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sábado, 19 de março de 2011

O ÚLTIMO BASTIÃO

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Pronunciamento, dirigido por nós aos diletos Membros da ONG, “Terrorismo Nunca Mais” (TERNUMA), no dia de hoje, por ocasião de nossa escolha para presidir a valorosa e combativa Entidade.


Quando começou a luta armada, após a Contra - Revolução de 31 de março de 1964? Não importa.

O terrorismo começou - “Na manhã de 31 de março de 1966, quando o público e as autoridades aguardavam no Parque Treze de Maio, em Recife, o início das comemorações do segundo aniversário da revolução, previsto para as 9 horas. De repente, milhares de pessoas foram surpreendidas com uma violenta explosão, seguida de espessa nuvem de fumaça que envolveu o vizinho prédio dos Correios e Telégrafos.

Quando a fumaça se dissipou, os relógios registravam 8h47min.

A luta armada não é conduzida por pessoal identificado. Pelo contrário, é conduzida às ocultas, sub-repticiamente, na clandestinidade. Seus combatentes valem - se de disfarces, utilizam codinomes, isto é, nomes em código, fictícios, bem como documentos falsos e outros subterfúgios para não serem identificados. Não usam uniformes nem insígnias de posto ou graduação e não se restringem ao emprego de armamentos militares; valem – se também de coquetéis molotov, bombas, estilingues com bolas de aço etc. que, todavia, são armas reais” (extraído do livro, A Grande Mentira, do General Agnaldo Del Nero Augusto).

Nos anos seguintes, entre assaltos, seqüestros, roubos, justiçamentos, a subversão aflorou, cresceu, expandiu – se, mas terminou por sucumbir.

Foram anos de terrível incerteza e inquietude. A quebra da lei e da ordem ocorria à solta, seja através de ações de grupos radicais, por atos criminosos cruentamente desencadeados, os quais tiraram a vida, não apenas de agentes, mas de inocentes cidadãos; seja pelas mobilizações turbulentas de entidades estudantis, sindicatos, etc, que se compraziam em perturbar o clima de paz e desenvolvimento existente.

O Governo aprendeu na pele a coibir as ações subversivas. No sacrifício, em missões permanentes e desgastantes, coube às equipes compostas por brasileiros escolhidos de diversas organizações, como o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a Polícia Civil e as Polícias Militares apresentar - se para o combate a um inimigo oculto e sanguinário.

Os agentes da lei foram escolhidos a dedo, entre os melhores profissionais. Não foram os mais cretinos, os mais sádicos, os mais canalhas, os corruptos e os patifes.

Eram selecionados e muito. Eram pais de família, filhos diletos chamados pela Nação para lutar em prol da tranqüilidade do País.

E lutaram, e sofreram, e muito. Longos períodos fora de suas casas, longe de suas famílias. Muitas noites em claro. A paga? O cumprimento do dever, inclusive e, se preciso, com o sacrifício da própria vida.

Tempos incertos, de apreensões, de angústias, de incertezas. Vários grupos de esquerda disputavam a primazia da violência. Combatê-los era uma tarefa de abnegação, de coragem e de desprendimento.

Nada adiantou. Os anônimos heróis foram transformados em párias, em malditos, em torturadores empedernidos; e os subversivos, em mártires. Equivocadamente, foram anistiados, e muitos indenizados, regiamente.

Quanto aos depositários da segurança pública, conviveram e convivem com a vergonhosa pecha de irracionais torturadores. Graças à propaganda, ao aliciamento de inocentes uteis e de espertos oportunistas, decretou – se que eles foram os maquiavélicos carrascos de uma matilha de dóceis cordeiros.

Eles cumpriram o seu dever. Não enriqueceram, não exigiram glórias, nem reconhecimento. A missão era silente, perigosa, legal, e poderia ser letal.

Hoje, entre as correntes que se atrevem a repudiar os engodos atuais, inúmeras, como nós, respeitam e admiram àqueles verdadeiros heróis.

Outras vertentes de insatisfação, que poderão concordar ou não conosco, no referente ao destrato do Estado para com os abnegados agentes, que batalharam contra a subversão, são lúcidas o suficiente, para entender que caminhamos para uma ditadura de esquerda.

Quanto a nós, repudiamos as tentativas de massacrar e tripudiar sobre os agentes da época, e, com o mesmo espírito de repúdio que motivou aqueles nacionalistas, atrevemo – nos a denunciar os descaminhos que seguimos. Por isso, nós do Grupo Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA), negamo - nos a abandonar o campo de lutas, pois entendemos que o fato de a canalha de ontem ter ocupado o poder, e tentar por meio de subterfúgios o domínio que tentaram e fracassaram pelas armas, não pode ser a desculpa para, gratuitamente, alcançarem seus objetivos.

Atualmente, o TERNUMA, ao mesmo tempo em que se coloca, como sempre, na posição de preservar a honra e a dignidade dos cidadãos que no passado cumpriam a sua missão, e evitar que os criminosos de ontem, se transformem nos justiceiros de hoje, posiciona - se para defender a democracia, por perceber que através da sua manipulação, as mesmas raposas de antanho estão assumindo o controle completo da Nação.

Não somos, certamente, o último bastião, outros existem. Entidades, Organizações Não Governamentais externam a sua repulsa ao que está acontecendo. Sem o respaldo dos extensos e incalculáveis recursos do desgoverno, persistentemente, difundem suas mensagens de desagravo, denunciam, vaticinam tempos piores, e alertam para a esbórnia material e moral que assola o País.

Eles, como nós, temem o pior.

Receamos a sacralização de barbaridades como o 3º PNDH e sua revanchista e deletéria "Comissão da Verdade", tememos a propaganda enganosa e tememos a ditadura que desfila no horizonte.

Tememos, mas não fugiremos. Escreveremos, mas não roubaremos, não seqüestraremos, não atacaremos, não assassinaremos e não mentiremos.

Apesar da sinceridade, apesar da crença de que a verdade prevalecerá, diante das preferências do povo brasileiro, provavelmente, perderemos ou quem sabe, venceremos, só o tempo dirá

Como consolo, e para a posteridade, com honra e de pé.

Brasília, DF, 19 de março de 2011

SIMULAÇÃO E MENTIRA





“Nenhum animal é mais calamitoso do que o homem,

pela simples razão de que todos se contentam

com os limites da sua natureza,

ao passo apenas o homem se obstina em ultrapassar

os limites da sua.”

Erasmo



Waldo Luís Viana*



Meu jardim é local poético, forja de várias reflexões. Outro dia nele vi um inseto que fingia ser uma folha. Era verdinho que só ele. Peguei-o com dois dedos e o coloquei num jasmineiro. Imediatamente ele ficou tão escuro quanto as folhas da árvore e sumiu de minha descuidada e fluida percepção.

Refleti, então, sobre a sua necessidade de se esconder dos predadores e simular uma cor semelhante ao ambiente, dissolvendo-se ou escapando de futuras ameaças. Muitos animais também o fazem e não é preciso ser especialista para topar com tais exemplos na natureza ou em documentários populares de televisão.

A natureza produz comportamentos simuladores, onde o engano pode valer a sobrevida e o ilusório resultar em refeição. Os animais lutam pela sobrevivência, darwinianamente, e vemos espécies que se adaptam, a ponto de sobreviverem quase intactas no tempo. E os mais aptos exemplares ousam formar o topo da cadeia alimentar, permanecendo vivos mesmo em ambiente hostil e avassalador.

O homem, por sua vez, construiu a sociedade a partir da linguagem e do aperfeiçoamento de instrumentos, que o dotaram de talentos para se multiplicar e usufruir da extensa gama de recompensas que a natureza dispôs sobre o planeta. Construiu, no entanto, uma sociedade desigual, em que soube escravizar o outro homem e, posteriormente, segmentou-o em classes pela ditadura do dinheiro. O egoísmo capitalista parece ser até o último estágio de nossa civilização, que agora entra em conflito inevitável com a própria natureza que o gerou e lhe deu suporte.

Já o animal simula para sobreviver – esse é seu instinto. O homem, por sua vez, mente, atribuindo esse comportamento a um esforço para derrotar o outro no jogo social. A mentira, bem como todas as gradações de fingimento e perfídia, compõe o arsenal que nós utilizamos para sobreviver na selva da vida, em que o comportamento fraterno e solidário parece ser mera exceção e não a regra.

Muitos de nós acreditam que temos de copiar o universo darwinista dos animais, que matam para sobreviver. Esquecem-se de que tais hábitos naquele reino são regulados por delicado equilíbrio ecológico, em que ao final o meio ambiente sai ganhando, com a preservação automática de biomas e espécies.

Há alguma coisa de sagrado no bom funcionamento do relógio da natureza e apenas ao homem é dado inteligência suficiente para profaná-lo. Assim, temos a exploração predatória de riquezas, com geração de energias poluentes e o soerguimento de uma sociedade de consumo voraz e de uma civilização do luxo e do lixo. Temos megalópoles caóticas e superpovoadas, que nossa espécie teima em manter e multiplicar, apesar de todos os contratempos que produz. Nelas, o saneamento básico, a saúde pública e os transportes são problemas crônicos, praticamente insolúveis na maior parte das nações. E mesmo distante das melhores soluções e vivendo imensas desigualdades sociais, o homem mente, perseverando em justificar seu modo de vida pós-moderno como o melhor dos mundos...

Se nós mentimos, como indivíduos, também servimos nossa civilização com engodos. Bem sabemos que, em breve, não teremos mais água doce para beber e a humanidade, dentro de trinta anos, ver-se-á entregue a uma guerra fratricida por mananciais. O Brasil, nesse sentido, com seus aquíferos subterrâneos, será objeto da sanha internacional, do mesmo modo que o século XIX assistiu ao colonialismo que extraía riquezas minerais e vegetais dos países pobres para o mundo europeu ocidental, então desenvolvido.

Hoje, o extremo ocidente, representado pelos Estados Unidos entra em decadência e o mundo, novamente, marcha para o oriente, mediante o novo protagonismo da China. É a marcha geográfica do desenvolvimento, que obedece à rotação da Terra. Basta lembrarmos da história universal, de seis mil anos para cá...

O homem mente para preservar odiosos privilégios, mesmo que isso resulte em guerras inconsequentes e no martírio de seus iguais. Não bastam as religiões e todos os esforços meritórios de amor, difundidos teimosamente por alguns de nossa espécie, distinguindo-nos da simulação do mundo animal, que não são suficientes para deter a marcha da humanidade para o abismo.

Teimamos em manter em funcionamento os vastos estoques de energias “sujas”, que terminarão por nos exterminar, já que escapam ao controle do equilíbrio ecológico em que não deveríamos tocar.

A ânsia pós-moderna de dessacralizar o que é sagrado nos precipita numa escravização sem precedentes, em que um esquema jamais visto de redes de mídias se encarrega de difundir mentiras e realidades virtuais, numa dimensão nunca imaginada.

O mundo humano é a difusão da mentira, erigida em realidade universal. Não simulamos como os animais para sobreviver, mentimos para nós mesmos e para a natureza, pensando ter encontrado as soluções.

No entanto, a verdade é que nessa injusta caminhada tornamo-nos nós mesmos o problema e já não dá mais para fingir que somos insetos adaptados num jardim imenso, porque diante das ambições e da maldade exibidas, o meio ambiente nos execra e ameaça até se vingar.

No belo jardim que ainda é nosso planeta, a natureza nos vem percebendo como problema. E para ela, os problemas não existem; existem apenas soluções...

____

*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e gostaria muito de não perceber a aproximação de tempos catastróficos...

Teresópolis, 19 de março de 2011.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Disque Perseguição Religiosa




Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Um número telefônico para perseguir os que se opõem ao homossexualismo




O Brasil não tem uma lei que tipifique como crime a oposição ao homossexualismo. O PLC 122/2006, que pretende isso, foi desarquivado graças a um requerimento da Senadora Marta Suplicy (PT/SP)[1], eleita com o apoio de Gabriel Chalita[2], membro da Canção Nova.

Porém, mesmo antes de o PLC 122/2006 ser aprovado, o governo Dilma já criou um “serviço” de perseguição àqueles que desaprovam o vício contra a natureza. No dia 29 de fevereiro de 2011, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, anunciou que o Disque 100, número gratuito que recebe 24 horas por dia, ligações em defesa dos direitos humanos em todo o país, passaria a receber denúncias de “ações homofóbicas”[3]. São palavras da ministra: “Vamos criar uma rede de contatos em parceria com estados e municípios, com o objetivo de obter dados mais reais de casos de homofobia no país e garantir que os culpados sejam investigados e punidos”.

Note-se que, mesmo sem previsão legal, a ministra já quer dar punição aos que não encaram com naturalidade as condutas antinaturais. Quem denuncia não precisa preocupar-se, pois é garantido o “sigilo da fonte”. Portanto, no final do segundo mês da posse de Dilma, seu governo já instalou a perseguição religiosa baseada em ligações telefônicas gratuitas e anônimas. Os que professam a fé cristã devem estar preparados para um policiamento semelhante à KGB soviética e à Gestapo nazista. Alguns exemplos ajudarão a esclarecer a gravidade do quadro.

1. A Santa Missa está sendo celebrada. Durante a homilia, o sacerdote faz alusão ao primeiro capítulo da carta de São Paulo aos Romanos, que condena fortemente o homossexualismo, tanto feminino quanto masculino (Rm 1,26-28). Cita as palavras do Apóstolo segundo o qual o entregar-se a “relações contra a natureza” (Rm 1, 26) foi o castigo daqueles que “trocaram a verdade de Deus pela mentira” (Rm 1,25). Nesse momento alguém passa pela frente da igreja e se sente incomodado com a pregação. Dirige-se a um telefone público e denuncia o celebrante “homofóbico”.

2. Uma mãe de família, preocupada com a integridade moral das crianças, resolve não admitir uma lésbica para trabalhar como babá de seus filhos. A candidata ao emprego, vendo-se frustrada, pega seu telefone celular e denuncia aquela senhora por essa “ação homofóbica”.

3. O dono de um estabelecimento comercial pede que se retirem dois homens que estão praticando atos obscenos. Eles saem, mas procuram imediatamente um telefone para denunciar o comerciante que não tolera a “diversidade sexual”.

4. O reitor de um seminário descobre, espantado, que um dos seminaristas é homossexual. Ele havia tentado seduzir um dos colegas, mas este levara o caso à reitoria. Diante do reitor, o homossexual confessa sua conduta. Com caridade, mas também com firmeza, o reitor decide afastar esse estudante do seminário. O Bispo diocesano apoia essa decisão. Inconformado, o ex-seminarista disca para o governo denunciando como “homofóbicos” o reitor, o bispo e o colega que não se deixou seduzir.

Por ora, sem uma lei “anti-homofobia”, é difícil imaginar o que o governo poderá fazer contra os cidadãos denunciados. Pois, segundo preceito constitucional, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” (art. 5º, XXXIX, CF). Parece que o “Disque Homofobia” foi criado em previsão (e em preparação) à aprovação do PLC 122/2006. Tudo está preparado para a instalação do terror depois que a lei for aprovada.

Os militantes pró-homossexualismo, para ganhar adeptos a sua causa, tentam mostrar estatísticas (verdadeiras ou falsas) de homicídios ou lesões corporais praticados contra pessoas homossexuais. Dizem que é indispensável criar uma lei para coibir essa “onda de violência”.

Lamentavelmente, nem todos os cristãos sabem se posicionar com firmeza diante desse argumento. Alguns dizem que tal lei é necessária, mas não admitem que as penas propostas sejam tão severas. Outros dizem que a lei é desnecessária, uma vez que a legislação penal já pune os crimes contra a vida, a integridade física e a honra dos cidadãos. Quase ninguém atinge o núcleo da questão para dizer que a proposta de lei não é apenas “desnecessária”, mas totalmente absurda. Imaginemos a história seguinte.

Brasil sem ebriofobia?

O governo brasileiro se mostrou preocupado com o alto número de bêbados vítimas de homicídio, lesão corporal ou injúria. Considerando esse quadro como fruto de um “preconceito” contra os ébrios, o presidente lançou o programa “Brasil sem ebriofobia”. O objetivo foi convencer a população a respeitar a opção “beberal” de cada um, sem privilegiar o comportamento abstêmio em relação ao comportamento alcoólatra. Para isso, foram promovidas passeatas de “orgulho ébrio”, nas quais os bêbados, portando garrafas de aguardente, eram calorosamente acolhidos pelos governantes. Nas escolas, as crianças passaram a aprender que ser ébrio ou ser abstêmio eram duas orientações “beberais” legítimas. Ninguém deveria considerar o alcoolismo como um vício ou como uma doença. Nem a sobriedade podia ser considerada uma virtude. No Congresso Nacional foi aprovada uma lei “antiebriofobia”, que considerou crime qualquer manifestação contrária aos alcoólatras. A lei passou a punir com penas especiais os homicídios, lesões corporais e injúrias quando a vítima fosse um ébrio. E assim, os bêbados ficaram livres de um “preconceito” que pesava sobre eles desde muitos séculos.

Analisando a história

O caso narrado acima é evidentemente absurdo. Se o ébrio tem direitos, os tem apenas na qualidade de pessoa, mas não na qualidade de ébrio. A embriaguez não acrescenta – nem pode acrescentar – direitos ao cidadão normal. O absurdo da fictícia lei “antiebriofobia” era querer dar direitos a um vício. Se um bêbado é morto, o homicida deve ser punido, conforme a legislação penal. Mas é absurdo que o autor do crime receba uma pena extra pelo fato de a vítima ser alcoólatra. O mesmo se diga das lesões corporais e injúrias praticadas contra um ébrio.

O que a embriaguez e o homossexualismo têm em comum? Vejamos esta passagem da primeira carta de São Paulo aos coríntios: “Então não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais! Nem os impudicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus” (1Cor 6,9-10). A Palavra de Deus elenca, portanto, entre os que não terão parte no Reino de Deus tanto os ébrios (“bêbados”) como os homossexuais (“efeminados” e “sodomitas”).

Se um homossexual é assassinado, o homicida deve ser punido. Mas é um absurdo que a lei imponha uma pena especial pelo fato de a vítima ser homossexual. O mesmo se diga de alguém que espanca um homossexual. Não tem cabimento que o autor responda por um crime mais grave do que a lesão corporal prevista no Código Penal.

O núcleo do PLC 122/2006 é que ele, pela primeira vez na história legislativa brasileira, pretende dar direitos ao vício. Em nosso país isso é inédito, embora já existam coisas semelhantes em leis estrangeiras, com efeitos desastrosos.

O amor aos pecadores

Os pecadores têm um lugar especial no Cristianismo. Jesus disse textualmente: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. [...] Com efeito, eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mt 9,12-13). Ele, que acolheu a mulher adúltera que estava para ser apedrejada (Jo 8,2-11) e o ladrão que fora crucificado ao seu lado (Lc 23,39-43), não rejeitaria um homossexual penitente. Certamente, Ele o perdoaria dizendo: “Vai, e de agora em diante, não peques mais” (Jo 8,11).

O auxílio que Jesus veio trazer aos pecadores é libertá-los do pecado. Afinal, disse Ele, “quem comete pecado é escravo” (Jo 8,34).

O PLC 122/2006 pretende, não libertar os homossexuais, mas consolidar sua escravidão. Longe de estimular uma verdadeira mudança de conduta (“conversão”), o projeto pretende glorificar o vício contra a natureza. Numa total inversão de valores, ele pretende que sejam punidos como criminosos aqueles que censuram o comportamento antinatural.

Notas:

[1] Cf. Marta quer apoio para aprovar projeto que torna crime a discriminação de homossexuais,

Agência Senado,02/03/2011 in: http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=107722

[2] Cf. Gabriel Chalita apóia Marta in:http://www.youtube.com/watch?v=LUrPGiLxDpc

[3] Serviço de denúncia anti-homofobia é lançado em passeata em SP, Folha.com, 19/02/2011 in: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/878265-servico-de-denuncia-anti-homofobia-e-lancado-em-passeata-em-sp.shtml

Divulgação: http://www.juliosevero.com/

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segunda-feira, 14 de março de 2011

PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO

Amazônia

*Edvaldo Tavares


Um paraíso verde, permeado pela abundância de rios caudalosos, que esconde riquezas ainda desconhecidas dos estudiosos. Suas florestas com árvores gigantescas localizadas em áreas ainda não exploradas pelo homem espicaçam a curiosidade estimulando a imaginação das mentes mais férteis originando as populares crendices.

Exploradores estrangeiros disfarçados de turistas e ambientalistas levam para os seus países, frutos, sementes, vegetais, insetos, animais, pássaros, répteis e diversidades biológicas, onde princípios medicamentosos e essências para cosméticos dão origem a novos remédios, produtos de beleza e de aplicação diversas. (No futuro água será causa de guerras http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/no-futuro-agua-sera-causa-de-guerras/)



A marcha para o oeste

Orlando Villas Boas e os irmãos Leonardo e Cláudio encetaram uma marcha para o oeste do Brasil desbravando durante quatro anos mais de 1.000 quilômetros de rios e florestas. A aventura teve início em Aragarças, margens do rio Araguaia, em janeiro de 1946. Parti rumo ao desconhecido, o temido oeste do território brasileiro, porta de entrada para o inferno verde – Amazônia.

Os irmãos aventureiros foram os primeiros a atravessar as serras do Roncador e Cachimbo, descobrindo o rio Xingu onde mantiveram contato com povos indígenas. Não foi fácil a conquista dessa terra desbravada com a cara e a coragem. Com apenas facões e enxadas, os heróicos exploradores abriram pistas de pouso para os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que levavam mantimentos e comunicações para aquela região isolada do resto do mundo. Orlando, Leonardo e Cláudio marcaram as suas passagens no rio Xingu, Rio das Mortes e demais rios amazônicos. Em seis de outubro de 1946 fizeram os primeiros contatos pacíficos com os temidos indígenas calapalos.

A tomada de conhecimento e posse da conquista do inferno verde pelo povo brasileiro, que se acostumara a viver, curtir o conforto, beleza e vida fútil do litoral, desconhecendo toda imensidão e riquezas escondidas no interior deste gigantesco país, foi um presente que somente os verdadeiros e despojados heróis podem oferecer sem nada exigir para si em troca. (Ameaça à Amazônia – Perigo que alguns insistem em não ver http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/ameaca-a-amazonia-perigo-que-alguns-insistem-em-nao-ver/)



Origem do nome do rio Amazonas

Em 1541, o espanhol Francisco de Orellana navegando pelos rios a leste dos Andes com a missão de avaliar a dimensão das terras pertencentes a coroa espanhola, foi surpreendido por rios e mais rios que aumentavam a distância entre as suas margens, densas florestas e grande diversidade de animais.

Durante a navegação pelos rios amazônicos, Francisco Orellana e a sua tripulação são atacados por silvícolas que disparam flechas envenenadas. O navegante e seus homens conseguem se livrar do ataque indígena. Entretanto, impressionado com a aparência dos nativos, que julga serem mulheres, por analogia com a mitologia grega – as mulheres guerreiras, amazonas – batiza o imenso rio com o nome Rio das Amazonas.



A maioria da população brasileira e das demais partes do mundo tem a idéia errônea de que a internacionalização da Amazônia é para conservá-la como patrimônio da humanidade. É um engano pensar que os países mais poderosos estejam preocupados com o futuro bem-estar do ser humano. Por trás desse falso interesse humanitário que pretende impedir a destruição da Amazônia por meio da desapropriação dos países que a têm, existe uma cobiça irrefreável de passar por cima dessas soberanias e explorar desde a biodiversidade florestal, os recursos hídricos, os minerais preciosos e principalmente os estratégicos que jazem no solo e subsolo da região. (Heranças Malditas http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/herancas-malditas/)



Países ricos querem o domínio do bioma amazônico

Esmagadora maioria dos países, mais de 80% da humanidade, é indiferente à existência da Amazônia e não se manifesta em relação a sua conservação. A pressão contra o Brasil, no que se refere às áreas florestadas amazônicas, é exercida por países reconhecidos como colonizadores, ricos, em estado de reconhecida decadência, que esgotaram as suas riquezas, destruíram as suas florestas, poluíram o mundo, com tendências hegemônicas.



A Amazônia é uma extensa planície localizada entre a curvatura formada pelas terras baixas da Cordilheira dos Andes a oeste, o Planalto das Guianas ao norte e ao sul o Planalto Brasileiro. Corresponde a 42% do território brasileiro com rica hidrografia e vasta floresta pluvial equatorial que se estende por 3,7 milhões de quilômetros quadrados. A Amazônia brasileira com 4.871.487 Km² compreende toda a Região Norte, englobando os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá. Abrange também o oeste do Estado do Maranhão, o Estado do Tocantins e norte do Estado do Mato Grosso.

O bioma amazônico, sistema constituído do solo, relevo, clima, fauna, floresta e outros componentes, há séculos visto com cobiça por países economicamente ricos, poderosos e desenvolvidos, que no passado destruíram suas coberturas florestais e hoje a pretexto de preservar as áreas florestais brasileiras exercem fortes pressões para a internacionalização da Amazônia.

Devido à inacessibilidade e à precariedade da preservação da saúde resultante ao alto índice de insalubridade, a exploração econômica da Região Amazônica representa um desafio a ser enfrentado.



Os motivos para a internacionalização

Os Estados Unidos da América do Norte (EUA) e Inglaterra, França e Holanda (Países Baixos) estão na vanguarda da cobiça da Região Amazônica.



MAIOR RESERVA DE NIÓBIO DO PLANETA – MORRO DOS SEIS LAGOS (São Gabriel da Cachoeira na Cabeça do cachorro, norte da Amazônia)



Não existe intenção alguma de preservação do patrimônio florestal tropical para a humanidade. (Amazônia em perigo http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/amazonia-em-perigo/)

Com o assustador crescimento da população mundial – atualmente 6,5 bilhões e em 2050 poderão ser nove bilhões –, superpovoamento em determinados países com cidades abarrotas de gente, desaparecimento de diversos países que serão engolidos pelo aumento do nível dos mares e oceanos, países constantemente assolados por abalos sísmicos e tsunamis, diminuição da água potável do planeta, esgotamento de recursos minerais e biodiversidade, e, por outro lado, a existência de gigantescos vazios territoriais desprezados na Amazônia brasileira é um irrecusável convite para que países hegemônicos empreguem ardilosas estratégias para ocupação desse abandonado bem territorial que os brasileiros estão menosprezando. E, para piorar a situação, devido à incompetência dos últimos governantes brasileiros estão obtendo resultados. (Perderemos o norte de Roraima e do Amazonas até a Cabeça do cachorro? http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/perderemos-o-norte-de-roraima-e-do-amazonas-ate-a-cabeca-do-cachorro/)



A verdade que o povo precisa saber

A opinião de inocentes brasileiros, favoráveis à entrega da Região Amazônica para garantia da preservação do bioma para países que tenham mais capacidade, retrata a profunda ignorância reinante no seio do povo. Esses países reconhecidamente escravagistas, arrogantes, solapadores das riquezas de nações ansiosas por desenvolvimento, enrustidos inimigos do Brasil, uma vez detendo o direito internacional de posse da Amazônia brasileira, rapidinho a devastarão para a extração de minerais preciosos, energéticos, estratégicos e demais riquezas, com fúria maior do que a dos maus brasileiros. (Nióbio – Riqueza desprezada pelo Brasil http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/niobio-riqueza-desprezada-pelo-brasil/)

A intenção dos países hegemônicos é impedir o desenvolvimento, difundir a noção de incapacidade e instauração de pleno domínio das regiões mais ricas dos estados nacionais que querem evoluir para o estágio de nações desenvolvidas. O tipo de política intervencionista aplicada por meio de organizações não-governamentais (ONGs), nacionais e estrangeiras, a ação de organizações religiosas comprometidas com os seus propósitos, aproveitando a ignorância do povo e de autoridades, seviciando os corruptos e colaboracionistas, é presenciada atualmente na questão da retirada da população não-indígena da RIRSS – Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. A esse tipo de guerra, identificada como assimétrica ou irregular classificada como de 4ª Geração, está sendo contraposta um tipo novo de resistência que poderia muito bem ser denominada de “Defesa de 4ª Geração” – tem-se mostrado eficaz e já apresenta vitórias. (190 milhões de brasileiros poderão ser despejados do Brasil http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/190-milhoes-de-brasileiros-poderao-ser-despejados-do-brasi/)



Autor:

*Edvaldo Tavares – Médico, Diretor Executivo do Sistema Raiz da Vida www.raizdavida.com.br. Projeto Rondon I (1969) – acadêmico de medicina em Iauaretê/AM (Cabeça do cachorro). Projeto Rondon II (1970) – acadêmico de medicina em Parintins/AM. Projeto Rondon III (1971) – Chefe de Equipe em Dourados/MS. Foi membro da equipe precursora da instalação do Campus Avançado da UEG (Universidade do Estado da Guanabara em 1970) em Parintins/AM. Foi 1º Ten e Cap Médico do glorioso Exército Brasileiro na Colônia Militar do Oiapoque, Clevelândia do Norte/AP e Maj Médico Diretor do Hospital de Guarnição de Tabatinga, Tabatinga/AM.



Comentário nº 91– 15 de março de 2011



Por Gélio Fregapani




Assuntos: Cenário Mundial; Cenário Nacional e Pequenas Notícias



Cenário Mundial

Há poucas semanas, com o dólar americano em direção ao abismo, especulava-se qual seria a reação dos EUA para garantir os acessos ao petróleo e às matérias primas indispensáveis ao ressurgimento de um parque industrial que suprisse ao menos seu mercado interno, já que internacionalmente ninguém poderia competir com a China.

Os russos foram os primeiros a prever publicamente o uso da maquina militar da OTAN para garantir o petróleo. Isto lhes agradava, pois aliviaria a pressão separatista islâmica em seu próprio território. A China, com o mesmo problema russo, também daria seu beneplácito. Entretanto deve ser lembrada a existência de outros “atrativos” mais a mão, como o nosso pré-sal e os minerais das áreas indígenas.

A onda dos movimentos “por liberdade” nos países do Norte da África e do Oriente Médio trouxe novos dados ainda não muito claros, que devem ser analisados em seus reflexos na disputa entre as potências por espaços e poder, acesso a matérias primas e mercados; cenário permanente nas relações internacionais.

Algumas das conseqüências se tornam evidentes como a tendência de formação de um bloco árabe-islâmico coeso e hostil aos EUA e a Israel. Ainda não está certo se os EUA perderão seus aliados árabes, mas esta é a tendência. Para Israel a situação provavelmente se agravará; mesmo que tivesse cedido na questão palestina, quando estava em posição de força, não teria a paz garantida. Muito menos adiantaria ceder agora.

Os massacres de cristãos em países de maioria muçulmana, se ainda não despertaram a indignação geral, preparam o espírito das massas para uma nova cruzada, que tal como algumas das anteriores, será forjada pelos interesses de diversas nações, quer seja por se sentirem ameaçadas, quer seja para ter acesso ao petróleo.

Esse cenário ainda em ebulição pode afastar temporariamente a ameaça sentida por todos os geopolíticos ao nosso pré-sal e a provocação da secessão das áreas indígenas, pois em véspera de guerra, os EUA tudo farão para conquistar a nossa aliança, ou ao menos a nossa simpatia. O perigoso para nós seria os EUA/OTAN desistirem do Oriente Médio e se concentrarem na América do Sul



Cenário Nacional

Lula deu sorte, ou foi de uma clarividência impar. A política de benefícios sociais, muitas delas exageradas, conseguiram manter a indústria e o comércio em funcionamento, atenuando ou mesmo anulando no País o efeito da crise financeira que atingiu os EUA com reflexos em quase todo o mundo. Aproveitando a situação privilegiada da alta das commodities, em seus dois últimos anos Lula retomou com sucesso o estilo desenvolvimentista dos governos militares e o País pode progredir, apos afastada a paralisante influência de Marina Silva e de seus inconseqüentes seguidores.

Os diversos escândalos pouparam a figura do então presidente, mas atingiram aos quadros do seu partido. Para suceder-lhe, sobrou a Lula apenas a Dilma. Outra vez, parece que acertou. Dilma iniciou agindo com coerência.

Entretanto há uma dívida a pagar, e se essa dívida não se deve exclusivamente ao último governante, nenhum tesouro nacional teria condições de atender ao que Lula tentou, ainda mais com os erros nas prioridades que foram feitos. O preço a pagar a Dilma herdou; ou melhor, nós é que herdamos. Entre estes:

1 – As prioridades erradas – Exemplos: Para prolongar a vida de um aidético deixa-se de salvar 100 maláricos; para tratar um drogado (e quase sempre sem sucesso) se gasta o que deveria ser investido em segurança

2 – O câmbio e os juros errados – A valorização do real acaba com a competitividade da indústria nacional. Os juros – os mais altos do planeta drenam as divisas e as verbas que seriam para a infraestrutura. A enxurrada de dólares entrando no País propicia a compra, por estrangeiros, de usinas, terras e outros bens de raiz, fonte de novos problemas no futuro

3 – Instituições caríssimas e ineficientes – Exemplos: Temos o Congresso, o mais caro do mundo e talvez o mais inútil, e um Judiciário que abre mão de território nacional para minorias inventadas e demonstra opção preferencial pelos malfeitores em detrimento das vítimas, além dos definitivamente distorcidos e nefastos INCRA, FUNAI e o Min. do Meio Ambiente.

4 – A debilidade militar – O descaso de governos anteriores e a nova situação mundial nos colocou em vulnerabilidade, com pequena capacidade de dissuasão.

5 – A exacerbação dos movimentos sociais, como o MST, MAB, indigenismos, movimentos quilombolas e outros, normalmente criados por ONGs estrangeiras, ameaçando dividir o País em pedaços e em segmentos hostis.

6 – A impunidade universal, impedindo os castigos, deixa em desvantagem as pessoas de bem, abalando a disciplina nas Forças Armadas e a educação das crianças.

7 – A valorização do hedonismo, destruindo os valores familiares incluindo a noção de pátria do dever e da honra.

Mas o cenário está evoluindo - A queda do dólar, a ascensão da China e agora as convulsões no mundo árabe trazem novos perigos, mas também novas oportunidades.

A principal ameaça parece ser a econômica, ressaltando a desindustrialização e a compra estrangeira de nossos recursos naturais. A segunda certamente é a militar, em função desses mesmos recursos. A terceira é a ameaça de desagregação nacional. É claro que estas ameaças não são as únicas e estão entrelaçadas

As principais oportunidades são o desenvolvimento dos setores onde seríamos imbatíveis, quer por termos o monopólio da matéria prima (por ex o nióbio e o quartzo), quer por vantagem significativa (agronegócio). Urge diminuir os juros e proteger as empresas nacionais de capital nacional de concorrências com que não possam competir e desenvolver o quanto antes a capacidade militar de dissuasão, sendo a melhor delas a bomba atômica.



Pequenas notícias

A juíza Claudia Maria Bastos Neiva acatou a alegação de que Lamarca não poderia ser beneficiado porque desertou do Exército para entrar na luta armada contra o regime militar e suspendeu a anistia ao desertor.

O dep. Reguffe pretende alterar o Código de Ética da Câmara para que ilícitos anteriores ao mandato possam resultar em punição, aproveitando o caso Jaqueline Roriz. O colegiado estava desacreditado com as últimas pizzas na Câmara.

Roraima continua em ebulição. Além do desagrado dos índios por ver secar sua fonte de alimentação (os arrozeiros), pode vir a ter nova eleição.

Até o Bispo de Jales, Dom Valentini, sabe que o código florestal em vigor, se aplicado inviabilizaria a agricultura nacional



Que Deus guarde a todos vocês



Gelio Fregapani

ADENDO

De interesse apenas de militares ou interessados no assunto



Dissuasão –

A capacidade de dissuasão não significa sempre a de vencer a guerra, mas ao menos a de cobrar um preço superior às vantagens a serem obtidas.

Obviamente a capacidade absoluta de dissuasão são as armas nucleares. Quem as tiver. E meios de lançá-las, jamais será invadido nem pressionado além de certos limites.

Se observarmos com olhar crítico veremos que, a partir da “demonstração” de Hiroshima e Nagasaki, as armas nucleares e políticas foram desenvolvidas mais para garantir a paz do que para ganhar uma guerra. Assim foi o desenvolvimento nuclear da então URSS. Certamente os países nucleares, em alguma vez mantiveram a aberta a opção nuclear, mas sempre contida pela capacidade de revide, mesmo que com menor intensidade.

Até uma disponibilidade mínima fornece garantia de dissuasão nuclear. Israel não sobreviveria nos próximos tempos sem seu armamento atômico, embora provavelmente ele nunca seja usado. Para um estado pequeno como o Paquistão, foi a garantia de paz com a Índia. Para esta a garantia de paz com a China e para a China, de paz, inicialmente com a União Soviética e atualmente com os EUA

A chance paz para o Irã é fazer sua bomba a tempo , e se a Coréia do Norte tiver realmente a bomba, só receberá ataques verbais.

Nossos governantes falharam em compreender a geopolítica do poder. O Collor foi ignorante ou traidor ao interromper o desenvolvimento do armamento nuclear.O FHC foi certamente traidor ao renunciar unilateralmente. Ao Lula faltou, no mínimo coragem. E a Dilma? Faltará também?

No Ministério da Defesa se comenta que devemos manter a capacidade de dissuasão sem visar um inimigo específico. Caso se refira a capacidade nuclear isto funcionaria, mas na sua ausência é indispensável pensar em como se opor as ameaças existentes. Considerando que nossos vizinhos não nos ameaçam, mas que devemos dissuadir aventuras de países desenvolvidos em busca de nossos recursos naturais, sentimos que 36 caças, mesmo os melhores do mundo, nada significam nesse contexto, mas bons mísseis terra-ar podem influir na dissuasão. Da mesma forma, mesmo com a renovação dos nossos meios flutuantes não causaríamos ano à uma esquadra poderosa, mas submarinos talvez sim. Nas forças de terra, até os melhores tanques do mundo seriam destruídos pelo ar, tão logo aparecessem, mas guerrilhas nas selvas, nos sertões e nas cidades colocariam em cheque uma ocupação.

É só pensar. GF



Recebido de Walter Mendes

A "operação Líbia" e a batalha pelo petróleo: Redesenhar o mapa da África

por Michel Chossudovsky

As implicações geopolíticas e económicas de uma intervenção militar EUA-NATO contra a Líbia são de grande alcance.





A Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo, com aproximadamente 3,5% das reservas globais de petróleo, mais do dobro daquelas dos EUA.



A "Operação Líbia" faz parte de uma agenda militar mais vasta no Médio Oriente e na Ásia Central, a qual consiste e ganhar controle e propriedade corporativa sobre mais de 60 por cento da reservas mundiais de petróleo e gás natural, incluindo as rotas de oleodutos e gasodutos.



"Países muçulmanos incluindo a Arábia Saudita, Iraque, Irão, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Iémen, Líbia, Egipto, Nigéria, Argélia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, Indonésia, Brunei possuem de 66,2 a 75,9 por cento do total das reservas de petróleo, conforme a fonte a metodologia da estimativa". (Ver Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, January 4, 2007) .



Com 46,5 mil milhões de barris de reservas provadas (10 vezes as do Egipto), a Líbia é a maior economia petrolífera do continente africano seguida pela Nigéria, Argélia (Oil and Gas Journal). Em contraste, as reservas provadas dos EUA são da ordem dos 20,6 mil milhões de barris (Dezembro 2008) segundo a Energy Information Administration. U.S. Crude Oil, Natural Gas, and Natural Gas Liquids Reserves)



Nota

As estimativas mais recentes situam as reservas de petróleo da Líbia nos 60 mil milhões de barris. As suas reservas de gás em 1.500 mil milhões de m3. A sua produção tem estado entre 1,3 e 1,7 milhão de barris/dia e a produção de gás de 2.600 milhões de pés cúbicos por dia, segundo números da National Oil Corporation (NOC).

A BP Statistical Energy Survey de 2008 (em alternativa) colocava as reservas provadas da Líbia nos 41.464 mil milhões de barris no fim de 2007, os quais representam 3,34% das reservas provadas do mundo. (Mbendi Oil and Gas in Libya - O verview ).



O petróleo é o "troféu" das guerras conduzidas pelos EUA-NATO



Uma invasão da Líbia sob um pretexto humanitário serviria os mesmos interesses corporativos da invasão de 2003 e subsequente ocupação do Iraque. O objectivo subjacente é tomar posse das reservas de petróleo da Líbia, desestabilizar a National Oil Corporation (NOC) e finalmente privatizar a indústria petrolífera do país, nomeadamente transferir o controle e propriedade da riqueza petrolífera Líbia para mãos estrangeiras.



A National Oil Corporation (NOC) está classificada entre as 25 maiores 100 companhias de petróleo do mundo. ( The Energy Intelligence ranks NOC 25 among the world's Top 100 companies. - Libyaonline.com )



A planeada invasão da Líbia, a qual já está em curso, é parte da "Batalha pelo petróleo" mais vasta. Aproximadamente 80 por cento das reservas de petróleo da Líbia estão localizadas na bacia do Golfo de Sirte da Líbia Oriental. (Ver mapa abaixo)



A Líbia é uma economia valiosa. "A guerra é bom para os negócios". O petróleo é o troféu das guerras efectuadas pelos EUA-NATO.



A Wall Street, os gigantes anglo-americanos do petróleo, os produtores de armas dos EUA e UE seria os beneficiários tácitos de uma campanha militar dos EUA-NATO contra a Líbi.



O petróleo líbio é uma mina de ouro para os gigantes petrolíferos anglo-americanos. Embora o valor de mercado do petróleo bruto esteja actualmente pouco acima dos 100 dólares por barril, o custo do petróleo líbio é extremamente baixo, tão baixo como US$1,00 por barril (segundo uma estimativa). Como comentou um perito do mercado a lgo cripticamente:

"A US$110 no mercado mundial, a simples matemática à Líbia uma margem de lucro de US$109". ( Libya Oil , Libya Oil One Country's $109 Profit on $110 Oil, EnergyandCapital.com March 12, 2008)

Interesses petrolíferos estrangeiros na Líbia



Dentre as companhias petrolíferas estrangeiras que operavam antes da insurreição na Líbia incluem-se a Total da França, a ENI da Itália, a China National Petroleum Corp (CNPC), British Petroleum, o consórcio espanhol REPSOL, ExxonMobil, Chevron, Occidental Petroleum, Hess, Conoco Phillips.



Muito significativamente, a China desempenha um papel central na indústria petrolífera líbia. A China National Petroleum Corp (CNPC) tinha, até o seu repatriamento, uma força de trabalho de 30 mil chineses na Líbia. A British Petroleum (BP), em contraste, tinha uma força de trabalho de 40 a qual foi repatriada.



Onze por cento (11%) das exportações de petróleo líbias são c analizadas para a China. Se bem que não haja números sobre a dimensão e importância da produção e actividades de exploração da CNPC, há indicações que são apreciáveis.



Mais geralmente, a presença da China na África do Norte é considerada por Washington como uma intrusão por. De um ponto de vista geopolítico, a China é uma intrusa. A campanha militar dirigida contra a Líbia pretende excluir a China da África do Norte.



O papel da Itália também tem importância. A ENI, o consórcio italiano, extrai 244 mil barris de gás e petróleo [por dia], os quais representam quase 25 por cento do total das exportações da Líbia. ( Sky News: Foreign oil firms halt Libyan operations , February 23, 2011).



Dentre as companhias estado-unidenses na Líbia, a Chevron e a Occidental Petroleum (Oxy) decidiram há cerca de seis meses (Outubro 2010) não renovar as suas licenças de exploração de petróleo e gás na Líbia. ( Why are Chevron and Oxy leaving Libya?: Voice of Russia , October 6, 2010). Em contraste, em Novembro de 2010 a companhia alemã R.W. DIA E assinou um acordo de grande alcance com a National Oil Corporation (NOC) da Líbia que envolve a exploração e partilha de produção. AfricaNews - Libya: Ge rman oil firm signs prospecting deal - The AfricaNews,



As apostas financeiras bem como "os despojos de guerra" são extremamente elevados. A operação militar pretende desmantelar instituições financeiras da Líbia bem como confiscar milhares de milhões de dólares de activos financeiros líbios depositados em bancos ocidentais.



Deveria ser enfatizado que as capacidades militares da Líbia, incluindo o seu sistema de defesa aérea, são fracas.



Redesenhar o mapa da África



A Líbia tem as maiores reservas de petróleo da África. O objectivo da interferência dos EUA-NATO é estratégico: consiste no roubo sem rodeios, em roubar a riqueza petrolífera do país sob o disfarce de uma intervenção humanitária.



Esta operação militar pretende estabelecer a hegemonia dos EUA na África do Norte, uma região historicamente dominada pela França e em menor extensão pela Itália e Espanha.



Em relação à Tunísia, Marrocos e Argélia, o desígnio de Washington é enfraquecer os laços políticos destes países com a França e pressionar pela instalação de novos regimes políticos que tenham um estreito relacionamento com os EUA. Este enfraquecimento da França, como aspecto do desígnio imperial dos EUA, faz parte de um processo histórico que remonta às guerras na Indochina.



A intervenção dos EUA-NATO que conduza à futura formação de um regime fantoche dos EUA pretende também excluir a China da região e por para fora a National Petroleum Corp (CNPC) da China. Os gigantes anglo-americanos, incluindo a British Petroleum que em 2007 assinou um contrato de exploração com o governo Kadafi, estão entre os potenciais "beneficiários" da proposta operação militar EUA-NATO.



Mais na generalidade, o que está em causa é o redesenho do mapa da África, um processo de redivisão neo-colonial, o descarte das demarcações da Conferência de Berlim de 1884, a conquista da África pelos Estados Unidos em aliança com a Grã-Bretanha, numa operação conduzida pelos EUA-NATO.



Líbia: Portão saariano estratégico para a África Central



A Líbia tem fronteiras com vários países que estão na esfera de influência da França, incluindo a Argélia, Tunísia, Níger e Chad.



O Chad é potencialmente uma economia rica em petróleo. A ExxonMobil e a Chevron têm interesses no Chad do Sul incluindo um projecto de oleoduto. O Chad do Sul é um portão de entrada para a região do Darfur, do Sudão, a qual também é estratégico em vista da sua riqueza petrolífera.



A China tem interesses petrolíferos tanto no Chad como no Sudão. A China National Petroleum Corp (CNPC) assinou em 2007 um acordo de grande alcance com o governo do Chad.



O Níger à © estratégico para os Estados Unidos devido às suas vastas reservas de urânio. No presente, a França domina a indústria de urânio no Níger através do conglomerado nuclear francês Areva, anteriormente conhecido como Cogema. A China também tem interesse na indústria de urânio do Níger.



Mais geralmente, a fronteira Sul da Líbia é estratégica para os Estados Unidos na sua busca pela extensão da sua esfera de influência na África francófona, um vasto território que se estende desde a África do Norte até à África Central e Ocidental. Historicamente esta região fazia parte dos impérios coloniais da França e da Bélgica, cujas fronteiras foram estabelecidas na Conferência de Berlim de 1884.



Os EUA desempenharam um papel passivo na Conferência de Berlim de 1884. Esta nova redivisão no século XXI do continente africano, baseada no controle sobre o petróleo, gás natural e minerais estratégicos (cobalto, urânio, crómio, mangan ês e platina) apoia amplamente os interesses corporativos anglo-americanos.



A interferência dos EUA na África do Norte redefine a geopolítica de toda uma região. Mina a China e ensombra a influência da União Europeia.



Esta nova redivisão da África não enfraquece apenas o papel das antigas potências coloniais (incluindo a França e a Itália) na África do Norte. Ela também faz parte de um processo mais vasto de deslocamento e enfraquecimento da França (e da Bélgica) sobre uma grande parte do continente africano.



Regimes fantoches dos EUA foram instalados em vários países africanos que historicamente estavam na esfera de influência da França (e Bélgica), incluindo a República do Congo e o Rwanda. Vários países na África Ocidental dentro da esfera da França (incluindo a Costa do Marfim) estão destinados a tornarem-se estados proxy dos EUA.



A União Europeia está fortemente dependente do fluxo de petróleo líbio. Oitenta e cinco por cento do seu petróleo é vendido para países europeus. No caso de uma guerra com a Líbia, a oferta de petróleo à Europa Ocidental poderia ser interrompida, afectando grandemente a Itália, França e Alemanha, as quais estão fortemente dependentes do petróleo líbio. As implicações destas interrupções são de extremo alcance. Elas também têm relação directa sobre o relacionamento entre os EUA e a União Europeia.



Observações conclusivas



Os media de referência, através da desinformação maciça, são cúmplices na justificação de uma agenda militar a qual, se executada, teria consequências devastadoras não apenas para o povo líbio: os impactos sociais e económicos seriam sentidos à escala mundial.



Há actualmente três diferentes teatros de guerra na região do Médio Orie nte e Ásia Central: Palestina, Afeganistão, Iraque. No caso de um ataque à Líbia, um quarto teatro de guerra seria aberto na África do Norte, com o risco de escalada militar.



A opinião pública deve tomar conhecimento da agenda oculto por trás deste empreendimento alegadamente humanitário, apregoado por chefes de estado e chefes de governo de países da NATO como uma "Guerra Justa". A teoria da Guerra Justa, tanto nas suas versões clássica como contemporânea, defende a guerra como uma "operação humanitária". Ela apela à intervenção militar sobre bases éticas e morais contra "estados vilões" e "terroristas islâmicos". A teoria da Guerra Justa demoniza o regime Kadafi na sua fase de preparação.



Os chefes de estado e de governo dos países da NATO são arquitectos da guerra e destruição no Iraque e no Afeganistão. Numa lógica absolutamente enviesada, eles são apregoados como as vozes da razão, como os representantes da "comuni dade internacional".



As realidades são invertidas. Uma intervenção humanitária é lançada por criminosos de guerra em altos cargos, os quais são os guardiões da teoria da Guerra Justa.



Abu Ghraib, Guantanamo, ... Baixas civis no Paquistão resultantes de ataques dos EUA com aviões sem piloto a cidades e aldeias, ordenados pelo presidente Obama, não estão nas primeiras páginas dos noticiários, nem tão pouco os 2 milhões de mortes civis no Iraque. Não existe isso de "Guerra Justa".



A história do imperialismo dos EUA deveria ser entendida. O Relatório 200 do Project of the New American Century (PNAC) intitulado "Rebuilding Americas' Defenses" apela à implementação de uma longa guerra, uma guerra de conquista. Um dos principais co mponentes desta agenda militar é: "Combater e vencer decisivamente em múltiplos teatros de guerra simultâneos".



A operação Líbia faz parte desse processo. É um outro teatro na lógica do Pentágono de "teatros de guerra simultâneos".



O documento PNAC reflecte fielmente a evolução da doutrina militar dos EUA desde 2001. Os planos dos EUA para se envolver simultaneamente em vários teatros de guerra em diferentes regiões do mundo.



Embora a protecção da América, nomeadamente a "Segurança Nacional" dos EUA, seja mantido como objectivo, o relatório do PNAC explica claramente porque estes teatros de guerra múltiplos são requeridos. A justificação humanitária não é mencionada.



Qual é o objectivo do roteiro militar da América?



A Líbia é alvejada porque é um dentre os vários países que permanecem fora da esfera de influência da América, por não se acomodar às exigências dos EUA. A Líbia é um país que foi seleccionado como parte de um "roteiro" militar que consiste de "múltiplos teatros de guerra simultâneos". Nas palavras do antigo comandante-chefe da NATO, general Wesley Clark:

"No Pentágono em Novembro de 2001, um dos oficiais superiores do staff teve tempo para uma conversa. Sim, ainda estamos a caminho de ir contra o Iraque, disse ele. Mas havia mais. Isso estava a ser discutido como parte de um plano de campanha de cinco anos, disse ele, e havia um total de sete países, começando com o Iraque e a seguir a Síria, Líbano, Líbia, Irão, Somália e Sudão... (Wesley Clark, Winning Modern Wars, p. 130).

09/Março/2011

Parte I: Insurreição e intervenção militar: Os EUA-NATO tentaram golpe de Estado na Líbia?

Parte III: "War is Good for Business": The Libya Insurrection has Triggered a Surge in Oil Prices. Speculators Applaud... (a publicar)



O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=23605



Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .



11/Mar/11