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sábado, 3 de setembro de 2011

Mensagem de alerta para a presidenta‏

Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva - de Boa Vista

O aeródromo Minas Gerais foi uma das poucas aquisições para a máquina de guerra do Brasil




Muitos se lembram, 1957, o Brasil negociava um aeródromo, o antigo Vengeance veterano de batalhas da Royal Navy que se chamou de Minas Gerais. Na época, em um contexto de ameaças bem menos clamante, o comediante Juca Chaves ironizava em canção desafinada, patética mesmo: “O Brasil já vai à guerra, comprou porta-aviões”. Deve ser dito, naquela década existia aqui quase que exclusivamente uma indústria leve de consumo, dedicada à produção de bem perecíveis e semiduráveis.



Eis que, passados sessenta anos, já fabricamos petroleiros com tecnologia náutica de alto nível e de tonelagem superior ao do Velho Minas. De repente um gigante adormecido se alça como a oitava economia do mundo, as ameaças ganham contornos imprevisíveis e as fontes de seus inesgotáveis recursos naturais são proclamadas como “patrimônio da humanidade”. A surpresa é tamanha e ele surpreendido fica atônito, perdido tal qual deputado sem ficha limpa que hoje quer se reeleger. Sem comando, se mantém hoje, guardadas as devidas proporções, a mesma fragilidade que tinha nos anos “50”. Simplesmente a potencialização de recursos soberbos avançou muito em relação ao grau de segurança que, ainda indisponível, se impõe para sua garantia.



Lula, fraco mas abusado, interagia como alguns que o precederam, muito emproado, se os poderosos colocavam as mangas de fora postulando seu quinhão amazonense, Luis Inácio estufava o peito e dizia: -“O Brasil precisa mostrar os dentes por causa da Amazônia e da reserva do pre-sal”. Para ele comprar material bélico no exterior era como que arreganhar a dentadura. Haja paciência, que tamanha ingenuidade! Se a “Santa Aliança do CS/ONU” mostrar o relho nossos cariados vão cair de podres!



Nosso “precavido” Luis Inácio ainda dizia que “quanto mais preparados estivessem os militares brasileiros, menor seria o risco de uma guerra”. Mas eles vão se preparar como, com que armas? Presidenta Dilma, valha-me Deus! ! Os porta-aviões da 4ª Frota/USA têm muito mais caças do que se quer comprar para a FAB, isto sem falar nos três ou quatro submarinos nucleares daquela força tarefa que, além da propulsão, são dotados de mísseis, convencionais e atômicos, que podem ser lançados mesmo na situação de nave submersa. A conclusão a que se chega é que governantes, políticos, mas também a sociedade não está nem aí. Com a palavra a nova comandante em chefe de nossas Forças Armadas!



Cidadão brasileiro, povo deste imenso País indefeso, é preciso aceitar a realidade. As palavras foram ditas, sim, por um civil de envergadura sem par, é Rui Barbosa quem vaticina -“Uma nação que confia em seus direitos em vez de confiar em seus soldados engana-se a si mesma e prepara a sua própria queda”. Presidenta! Nossos guerreiros com medidas paliativas não se sustentam. Eles carecem de poder definitivo não para fazer guerras, que isso fique bem entendido, mas, para o inimigo desistir da luta. Iraque, Afeganistão, Líbia, os exemplos estão aí, quando os cães de guerra resolvem intervir, “para proteção da população civil”, não há quem os segure! Que não se duvide, seus “bombardeios cirúrgicos” já mataram no Oriente Médio muito mais mulheres e crianças do que qualquer sultão mal intencionado. Alerta! Nossos “kosovos indígenas” já estão mostrando as unhas!



E quanto à potência mambembe herdada por Dilma? Sim, aquela que quer porque quer um acento permanente no “Conselho de Segurança”, com direito a veto nas mesmas condições dos “senhores da guerra”. Ah! A ONU, com certeza, vai apontar o “mapa do caminho” para o seu postulado… . Acredite quem quiser.







Paulo Ricardo da Rocha Paiva é coronel de Infantaria e Estado-Maior, doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.











http://correiodobrasil.com.br/mensagem-de-alerta-para-a-presidenta/292311/



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DIREITOS HUMANOS, GOVERNO MUNDIAL E FORÇAS ARMADAS




(Osmar José de Barros Ribeiro, em 29 Ago 2011)



Nos dias que correm, não pairam dúvidas quanto ao fato de que os “direitos humanos” vêm sendo universalmente manipulados pelos esquerdistas de todos os matizes e por aqueles que, à sorrelfa, os financiam. Surgidos na década de 1980 como instrumentos de ação política, os referidos direitos são, desde a sua origem, alimentados pelos reais centros de poder mundial. Não estaremos longe da verdade ao afirmarmos que o inegável alargamento do seu raio de ação é devido à atividade de Fundações e ONGs internacionais. Isso, sem falar daquelas que, sob a capa de um falso caráter religioso, despejam rios de dinheiro nas nações que são alvo das suas atividades.



Tais centros de poder sonham com um Governo Mundial e disso fazem praça abertamente. Seu objetivo principal era e é, como de longa data alertam estudiosos do assunto, enfraquecer a unidade daqueles países os quais, segundo seu enfoque, devem, além de constituir uma reserva de matérias primas, fornecer mão de obra farta e barata aos povos do Primeiro Mundo. É o que vem acontecendo na África, nos países árabes e nas América Central e do Sul, ainda que o crescente aumento dos islâmicos na Europa cause preocupação e possa, eventualmente, desaguar em lutas intestinas.



Entre nós, infelizmente, uma quinta coluna infiltrada nos mais altos escalões governamentais, na imprensa, nos meios intelectuais e jurídicos, na própria Organização dos Estados Americanos e até mesmo na ONU, age livre e diuturnamente solapando valores morais a título de serem ações "politicamente corretas", buscando impedir ou retardar o desenvolvimento nacional. Alguns exemplos: desarmamento da população a pretexto de combater a violência; criação de cotas raciais em lugar de sociais para ingresso no ensino superior; “proteção” aos indígenas, submetendo-os às ações desnacionalizantes de ONGs estrangeiras; perseguição aos que derrotaram a guerrilha comunista nas décadas de 1960 e 70; combate à construção de hidrelétricas e ao asfaltamento de estradas, a título de salvaguarda do meio ambiente, etc.



Com a subida ao poder de correntes nutridas pelo marxismo e sabidamente adversas aos militares, teve início um trabalho de sapa destinado a tornar quase inoperantes as Forças Armadas. E tudo é feito de forma clara: seus Comandantes foram rebaixados para o terceiro escalão do Poder Executivo; os níveis salariais dos militares estão entre os mais baixos da administração direta; é feito o emprego da tropa em operações policiais enquanto, nos quartéis, falta munição e a instrução é severamente prejudicada por restrições orçamentárias; os regulamentos disciplinares são postos em cheque por decisões de juízes de primeira instância; cogita-se na introdução do ensino dos direitos humanos no currículo das escolas de formação (como se os militares fossem desrespeitadores dos mesmos), etc.



Na esteira de uma Estratégia Nacional de Defesa plena de objetivos ambiciosos, mas de efetividade quase nula, o armamento do Exército caminha para uma rápida obsolescência, a Força Aérea sonha com aviões de combate modernos e a Marinha de Guerra com submarinos nucleares. Há promessas, muitas promessas, mas todas ou quase todas terminam por esbarrar na falta de recursos para implementá-las. Enquanto isso, o dinheiro dos impostos escorchantes escorre pelos ralos da corrupção, financia a construção de uma sede nababesca para a UNE, sustenta a realização de paradas “gay”, atende às exigências do MST e à distribuição de “obras didáticas” que emburrecem e pervertem a juventude.



Assim, tudo corre de acordo com os planos dos já referidos centros de poder: Forças Armadas com limitada capacidade de dissuasão; descrença das camadas mais esclarecidas quanto à ação governamental; esgarçamento do tecido social e toda uma série de mazelas que corroem o patriotismo dos brasileiros. Quando começarem a surgir, com o apoio armado das grandes potências, “nações indígenas” na Região Norte; quando formos “suavemente” constrangidos a ceder território para abrigo de excedentes populacionais; quando organizações e/ou governos estrangeiros se arrogarem o direito de dizer o que podemos fazer ou deixar de fazer na nossa terra, o Brasil, herança dos nossos antepassados, terá deixado de existir.



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

OMISSÕES IMPERDOÁVEIS




Prof. Marcos Coimbra



Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.



A tragédia de Santa Teresa com o bonde que descarrilou, matando cinco pessoas e ferindo cinqüenta e sete, é uma triste constatação do descaso, da omissão e da irresponsabilidade, que caracterizam as atuais gestões dos entes federados, nas três esferas de administração. Há dois anos, a Justiça já determinara a recuperação da rede de bondinhos do tradicional bairro carioca e as conseqüências são estas. No dia 24.06, um turista da França pereceu, após cair do bondinho de Santa Teresa, quando passava sobre os Arcos da Lapa, no Centro do Rio. A circulação dói interrompida por algum tempo e agora ocorre isto. É a crônica de uma morte anunciada.



Levantamento feito no Sistema de Acompanhamento Financeiro do Estado (Siafem) informa que a administração Cabral empenhou apenas 7% do previsto para o “programa de revitalização, modernização e integração de bondes”, no biênio 2007/2008, do orçamento da Companhia de Engenharia de Transportes e Logística (Central), responsável pelo transporte. E, ainda mais, este programa não aparece na execução orçamentária do órgão nos anos de 2009 e 2010. O engenheiro da companhia e membro da direção do Sindicato dos Engenheiros do Rio (Senge-RJ), Sr. Jorge Saraiva da Rocha afirma que: “os repasses para a manutenção às vezes sequer são utilizados para esta finalidade” e que o “serviço de reparos é totalmente inadequado”.



A secretaria de Transportes informa, através de seu titular, que o motorneiro deveria ter levado o bonde para a oficina, após o mesmo ter se envolvido em uma pequena colisão com um ônibus pouco antes. Já o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Sr. Valmir de Lemos disse que a batida entre o ônibus e o bonde foi muito leve e não pode ser apontada como causa do acidente que aconteceu em seguida, acrescentando ainda o fato de o motorneiro não poder se defender das alegações do secretário, pois está morto. De fato, é muita covardia jogar a responsabilidade sobre uma vítima. Quem é funcionário do Estado conhece a maneira cruel, desumana e impiedosa como são tratados os servidores públicos pela atual administração.



Exemplo cabal disto é a votação, prevista para esta semana, do projeto de lei que cria as organizações sociais (OSs), entidades de direito privado que vão gerir as unidades de saúde. O projeto estava previsto para entrar em pauta no dia 31.08, mas as discussões devem levar cerca de duas semanas. Ela recebeu 308 emendas e foi rejeitada pelas Comissões de Tributação e de Saúde da Alerj. Causa perplexidade saber quanto ganha um profissional de saúde no Estado do Rio. De um modo geral, são salários ridículos e as exigências das atuais chefias administrativas, nomeadas em grande parte por indicações políticas, são cada vez maiores. A meta parece ser desestimular o servidor público, levando-o à demissão para que os espaços abertos sejam ocupados por empregados de fundações. Tomógrafos necessários ao diagnóstico e tratamento dos cidadãos estão abandonados, esperando para serem montados, enquanto pacientes sofrem e morrem. E fatos semelhantes acontecem também nas outras áreas do serviço público estadual, como Educação, Segurança etc. O ex-coordenador da Operação Lei Seca, que era subsecretário de governo, atropela vários pedestres, matando um cidadão.



O que está por detrás de tudo isto é o fato de que os planos particulares de saúde estão aumentando o número de segurados em escala muitas vezes superior à capacidade de atendimento, em especial no relativo às internações. Deste modo, estão progressivamente canalizando seus pacientes para a rede pública. Seu objetivo passou a ser então o controle dos hospitais públicos a custo zero para maximização de seus lucros. Imagine o leitor o quanto isto não significa em reais.



O descalabro no plano nacional atinge o paroxismo ao tomarmos ciência da proposta do relator da comissão especial da Reforma Política na Câmara dos Deputados, membro do PT, de adoção do voto em lista fechada, mascarado por subterfúgios ardilosos. Daqui a pouco o eleitor vai ficar exatamente na posição expressa na velha piada em que o chefe político do interior votava por ele, que ignorava para quem tinha ido seu voto. Ao perguntar, obtinha a resposta que o voto era secreto e desta forma ele não poderia saber.



É sabido que esta aberração é defendida justamente pelos dois maiores partidos da coalizão governista, PT e PMDB. Inclusive estudos feitos por cientistas políticos mostram que, caso estivesse em vigor tal excrescência nas últimas eleições, o PT seria o maior beneficiário, elegendo um número ainda maior de congressistas. Não sabemos como estes indivíduos conseguem viver em paz com suas respectivas consciências. De que forma eles conseguem conciliar o sono, sem remorsos? Será que não possuem mais um pingo de dignidade? Até quando seremos obrigados a conviver com estas omissões imperdoáveis? Onde estão os congressistas sérios que não denunciam estas estapafúrdias manobras?



Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br



Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 31.08.11-MM).