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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pacífico, mas não desarmado


Luiz Eduardo Rocha Paiva - O Estado de S.Paulo

"Não se pode ser pacífico

sem ser forte" Barão

do Rio Branco (referência

de estadista e diplomata)



O Brasil pretende alcançar o status de potência global e a Nação precisa ter consciência de que essa posição implica tomar atitudes no cenário internacional, não só no campo diplomático, mas também no militar, onde os custos costumam ser altos.



No âmbito interno, sendo uma democracia, a sociedade terá poder para pleitear um nível de bem-estar compatível com a pujança econômica do País, em via de ser uma das cinco maiores economias do mundo. Tal grau de desenvolvimento implicará o consumo de recursos em montante e diversidade que exigirão explorar sem ingerência estrangeira as riquezas nacionais, algumas escassas noutras partes do mundo e vitais à sobrevivência de potências globais. Além disso, também precisará garantir o acesso a fontes externas de matérias-primas em face da dificuldade de satisfazer as crescentes aspirações e necessidades da Nação, explorando apenas os recursos internos, parte dos quais serão produtos de exportação ou reserva estratégica. O cidadão deve estar ciente de que essas exigências são comuns a todas as potências globais e fontes de conflitos de interesses.



Portanto, um Brasil potência mundial deveria ter Forças Armadas (FAs) aptas, de fato, a defender a Pátria e apoiar a política exterior - suas missões mais relevantes. A primeira requer capacidade de proteger o patrimônio e o território, dissuadindo ameaças e, se preciso, revidando agressões. A segunda implica dispor de forças de pronto emprego, a fim de compor uma força expedicionária, seja autônoma para garantir interesses vitais próprios, seja subordinada a organismos internacionais para atender a compromissos externos do País; e, também, de forças aptas a participar de missões de paz e humanitárias, sendo estas últimas as únicas disponíveis, ainda assim com restrições.



Porém o Brasil cometeu o erro estratégico de importar a visão das potências ocidentais, nascida após a queda da URSS, de que as FAs deveriam preparar-se para enfrentar novas ameaças - terrorismo, crimes ambientais, crime organizado, violações de direitos humanos e de minorias, desastres naturais, litígios étnicos, sociais e religiosos - e também para missões de paz e humanitárias. É a nefasta servidão intelectual, que não contextualiza conceitos do Primeiro Mundo à realidade brasileira. Ora, com a queda da URSS, os países europeus e os EUA deixaram de ter uma ameaça militar a seus territórios e passaram a se preocupar apenas com as que afetam seus interesses imperialistas em todo o mundo. O Brasil, ao contrário, tem ameaças ao seu patrimônio na Amazônia Verde, cuja soberania é discutida mundialmente, e na Amazônia Azul, ambas vulneráveis e com riquezas cobiçadas por potências contra as quais não temos a menor capacidade de dissuasão.



Falta de visão e servidão intelectual das lideranças, aliadas à submissão ao politicamente correto (máscara da tibieza moral), ao não apontar as reais ameaças e sua magnitude, desviaram o País do que deveria ser o foco das estratégias de defesa. Ora, contra novas ameaças, para que mísseis, canhões, forças blindadas, caças e submarinos? Resultado: FAs raquíticas, obsoletas e sem um projeto integrado que oriente sua evolução.



É intenção dos EUA e aliados que as FAs da América do Sul deixem a defesa externa em suas mãos, voltando-se para as novas ameaças e liberando-os para a concretização de interesses prioritários. Quem nos protegeria dos novos protetores?



O Ministério da Defesa é um interlocutor fraco no núcleo decisório do Estado, onde prevalece o Ministério das Relações Exteriores (MRE) que, incoerente com o status pretendido para o País, endossa a ideia de Brasil potência da paz, cuja atuação restrita ao soft power seria suficiente para uma forte influência internacional, dispensando um poder militar compatível com seu perfil estratégico. O MRE advoga a assinatura de acordos do interesse das potências dominantes, que restringem o desenvolvimento científico-tecnológico e militar ou põem em risco a soberania em áreas estratégicas nacionais. Ora, a vocação pacífica do Brasil está na Constituição como guia de nossas relações internacionais, mas não obriga o País a estar desarmado. A Carta Magna estabelece que soberania e independência são objetivos nacionais e que o presidente da República tem de sustentar a integridade do Brasil, imposições que implicam um poder militar compatível com os desafios de um mundo onde o poder subordina o direito.



A necessidade de atribuir alta prioridade ao fortalecimento das FAs teria de ser esclarecida à Nação, mas a liderança nacional visa o retorno político imediato, mesmo comprometendo a segurança das gerações vindouras. A indigência militar e científico-tecnológica do Brasil só será revertida com alto e permanente investimento nesses setores. A transformação do País numa das cinco maiores potências militares, num lapso de duas décadas, deve ser política de Estado, pois antes desse horizonte temporal seremos um dos cinco maiores PIBs do planeta. Alcançado esse patamar, a única ameaça militar à segurança do território e à exploração soberana do patrimônio, interesses inegociáveis do País, viria de conflitos com os EUA, isolados ou coligados a outras potências. China e Rússia, embora já se projetem sobre o entorno brasileiro, seriam dissuadidas pelos EUA de ameaçar, de per si, militarmente o Brasil.



A razão indica e a experiência comprova que não existe grandeza comercial que seja durável se não puder unir-se, necessariamente, a uma potência militar (Tocqueville). O Brasil potência da paz é um ator de peso apenas em agendas como a econômica e a ambiental, sendo irrelevante em questões que exijam não discursos utópicos e bravatas, mas uma postura de potência real, sem delicadas adjetivações.



GENERAL DA RESERVA, PROFESSOR EMÉRITO E EX-COMANDANTE DA ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, É MEMBRO DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CAOS GENERALIZADO


Prof. Marcos Coimbra

Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.

Ao retornar de viagem ao exterior, constatamos a progressiva deterioração sofrida pelas principais Instituições Nacionais, bem como pelos entes federativos e seus órgãos operacionais, configurando um grave quadro de caos geral.

De início, a comparação óbvia entre a realidade vivenciada em outros países e a encontrada no Brasil. Mesmo em países menos desenvolvidos do que o nosso, sentimos a sensação de segurança individual e coletiva, ao contrário da realidade de Pindorama. Andamos a pé, de noite, livremente, sem experimentar a sensação de insegurança existente aqui. Transportes coletivos funcionando bem. Metrô atendendo às necessidades da população, com várias linhas permitindo ao usuário o deslocamento em minutos para diferentes distritos das cidades, com conforto.

Ruas bem asfaltadas, sem buracos e sem lixo. Estudantes públicos visitando museus gratuitamente, orientados por professores satisfeitos. O Poder Judiciário funcionando com independência, com suas decisões tomadas em função dos ditames da Lei e não por razões políticas. Poderes legislativos autônomos, alguns até com maioria oposicionista, forçando o acordo, em bases nobres, com os respectivos Poderes Executivos, considerando os superiores interesses nacionais e não por motivos clientelistas. Sistemas de defesa civil operando com eficácia e enfrentando, com êxito, desastres naturais de porte, como terremotos, vulcões em erupção e outras hecatombes.

Quedamo-nos perplexos com a conjuntura nacional. O povo brasileiro não merece os sofrimentos impostos a ele por uma classe política sem a mínima condição de cumprir com seus deveres institucionais. Com as exceções de praxe, a maioria apenas possui como objetivo o usufruto das benesses do exercício do poder, encarando-o como um fim em si mesmo e não como um instrumento para melhorar as condições de vida dos cidadãos. Nada funciona como deveria, a não ser a corrupção, praticada por verdadeiras quadrilhas organizadas, disputando ferozmente o produto do saque. A diferença entre “governo” e “oposição” é mínima.

No âmbito nacional, presenciamos uma sucessão de desvarios praticados por onze cidadãos, colocados na mais alta corte de Justiça do país, em virtude de indicações políticas e não pelo mérito. O maior deles, sem dúvida alguma, a demarcação em terra contínua da região denominada de Raposa/Serra do Sul que está ocasionando o caos em Roraima e abriu o perigoso precedente de perda da integridade do patrimônio nacional.

A seguir, interpretaram ao arrepio da Constituição temas como a união entre homossexuais, provocando a insegurança jurídica, consubstanciada pelas decisões diametralmente opostas proferidas por magistrados de diferentes regiões. Um deles mandou anular uma união do tipo e outro transformou a união em “casamento”. Afinal, em que país estamos? A família é formada pela união entre um homem e uma mulher com o principal objetivo de perpetuação da espécie. A permissão de realização de marchas em favor da maconha é outra concessão perigosa. Abre o precedente de amanhã ocorrerem outras marchas em favor da cocaína e assemelhados. E a decisão sobre a não extradição do terrorista italiano trará conseqüências bastante desagradáveis para o nosso país.

No plano estadual, não há como deixar de analisar o grave quadro enfrentado pelo Estado do Rio de Janeiro, fruto de uma administração esdrúxula praticada pelo Sr. Sérgio Cabral Filho, excelente no tocante ao gozo das benesses do poder, mas sofrível no que tange ao mínimo necessário exigido pelo povo. Qualquer pessoa de razoável experiência administrativa sabia ser errática a subordinação do corpo de bombeiros militares à secretaria de Saúde, com a extinção da secretaria de Defesa Civil. Deu no que deu. Uma rebelião da tropa, ainda sem solução definitiva, capaz de ser o estopim de uma série de outras nas polícias militar e civil, a espera da aprovação da PEC 300. Agora, voltou atrás. Porém é tarde. Os professores do ensino público estadual estão em greve. A revolta do funcionalismo público estadual para com o (des)governador é enorme, em especial nos setores de saúde e segurança, além do já descrito.

Em seu “blog” http://www.blogdogarotinho.com.br, o ex-governador Garotinho, ex-aliado de Cabral, apresenta uma série de denúncias estarrecedoras não só contra ele, como em relação a vários componentes de sua equipe, apresentando cópias de diversos documentos comprobatórios. Começa assim: “Durante o feriadão publiquei aqui novas e sérias denúncias mostrando que Sérgio Cabral tem uma segunda mansão, em Mangaratiba, e que o secretário Sérgio Côrtes também tem uma mansão vizinha, no mesmo condomínio de luxo, além de uma espetacular cobertura duplex de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas. Como muitas pessoas viajaram e curtiram o feriadão reproduzo novamente a sequência de matérias exclusivas, em ordem cronológica. É simplesmente estarrecedor”.

Depois, ainda narra as ligações perigosas existentes entre Cabral e vários empresários poderosos, citando contratos milionários existentes entre os seus amigos, grandes financiadores de sua campanha eleitoral, e o Estado do Rio. Finaliza com a seguinte assertiva sobre matéria de revista de grande circulação: “Mas o mais surpreendente vem no final da reportagem (destacado em amarelo) na resposta da assessoria de Cabral, que num ato falho informa: ”Qualquer documento referente a esses anos tão remotos já foi descartado, tendo em vista que a prescrição é de cinco anos”. Bem prescrição se refere a quando há crime. Essa resposta de Cabral, via assessoria, é mais uma confissão de culpa”.

E dizer que Cabral é tido como um dos principais parceiros de Lula e de Dilma, tendo inclusive a pretensão de ser candidato a vice-presidente na chapa de um deles na eleição de 2014. Após constatar o relatado fica a triste conclusão. Que mensagem positiva podemos transmitir aos nossos descendentes, diante deste quadro? Como enfrentar e modificar este dramático estado de coisas?

Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

Página: www.brasilsoberano.com.br ( Artigo de 28.06.11 para o MM).

VIRAM NO QUE DEU?


Por Percival Puggina



Twitter: @percivalpuggina





Era de se imaginar que maconheiros, traficantes, falsos

progressistas, defensores do relativismo moral, partidários da

tolerância com o intolerável, turma do politicamente correto, bem como

seus assemelhados na esfera política onde todos gravitam, se

encantassem com as mais recentes decisões do Supremo. Afinal, o Brasil

está ficando como eles querem e o STF levando os descontentes a

entender quem é que manda no pedaço.



Viva! A decisão sobre a reserva Raposa Serra do Sol foi um

sucesso cívico: conseguiu lançar indígenas e colonos na miséria. Viva!

No Brasil já se pode jogar embriões humanos no vaso e puxar a

descarga. Viva! Battisti só não terá cidadania brasileira se não

quiser, que qualificações não lhe faltam. Viva! Quando a Constituição

Federal fala em homem e mulher enuncia apenas um estereótipo, um

clichê em desuso, para representar qualquer tipo de encaixe. Viva! A

marcha pela maconha é uma festa da cidadania patropi. E deve virar

feriado nacional.



Li e reli as atribuições constitucionais do STF. Em nenhum

lugar lhe foi outorgada a função de precursoria, de vanguarda social,

incumbido de levar a nação, pelo nariz e a contragosto, para onde

apontam os narizes e os gostos de seus membros. Já não falo em

substituir-se ao Congresso Nacional que esse está nem aí para o que

acontece, contanto que não faltem cargos e emendas necessárias à

preservação dos mandatos. Raríssimas vozes se ouvem, ali, apontando os

devidos limites às vontades da Corte.



Mas o que está acontecendo eram favas contadas. A partir de

Fernando Henrique Cardoso, por 16 anos consecutivos, as indicações

para o STF são buscadas no mesmo nicho. Embora a esquerda goste de

dizer que FHC era neoliberal, o fato é que ele e Lula pertencem à

mesma extração esquerdista, com diferenças apenas no nível

intelectual. FHC é um Lula de salão nobre, com doutorado, ao passo que

Lula é um FHC de piquete grevista e curso primário. Lula defende a

cachaça e FHC, no melhor estilo da esquerda dos anos 60, de Woodstock,

da contracultura, oitentão modernoso que é, defende a maconha.

Aparta-os a política, não as ideias. Os indicados por ambos formam 80%

do Supremo e não faz muita diferença o fato de que Lula tenha

escolhido boa parte dos seus no partido e no partidão. As cabeças são

parecidas. As disputas que por vezes se esboçam entre eles são,

essencialmente, de beleza. Temas para espelho mágico. De nada vale,

então, aguardar o futuro porque o futuro não nos reserva algo melhor.

Os ministros mais antigos e mais próximos da compulsória são os dois

Mello - o Celso e o Marco Aurélio. Estão piorando com a idade e com a

vaidade. Gravitam no mesmo círculo filosófico dos demais. E só saem,

respectivamente, em 2015 e 2018.



Viram no que deu, este país ficar votando compulsivamente

na esquerda? A mesma sociedade, majoritariamente conservadora, cristã,

consciente da importância dos valores tradicionais, ao votar na

esquerda por motivos menores, é obrigada a assistir suas posições

maiores - religiosas, filosóficas e morais - serem desrespeitadas e

ridicularizadas nos votos e nas decisões dos ministros do Supremo.



______________

* Percival Puggina (66) é titular do blog www.puggina.org, arquiteto,

empresário e escritor, articulista de Zero Hora e de dezenas de

jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo;

Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.





VIVA OS ALOPRADOS! VIVA OS ROUBOS DE CAMPINAS E OUTRAS PREFEITURAS DO

PT! VIVA GANHAR 6 MILHÕES EM DOIS MESES! VIVA MORAR EM APARTAMENTO DE

ALUGUEL DE LUIXO CUJO DONO É UM POBRE LARANJA QUE NADA TEM! VIVA O

ASSESSOR DO MD QUE FOI GUERRILHEIRO, FAZ PARTE DO MENSALÃO E PARECE

DAR AULA DE COMO LEVAR DINHEIRO NA CUECA! VIVA O LIVRO DO ME COM ERRO

DE PORTUGUÊS!

VIVA A ESQUERDA QUE ROUBA!



GRUPO GUARARAPES