na produção de alimentos.
Sintetizando o livro, eu diria “Faltando petróleo, está ameaçada até a nossa comida”

Em nome da preservação da Natureza
1 - O alvo principal desses inconsequentes agora é o relatório do Aldo Rebelo sobre o Código Florestal. Inventam e mentem. Usam a tragédia da região serrana do Rio como exemplo, sonegando a informação de que o código não abrange as áreas urbanas.
Durante algum tempo o aparato ambientalista internacional concentrou esforços contra as hidrelétricas na Amazônia. Não lhes interessava que o Brasil precisaria de energia e que a alternativa envolveria as caras e poluentes termoelétricas.
As ONGs concentram-se na quase limpa geração de energia do nosso País. Nunca gritaram contra o uso do poluente carvão, no resto do mundo. É bom saber que a principal fonte energética da China é o carvão, que gera 80% da eletricidade do país. Lá sua utilização não é limitada por motivos ambientais. Também nos EUA, o carvão é o combustível que gera cerca da metade da eletricidade. Quadro similar ocorre na Alemanha.e outros mais Isto ainda vai aumentar , com a escassez de petróleo, mas lá não tem Ibamas. Se tivessem, morreriam de frio
2 - A Justiça Federal do Pará cassou nesta sexta-feira a licença de instalação parcial concedida pelo Ibama para o início das obras da usina de Belo Monte.
A liminar suspendendo o início da construção pode, na pior hipótese retardar a oferta de energia por um ano, se paralisá-la até o início até o período das chuvas.
Desconheço os fundamentos jurídicos que possam ter influído em na decisão do douto juiz, mas certamente não foi pensado na ocupação da Amazônia nem no desenvolvimento econômico. Quando receber notícias da miséria matando as crianças, talvez, sua consciência se console por ter salvo, por mais um ano, meia dúzia de bagres e de jacarés. Quanto ao ministério Público no Pará, seu engajamento na causa do atraso me permite pensar que seja inspirado em torpes motivações 
O alvo é o nosso Brasil. Índios, selva e preservação são apenas pretextos  

Pequenas Observações, para Compor
          1 - Temos o Congresso mais caro do mundo.  Os políticos são contracenantes num jogo de interesses em que se alternam conveniências pessoais. Nosso Congresso é um balcão de negócios. Recentemente se auto - concedeu 62% de aumento. E o eleitor? É quem menos sabe ou liga para essa situação, enquanto grita gol e se prepara para o carnaval.
Está tudo calmo. Também estava calmo no Oriente Médio, há poucos dias atrás.
        2 - Visite Brasília e ganhe uma multa  Os radares, pardais e câmeras do trânsito não se destinam a evitar acidentes. São colocados com objetivos de extorquir. A multa pelo não uso do cinto de segurança não objetiva somente salvar vidas já que não existe qualquer outra iniciativa governamental que se preocupe com isto. Existe como  forma de extorsão, pela indústria das multas.
Não há dinheiro suficiente para educação, saúde, segurança pública e muito menos para a conservação das estradas, que seria a verdadeira contribuição para evitar acidentes, mas na compra de equipamentos para colocar nas estradas e vias públicas nunca falta. Observe na sua cidade 
        3 - Conseqüências da debilidade militar. Países sem força e com riquezas instigam a cobiça internacional. Estão propensos a:se tornarem protetorado, e o seu "protetor" cobrará alto quinhão pelo serviço. Podem até pensar que Instituições como ONU virão em seu socorro, mas  satanizados antes da agressão perdem até a simpatia internacional. Os “ditadores” do Oriente médio, ainda ontem eram “presidentes”  Você lembra do “Proteja a floresta, queime um brasileiro”?
       4 – Uso de indígenas pelas ONGs: Três índios da região amazônica viajaram à Europa para protestar contra construções em suas terras que ameaçariam destruir as vidas de milhares de indígenas dessa região, informou  a ONG Survival. Visitarão Paris e Londres. Alvos: as hidrelétricas do Rio Madeira, cuja construção pode atrair uma forte imigração e levar ao desmatamento de uma área na qual vivem várias tribos, entre elas algumas isoladas ainda sem contato com a civilização, e a de Belo Monte no Xingu, que seria a terceira maior do mundo e cuja construção, segundo eles, destruiria vastas áreas de floresta e reduziria os peixes.
Se não fosse a confusão no Oriente Médio seriam recebidos por todos os governos , congressistas e instituições financeiras– Maldito o progresso do Brasil!

A Riqueza e a Inflação
Riqueza é um bem escasso. Mesmo o ar - supremo bem que não podemos abrir mão nem por dois minutos pode ser considerado  riqueza enquanto for abundante.
O aumento de preços sempre será função de excesso de demanda sobre a oferta. O aumento dos juros reduz a demanda, mas também prejudica a produção e em conseqüência a oferta. É uma medida de efeitos perversos a longo prazo, pois além de causar mais inflação, cria um serviço da dívida que inibe as indispensáveis obras de infraestrutura. O aumento dos juros diminui a demanda nos primeiros meses; depois diminui a oferta. Somado às absurdas exigências ambientais inibidoras da produção elevarão a inflação aos patamares que já conhecemos no passado
A fórmula que não falha é aumentar a produção, em conseqüência a oferta. Desburocratizando, facilitando o acesso ao crédito, á terra, às matérias primas, à energia, ao transporte, e desenvolvendo tecnologia é certo que a inflação cederá.
Relativamente a inflação no preço de alimentos, a forma correta de combater é com as pesquisas da Embrapa e com um mais flexível código florestal
                                                                               Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani
 Adendo: Comentário sobre o comentário

Adendo ao comentário 90  -
COMENTÁRIO SOBRE O COMENTÁRIO
 Cada vez que vejo ou leia uma notícia sobre protestos, manifestações e outros abusos cometidos por quem diz ser defensor do meio-ambiente e contra a construção de usinas hidrelétricas, me faz achar que estão todos loucos e sinto obrigado a fazer comentários.
Numa coisa possuem razão, as barragens afetam uma grande área e a vida de inúmeras pessoas, plantas e animais. E muitas decisões políticas, técnicas e sociais poderiam ser tomadas para minimizar esse impacto e tornar a instalação de uma hidrelétrica menos prejudicial e melhor para todos.
Porém dizer que as usinas são fruto da exploração internacional por busca de energia? Comparar elas aos casos antigos das usinas construídas para as empresas de alumínio? E diversos outros absurdos propagados como verdades absolutas são ridículos. É preciso ser muito mal informado e estar alheio às condições nacionais e internacionais, ter falta de bom senso e conhecimento técnico mínimo para dizer, pior, escrever algumas asneiras difundidas na mídia, congressos, fóruns, entre outros.
Isso é coisa de pessoas com tendências radicais e não dispostas a uma argumentação sensata.
A demanda por energia elétrica e a segurança do fornecimento elétrico nacional estão esbarrando nos limites de se obter mais geração e transmissão, que digam os últimos apagões. Se não for investido em novas usinas geradoras haverá um novo apagão dentro de poucos anos, com possíveis racionamentos e prejuízo a todo o país.
As usinas hidrelétricas podem não ser a melhor coisa do mundo, nem mesmo a melhor possível, mas eu pergunto aos responsáveis por esses ataques contra as pessoas e empresas empenhadas no desenvolvimento do país através das hidrelétricas: Qual é a solução para gerar tamanha potência elétrica? E é eficiente, segura e com custos reduzidos?
Imaginem a poluição que uma térmica ocasionaria para continuamente gerar um montante de potência igual ao de Belo Monte ou das usinas do Rio Madeira! E qual seria o custo disso? Seria preciso queimar muito petróleo para atingir esse objetivo. É fato que usar combustíveis para gerar energia é muito mais prejudicial ao ambiente e ao bolso do consumidor, não há como discordar disso.
Se uma usina térmica não é a solução, então qual é? Uma Nuclear? Pois bem, mais uma onda de radicais vão irromper o salão para demonizar tal solução. Porém é a que menos causa impacto em relação à capacidade total de geração e o Brasil tem enormes reservas de urânio e domina todo o ciclo de produção.
Além disso, com as novas tecnologias os riscos são mínimos, o armazenamento dos resíduos é seguro e o reaproveitamento tem se tornado cada vez mais discutido, com potencial para ser eficiente e limpo.
Tudo bem, assumindo que não iríamos usar hidrelétricas, nem mesmo termelétricas ou nucleares, então usar o que? Muitos responderiam: Eólicas, Solares, Maré motrizes etc. As famosas e excelentes renováveis!
Concordo totalmente! Deve-se investir em tecnologias e formas de gerar energia de forma renovável. São excelentes e com certeza no futuro temos que ter muitas delas para reduzir a dependência e o consumo de combustíveis e melhor aproveitar as hidrelétricas. Mas para conseguir uma capacidade de geração igual ao complexo do Rio Madeira, na ordem de 6.000.000 watts, é desconcertante e praticamente impossível em médio prazo. E as eólicas e solares tem um grande problema, a disponibilidade da sua fonte.
As eólicas dependem do vento: Que hora vai ter vento? De quanto vai ser esse vento? Só uma brisa não adianta! E as solares dependem do sol: E se as nuvens cobrirem o céu? Como fica a geração solar? Além de não gerar a noite.
Ficamos à mercê do clima, isso é totalmente inseguro e demanda investimento em reservas operacionais (usinas térmicas). Assim, ou o sistema elétrico fica exposto, vulnerável e com produção oscilante, ou então se usam mais térmicas para compensar estes efeitos.
Nenhum país do mundo remete sua base energética aos renováveis numa proporção muito grande, a não ser que o consumo total seja pequeno, o que não é o caso do Brasil.
E então? Qual a solução?
Sinceramente ainda acho que o aproveitamento hidráulico bem projetado, executado e operado é disparado a melhor opção. Com grande capacidade de geração elétrica, não gera poluição por queima de combustíveis, não gera resíduos radioativos e o Brasil tem ainda muita capacidade que pode ser explorada.
O real problema é como as coisas são feitas por aqui. Se o governo realmente se importasse com a sociedade, se os órgãos ambientais tivessem os fatos explanados em mente, as coisas poderiam ser diferentes. Mas para isso o desenvolvimento do país e o benefício total à sociedade devem ser o objetivo e a meta primordial de todos os processos.
Será que ninguém percebe que reduzindo a capacidade de geração elétrica do complexo do Madeira, Belo Monte e futuros projetos, para “reduzir” os impactos ambientais vai implicar na necessidade de construção de uma nova usina em outro lugar para cobrir aquela diferença?
Faço grandes usinas com capacidade de geração super-reduzida, para minimizar os problemas e impactos ambientais e acabo precisando provocar mais impactos em outros lugares. Além disso, ainda reduzo a capacidade futura de aproveitamento, porque deixei de utilizar a real capacidade de muitos locais.
Uma barragem com reservatório é como uma pilha recarregável gigante é energia armazenada. Já usinas a fio d’água, que funcionam com a vazão da água do rio, sem reservatórios, possuem o mesmo problema das eólicas e solares, a produção  não é garantida, pois não há segurança da disponibilidade de água suficiente para gerar energia.
Continuo a acreditar que fazer uma usina com grande reservatório, gerando uma enormidade de potência e  bem projetada, que consiga administrar bem os impactos ambientais, é melhor do que fazer inúmeras usinas de capacidade reduzida, a fio d’água, sem reservatório. Estas reduzem o impacto local, mas no quadro total provocam um impacto maior ainda, pois será necessário investir em novas usinas para suprir a diferença que ter um bom reservatório faria.
Não vou nem mesmo entrar no mérito da questão de que o lago da represa pode proporcionar muitas atividades econômicas, turísticas e recreativas.
Posso ter feito equívocos até mesmo graves e peço perdão por eles, mas esta é a minha visão  e peço que alguém utilize bons argumentos e me convença do contrário.
Mas que ao fazer isso não se utilize de fanatismo e radicalismo, sem se utilizar de retóricas falsas, discursos prontos ou copiados, sem embasamento, propagadas exaladas por alguns ditos defensores do meio-ambiente ou de um movimento qualquer em defesa de algo.
E viva as hidrelétricas! Uma tecnologia que utilizam as básicas e não poluentes energias potencial e cinética da água para movimentar turbinas e assim gerar energia elétrica.
 Por: Marco Aurélio Moreira Saran
Mestre em Ciências em Engenharia Elétrica


LULLA DEU UM GOLPE DE MESTRE..VAI QUE COLA ....

PEC 32/06
 CLOVIS LUIS MARCOLIN


Quem leu a notícia sobre essa emenda no "O Globo" (08-11-10) deve ter pensado exatamente isso.

LULLA, DE BOBO NUNCA TEVE NADA, POR ISSO, GOLBERY O ESCOLHEU.

FOI APROVADA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS EMENDA CONSTITUCIONAL QUE PREVÊ ELEIÇÕES EM 90 (NOVENTA) DIAS EM CASO DE VACÂNCIA NO CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

ESSA EMENDA FOI ENCOMENDADA PELO PRÓPRIO LULA PARA O CASO DE DILMA ROUSSEFF, MORRER DURANTE OS PRÓXIMOS 4(QUATRO)ANOS. LULA NÃO PRETENDE DEIXAR O PMDB, E MUITO MENOS MICHEL TEMER ASSUMIR O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA CASO A MORTE DE DILMA SOBREVENHA ANTES DO FINAL DE SEU MANDATO, POR ISSO, ELE DECLARA QUE NÃO PRETENDE SE CANDIDATAR EM 2014, PORQUE ELE ESPERA QUE DILMA NÃO COMPLETE SEU MANDATO PRESIDENCIAL.

 LULA É ASTUTO E JÁ ESCOLHEU DILMA SABENDO DE SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE E DAS PREVISÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO CÂNCER, QUE É EXTREMAMENTE AGRESSIVO. DURANTE A CAMPANHA PRESIDENCIAL DILMA TEVE QUE SER ATENDIDA POR DIVERSAS VEZES, NA CALADA DA NOITE, POR CAUSA DOS PROBLEMAS QUE TEM COM A EVOLUÇÃO DE SUA DOENÇA.

LULA NÃO DÁ PONTO SEM NÓ. E ELE SABE QUE SE ALGUMA COISA ACONTECER COM DILMA ELE SERIA O ÚNICO QUE ESTARIA PRONTO PARA VOLTAR NOS BRAÇOS DO POVO, PODENDO ASSIM CONCORRER A MANDATO COM DIREITO A REELEIÇÃO. DAÍ QUE PRETENDE SAIR DO GOVERNO COM A POPULARIDADE EM ALTA, E PROCURAR MANTER-SE COMO MITO, A FIM DE FAZER UM RETORNO TRIUNFAL NA HIPÓTESE DE DILMA "FALTAR".

A SAUDE DE DILMA É DELICADA E OS MELHORES PROGNÓSTICOS LHE DÃO, NO MÁXIMO, DOIS ANOS DE VIDA. POR ISSO, LULA TERIA UM BREVE DESCANSO DA PRESIDÊNCIA E COM A APROVAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL QUE RETIRA DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA O DIREITO DE SUCEDER O PRESIDENTE EM CASO DE MORTE, OBRIGANDO A REALIZAÇÃO DE ELEIÇÃO EM 90 DIAS, LULA ESTARIA EM ÓTIMA CONDIÇÃO ELEITORAL PARA SUCEDER A SUA SUBSTITUTA TEMPORÁRIA.
LULA VAI FICAR NA ARQUIBANCADA APLAUDINDO DILMA, ISTO É, A ELE PRÓPRIO, E ESPERANDO A HORA DE SE AUTOCONVOCAR PARA REASSUMIR O TRONO DE REIZINHO.
AGUARDEM.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A AMEAÇA SEPARATISTA NO BRASIL


Coronel Manoel Soriano

            
    A Imprensa vem nos dando conta da venda descontrolada de terras brasileiras a estrangeiros. Segundo o INCRA, apenas 20% delas foram cadastradas e correspondem a 0,6% do território nacional; portanto, o total equivale a cerca de 3% do espaço brasileiro, o que é bastante significativo e preocupante. E mais: as vendas vêm aumentando em ritmo crescente, em particular no Centro-Oeste, no sul do Maranhão, no oeste da Bahia e no Pará. É  um verdadeiro neocolonialismo, com a inaceitável desnacionalização de importantes tratos de terra do País, férteis para a agricultura de larga escala e, principalmente, ricos em minérios, água doce e biodiversidade, uma porta aberta para transnacionais predadoras de nosso patrimônio.
    Isto posto, acrescente-se que mais de 13% (!) do território brasileiro são “terras indígenas”, reconhecidas e demarcadas (como as colossais “orelhas” do estado de Roraima, com as inconcebíveis Reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol) estando outras 123 em processo de demarcação. Ora, só um ingênuo ou mal intencionado, não percebe o risco que corre a Integridade Territorial do Brasil, um dos Objetivos Nacionais Permanentes, eis que inúmeras “nações indígenas” poderão ser criadas, em faixa de fronteira (ressalte-se!) e reivindicarem a independência, fato que vem sendo verberado, iterativamente, por desassombrados e autênticos patriotas, em um incansável “trabalho de formiguinha”, por meio do uso de várias mídias, máxime pela internet - com o seu efeito altamente multiplicador.  Aduza-se, como corolário, que é intenção de maus brasileiros, mancomunados com ONGs nacionais e alienígenas (espiãs e espoliadoras, verdadeiros “cavalos de Tróia”) e que comungam das perniciosas políticas ambientalista e indigenista, a UNIFICAÇÃO das várias reservas indígenas do norte da Amazônia, em uma única (perdoem a redundância) e de tamanho descomunal, como já foi de há muito denunciado. Assinale-se que  foi criada a Reserva Anaro que poderá unir, em Roraima, as Reservas Raposa Serra do Sol/São Marcos à Ianomâmi; e pretendem, ainda, criar uma outra, gigantesca, com a união da Reserva Ianomâmi às de Marabitanas, Balaio e Cabeça do Cachorro, abarcando toda a região de fronteira (repise-se!) do norte da Amazônia Ocidental com suas serras, riquíssimas em minerais raros de terceira geração... Na realidade, desejam “balcanizar” a Amazônia – para usarmos uma feliz expressão do bravo Professor Dr. Marcos Coimbra, a partir da demolição de Estados nacionais centro e sul-americanos, em particular com a criação de uma imensa e pluricultural nação indígena - a “Nuestra América” ou “Abya Yala” -, um projeto internacional “comuno-missionário” em pleno andamento. Aos presunçosos “donos da verdade” que julgam tais considerações, fantasiosas e levianas elucubrações da “teoria da conspiração”, seria interessante que estudassem, com percuciência, guardadas as assimetrias, o que ocorreu na Bolívia sob Evo Morales.
    Podemos, então, à vista do que foi mui sucintamente expendido, concluir que o nosso amado Brasil, apesar de sua invejável integração racial, não está infenso de sofrer conflitos étnicos e separatistas, até em curto prazo, ainda mais se levarmos em conta a atual política de criação de inúmeros quilombos que congregam, o mais das vezes, falsos quilombolas.
    Que o Altíssimo nos proteja e guarde!!

Cel Manoel Soriano Neto 
Historiador Militar e Advogado