“Quantos honoris causas (sic) ganhou o FHC?”
Luís Inácio Lula da Silva
Waldo Luís Viana*
Num tremendo jogo pirotécnico de marketing, como se ainda fosse presidente, vai Lula caminhando pelo mundo “ser droite na vida”...
Agora recebeu tremenda homenagem francesa, um título de doutor honoris causa,
ele que sempre se envaideceu de só ter o curso primário, tendo vencido
completamente na vida através da esperteza e demonstrando aos incautos
brasileiros que vale mesmo a pena a esperteza e a impunidade (não
necessariamente nessa ordem).
Lula
produziu, em oito anos, o governo mais corrupto de que se tem notícia.
Diante de seus feitos, um outro presidente impedido poderia ser suposto
mero punguista de trem da central. Ambos foram, seriam e serão sempre
inocentados pelas cortes superiores de nosso país, que não mais
distinguem a fronteira entre o que é legal e o que é moral. Elidem
alguns desses magistrados a vergonha na cara em nome de tecnicalidades e
favores que ocultamente custam caro e muito caro e agora são chamados,
com rara felicidade e maestria, de “bandidos de toga”...
Lula
interpretou bem a alma da nacionalidade e percebeu muito cedo que seus
eleitores são inclusive muito piores do que os políticos que eles
elegem. Juntou toda a direita oligárquica em torno dele, desde os
ladrões de carrocinha de pipoca, passando pelos fazendeiros sem fazenda,
até os donos de capitanias do nordeste e norte. Concedeu aos pobres um
bolsa-família que conseguiu o extraordinário recorde de permitir que 86%
dos seus usuários queiram continuar usufruindo da benesse para sempre,
ou seja, jamais sairão do lugar e darão voto garantido aos governos
petistas...
O presidente tornou-se muito rico, assim com como sua família, e faz agora um trottoir
burguês pelo mundo, recebendo prêmios e comendas, refestelado em hotéis
de luxo e proferindo palestras para quem puder desembolsar milhares de
dólares. Serve também de macaquinho de empreiteiras brasileiras ou ponta
de lança de grandes empresas, mero lobista que desvestiu a faixa
presidencial para aceitar papéis menos nobres de estimulador de gordas
comissões.
É
o rei dos consultores, mas tem um problema no seu mar de rosas. Jamais
teve e terá a cultura de seu maior rival de alcova, o ex-presidente
Fernando Henrique. O “príncipe dos sociólogos”,
que também não é flor que se cheire, pelo menos sempre foi culto,
poliglota, embora seu governo também tenha sido eivado de
irregularidades, a ponto de um de seus ministros haver cunhado célebre
frase que ficou para a História: “senhores, chegamos ao limite da responsabilidade...”
Pois bem. Lula tem tudo, mas inveja a cultura do outro. Não conseguiu ler, porque dá azia; serve-se de truques aprendidos em reuniões de sindicato para convencer os outros e chegou até a iludir os franceses no caso da compra dos 36 caças Rafalle, que afinal cozinhou em banho-maria e gerou até a defecção de um ministro da Defesa por sua sucessora.
Lula
é amigo íntimo do álcool, mas tem vergonha de sua condição. Bebe sempre
a portas fechadas, embora em seu governo tenhamos visto muitos “dias
seguintes”, em que o presidente, com as faces vermelhas e olhos
esbugalhados de ressaca, lembrando a noite anterior, vociferava contra
adversários. Quem não se lembra das platitudes e batatadas do
presidente, levanta a mão?
Como
é possível ver Lula alçado a líder mundial, espalhando conselhos aos
europeus e norte-americanos, como se fosse um arauto da sabedoria? Ao
invés de envaidecer a nós brasileiros, nessa terra inculta e sem premio
Nobel, observamos na verdade o quanto desceu, em nome de contratos
futuros não assinados, a França e o quanto desceu o mundo em termos de
mediocridade intelectual. Hoje, com raras exceções, os líderes mundiais
de nosso tempo são uns merdas...
Na
verdade, não teremos julgamento algum de mensalão, a não ser o que
afeta as oposições, porque as chicanas jurídicas, acompanhadas pela
capacidade de advogados caros, impedirão que o relator possa prosseguir
no intento.
Vivemos, num país, de mediocridade, em que o cidadão comum tem vergonha de ser honesto. Como disse a deputada Cidinha Campos: “a corrupção está no DNA do brasileiro, quanto mais ladrão mais querido.”
A
frase resume nossos leitmotivs, bem como nossa enteléquia. Aliás, a
palavra “brasileiro” significa “traficante de pau-brasil junto à coroa
portuguesa”. Nosso atavismo de corrupção está no sangue...
E
Lula corporifica tudo isso que somos no subconsciente e que através de
esforços civilizatórios tentamos, em vão, aperfeiçoar...
Nosso ex-presidente, contudo, exibe uma pontinha de ciúme do antecessor, porque não conseguiu estudar. Compete com ele, nos lapsus linguae, que profere, como na tosca epígrafe desse artigo. Embora seja ídolo de nossa gente, et pour cause,
não consegue inibir o complexo de inferioridade que mantém intacto no
subconsciente. Quando este aflora, ataca os intelectuais e as elites que
ele agora frequenta, na figura do antecessor, sem compreender que agora
a elite é ele, o burguês é ele, com contas no exterior e fazendas no
interior do país...
Todo
mundo sabe disso e a polícia federal não pode sair em seu encalço,
porque o buraco é mais embaixo. Não viram o que aconteceu no STJ, no
julgamento da operação Boi Barrica, envolvendo os Sarney? Não acontece,
não dá, não sobe...
Sabemos
que temos, no país, uma espécie de santíssima trindade administrativa: a
Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público, mas, além de
suas limitações constitucionais, são jungidos por limitações políticas
que nossos podres costumes impõem...
E como todos estão comprometidos, salvam-se todos no camburão, ops., desculpe, no caldeirão das elites...
Lula,
o complexado semi-analfabeto que chegou à presidência, tornou-se o
gênio da raça e tudo no Brasil teve que descer à sua imagem e
semelhança. Tudo o que nos acontece tem a cara dele, incluindo eventos
futuros, como a Copa e as Olimpíadas. Nós vemos o país patinando em
infraestrutura, desindustrializando-se a passos largos e as cidades
degenerando-se em violência e estagnação. A juventude preocupada com
drogas e homossexualismo, ao invés de se centrar nos estudos e no
desenvolvimento do país. E a mídia, preocupada em estupidificar o povo,
em nome de uma pretensa audiência comercial.
Na
verdade, a esperança é a Internet, antes que os Dirceu da vida a possam
censurar, tendo instaurar um regime cubano ou coreano do norte, com
todas as consequências funestas que já conhecemos.
O
complexado continuará viajando o mundo com sua entourage, forçando-nos a
recordar toda a sua trajetória dentro do país. Está clara a sua
estratégia de ser coroado um Nobel da Paz, cobrindo o país mais uma vez
de vergonha e nossas elites de frouxos de risos.
Porque
além de sermos reconhecidos lá fora como o país do samba, do carnaval,
das florestas tropicais, bem como da violência e da corrupção
irrefreáveis, vamos ter que engolir o complexado, como se fosse nossa
marca registrada do século XXI.
É dose, mas Freud explica!
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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e já fez terapia...
Teresópolis, 30 de setembro de 2011.
esses dois com certeza não fizeram terapia...
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A esquerda mais preparada do mundo - dizem! - na falta de "alguma coisa" que justifique a quebra da Europa, "desfila" o vagabundo apedeuta...
Lula esbanja bobagem na França e encanta a todos. A Europa não está no vinagre por acaso (leia aqui).