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sexta-feira, 25 de março de 2011

AS HUMANIDADES NO BRASIL


Waldo Luís Viana*

         Minha filha encantou-se por estudar filosofia ao final de seu curso de Nutrição. Disse-me que era verdadeiro banquete o desfile de pensamento que assistia, maravilhada. De minha parte, senti um aperto no peito, eu que cursei o Clássico, no curso médio, e tive contato com a disciplina, desde cedo.
         Por que só se cuida do principal ao final dos cursos de graduação, no Brasil? Em meu curso de Economia, terminado em 1978, só tive créditos sobre Economia Brasileira a partir do sexto período, quando a “festa” estava terminando. E, mesmo assim, estudava a medo certos autores nacionais, porque eram tempos frios de ditadura. Minha alma pairava livre sobre textos de autores  marxistas proibidos, que lia sofregamente, para entender por que motivo eram tão bem aceitos por certos grupos e tão repudiados por outros. Era a dialética típica e simples de minha formação...
         No entanto, notei que os contemporâneos, ao contrário dos antigos, não formulavam nada original, mas eram filósofos e cientistas sociais “críticos”, ou seja, trabalhavam sobre as teorias alheias, tentando extrair delas o melhor para suas ideias, denunciando os “erros” dos antecessores e formulando, enfim, uma pretensa filosofia perfeita e final.
         Desde o século XIX essa tendência plasmou várias referências  nas ciências sociais e ouso até dizer que isso se manteve até nossos dias, desde Marx até Fukuyama[1].  Hoje em dia, pouco se escreve originalmente, sendo que os filósofos contemporâneos se comprazem apenas em criticar os anteriores, numa tarefa sistemática e ingrata de demolição teórica.
         Cuidei de aconselhar minha filha sobre a necessidade de ler os filósofos no original, partindo do doce princípio, atualmente desprezado, de que os homens são seres particulares, dotados da mesma inteligência e lógica, mas que, no entanto, as utilizam para fins diversos. Que Marx não é mais importante do que Hegel, assim como Platão e Aristóteles deveriam ser lidos como são e não por comentadores interessados.
         É óbvio que minha filha não obedeceu inteiramente ao conselho, vez que a velocidade do seu curso a obrigou a voar sobre outras disciplinas, especializadas e dignas. No entanto, ela já não vai cair na velha armadilha de conhecer o grande pensamento dos homens apenas pela visão distorcida de seus repetidores.
         De qualquer maneira, o interesse pelas humanidades tem sido relegado a plano inferior no Brasil, não pela exacerbação do tecnicismo, mas por considerar o seu estudo como assunto de segunda classe. Passamos da cruel realidade de jogar na vala comum do estudo do direito, do jornalismo e das letras os que não tinham inteligência para as matemáticas para uma visão tecnocrática e arrogante de formar economistas, administradores de MBA e cientistas políticos somente para a gestão do Estado leviatã.
         Relegamos para longe a ciência e a tecnologia, a ponto de formarmos cem economistas para um engenheiro, o que, no Japão, por exemplo, atinge proporção inversa! O valor agregado de nosso pensamento é perdido, diante do desapreço pela educação desde os estágios fundamentais, o que se reflete profundamente na formação e valorização de nossos professores.
         Nossas elites, para lucrar e reinar, precisam de um povo deseducado e manipulável, um país que consegue o feito de em mais de cem anos não ter produzido nenhum prêmio Nobel.
         Lembro-me de um físico-matemático que, em tempos idos, se encontrava comigo num boteco no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro. Enquanto bebíamos até ficarmos “altos”, ele comentava a sua insatisfação com a expressão “cientista político”, para ele verdadeiro oximoro. Dizia ele “se político não é cientista; se cientista não é político.” Além disso, atribuía-me uma capacidade além das minhas forças, quando me pedia: “Waldo, estou cansado de ser ateu! Convença-me!” E fazia questão de triturar um por um dos meus argumentos metafísicos, enquanto sorvia o nosso velho uísque de guerra... Momentos saudosos aqueles, em que meus esforços abnegados de fazê-lo encontrar a Deus devem ter me garantido, apesar do álcool, um quartinho de empregada no céu!
         Acho que minha vocação de escritor foi despertada no frisson da transição crítica em que vários brasileiros passaram a sentir o bom gosto da democracia. Falar sobre o que queríamos, sem medo, foi uma conquista sem dúvida memorável. Hoje, ninguém é censurado por ler um livro marxista ou seguir essa ou aquela tendência política. Ateus, agnósticos, católicos, evangélicos e seres de outras confissões podem transitar pelas mesmas ruas, sem se sentirem incomodados pela polícia.
         Ousei até, no novo clima, escrever meus livros, mesmo sabendo que não teriam apelo comercial relevante. E me tornei um escritor completamente apaixonado por minha própria mediocridade, parafraseando Mário de Andrade: “milhor do que isso não posso fazer...”
         Infelizmente, vivemos num país em que existem mais autores que leitores (a média do brasileiro é de dois livros lidos por ano), de poucas livrarias e escassos agentes literários. Os autores são oprimidos pela ditadura do mercado, que despreza a inteligência e supervaloriza as duplas sertanejas. Os analfabetos funcionais chegam a 33 milhões de pessoas e se exigirmos um pouco mais de cultura, os despreparados para a ciência e as humanidades ultrapassam o tamanho de nossa gloriosa e endividada classe C.
         Minha filha, sem experiência, formou-se em Nutrição e agora passa àquela categoria dos brasileiros que procuram uma difícil vaga de emprego. A luta dos jovens é terrível, nesse sentido, num país que valoriza os que têm, em detrimento dos que sabem. Estudar é bobagem, diante das recompensas do capitalismo aos big brothers da vida. É uma sociedade carnavalesca, dominada pela corrupção e malandragem, em que assistimos a uma espantosa regressão: os jovens querem fazer concurso público para garantir estabilidade como funcionários públicos. Afinal, concorrer com mais de 80 impostos torna difícil empreender, principalmente para quem está começando...
         Assim, como pai, só espero que ela possa ser feliz, mesmo que submersa em tantas contradições. O brasileiro, enfim, é tocado pelo enorme destino de não desistir nunca...
         Mora na filosofia...
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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e é um entusiasta das humanidades. Infelizmente, no Brasil, o único autor praticado no original é Charles Darwin...
24 de março de 2011
Teresópolis - RJ  

quarta-feira, 23 de março de 2011

A IMPLANTAÇÃO DO GOVERNO MUNDIAL


Professor Marcos Coimbra

Por Prof. Marcos Coimbra*

 
                      Os recentes acontecimentos demonstram, na prática, o que vários articulistas denunciam há anos. Escrevemos em out/07 neste espaço o artigo “O Governo Mundial em Marcha” no qual abordamos este tema, rotulado por ingênuos ou por agentes participantes do processo como “teoria da conspiração”.



                  Não é nosso objetivo defender um ditador sanguinário capaz de provocar os piores crimes contra a humanidade, não só em seu país, como no resto do mundo. Através de atentados e, em especial, de ações de financiamento de candidaturas e diversos movimentos sociais em diversos países pertencentes, em particular, no seleto grupo dos dez mais desenvolvidos do mundo, ele influenciou-os de modo significativo. Até pouco tempo atrás foi reconhecido, respeitado e adulado pelos supremos mandatários de países como Itália, França, Brasil etc. Investiu não só neles como em outras nações. Seu país possui a maior reserva de petróleo da África, produzindo cerca de 1,6 milhões de barris por dia, antes da rebelião surgida. Agora, só consegue produzir em torno de 400.000 barris.



                   Aliás, ninguém pode ser inocente a ponto de acreditar que esta “onda” de sublevação ocorrida em várias nações do Oriente Médio ao mesmo tempo tenha surgido espontaneamente ou por causa dos mecanismos da Internet. É evidente que influenciou significativamente, porém não se coloca multidões de milhões de pessoas na rua, em protestos contra a autoridade constituída, sem muitos recursos. Afinal, a logística é complexa. Divulgação, mobilização, transporte, segurança, cobertura jornalística e outros. De onde vieram estes recursos? A quem interessava a alteração do “status quo”? Ou em palavras mais simples. A quem beneficia? Temos uma idéia a respeito, assim como os leitores, mas é necessário deixar a conclusão para mais tarde, quando soubermos quem se apropriou realmente do petróleo existente na região. O “fenômeno” atingiu já Tunísia, Egito, Líbia, Síria, Iêmen, Bahrein (com intervenção direta da Arábia Saudita), propagando-se por praticamente todos os países da região rica em petróleo, alvo da cobiça internacional.



                     A intervenção militar praticada sob o comando dos “donos do mundo”, executada por seus braços e respaldada por organismos internacionais sem a menor credibilidade alcança o ápice paradoxal. Com o pretexto de evitar a morte de civis, bombardeia e mata civis. A proposta inicial era a de decretar uma “zona de exclusão aérea”. Transformou-se em uma intervenção militar esmagadora praticada por uma legião estrangeira, com o bombardeio do território de um país soberano. São destruídos prédios, aeroportos, portos, instalações militares e civis, com o sacrifício de inúmeras vidas humanas. Lembra a característica principal de um terrorismo seletivo, que falhou. Por oportuno, lembramos que a filha de Kadafi, tempos atrás, foi morta em um bombardeio destinado a eliminá-lo. É óbvio que o objetivo explicitado não é o verdadeiro. Na realidade é o de tirar Kadafi do poder para provocar o esfacelamento da Líbia em diversos “países” como foi feito na antiga Iugoslávia. Fizeram bem as nações que se abstiveram na ONU, bem como a administração brasileira em condenar a intervenção desproporcional.



                         Recordamos o acontecido com o Iraque, destruído e ocupado militarmente por forças estrangeiras, sob o pretexto de que teria “armas de destruição em massa”, o que não era verdade. A conseqüência foi a perda da soberania e o aproveitamento das suas ricas jazidas de petróleo pelas transnacionais da área, além da alegria do complexo militar-industrial em faturar bilhões de dólares. E o Afeganistão, dilacerado pelas lutas internas, provocadas pelos interesses externos. Daí resulta a preocupação com o futuro, em especial no que tange a países possuidores de vastos recursos naturais, com destaque para o petróleo.

 
                Diagnosticamos que não é difícil provocar a eclosão de uma rebelião externa, por interesse externo, com a conseqüente intervenção dos “donos do mundo” sob a desculpa de “ajuda humanitária”.

             O Brasil mostra-se profundamente vulnerável, considerando-se a criação de “quistos territoriais (áreas indígenas) e sociais (racialismo)”, inclusive com a disseminação da cizânia, procurando-se jogar, uns contra os outros, as diversas etnias, gêneros etc. E é possuidor de incomensuráveis recursos naturais, inclusive o “pré-sal”. Além disto, encontra-se com suas Forças Armadas sucateadas, abandonadas, sob fogo constante, com sério risco de não poder cumprir com sua missão constitucional. Os “planos” de reequipamento são adiados naquilo que lhes interessa, mas as inovações que as prejudicam são implantadas com celeridade.

                    Para agravar o quadro, surgem dois episódios significativos. Primeiro, a visita do presidente Obama. Com problemas sérios em sua administração, tanto no âmbito interno como externo, apareceu em “Pindorama”. Foi extremamente simpático e agradável. Com um carisma inegável, cativou a muitos, em especial os ingênuos, colonizados e a mídia amestrada. Chegaram a ser constrangedoras as demonstrações explícitas de algumas autoridades em cenas de bajulação explícita. Ministros de Estado foram revistados pela segurança estrangeira, lembrando o lamentável episódio do ministro do MRE da administração FHC obrigado a tirar os sapatos em um aeroporto dos EUA. Seu discurso, escrito por quem conhece o Brasil e tem interesse me agradar, teve o paradoxo de elogiar a atual presidente em sua luta pela “democracia”, quando o governo americano da época apoiou o regime existente, chegando a ter seu embaixador seqüestrado. O que o petróleo não faz!


                       O outro foi representado pela insistência da atual administração em obter um lugar no Conselho de Segurança da ONU. É uma reivindicação irreal, pois na prática quem está lá, como membro permanente, possui uma forte expressão militar do Poder Nacional, inclusive com a posse de artefatos nucleares. Infelizmente o nosso país não preenche estes requisitos.


                Lembramos o então senador Braga (PT-RJ), quando declarou, em memorável discurso: "Se passa a imperar a força bruta cínica, é bom que adquiramos também, como nação, uma força que, pelo menos, tenha um caráter dissuasório, fabricando o que já podemos fabricar. Não há por que ficarmos respeitando um tratado de não proliferação quando o que prolifera é a força das armas, da força bruta. Se os parâmetros agora são outros, não há porque ficarmos presos a um compromisso que tinha outros pressupostos da legitimidade, do respeito à ONU, do respeito aos tratados internacionais. Se isso não vale, teremos que repensar nossa posição".


* Marcos Coimbra é Conselheiro Diretor do CEBES, Titular da Academia Brasileira de Defesa, da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.





Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br



Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 23.03.11-MM).











TENHO DIREITO DE NÃO SER HOMOSSEXUAL



Pastor Raphael Souza
 Por Pastor Raphel Souza*
                                Venho acompanhando de longe, sem comentários a cerca de como este governo infame vem promovendo e incentivando a desordem social; o governo Lula, promoveu no Brasil a maior desordem já vista, ainda invisível, pois tem como pano de fundo para ludibriar os incautos, dois fatores; o marketing pernicioso onde o Brasil é o país das maravilhas, que é dos brasileiros mentiras desvairadas, o Brasil já está distribuído para os amigos de dentro e de fora; outro pano de fundo é o marketing dos benefícios sociais, um verdadeiro cala boca, por isso não há mais manifestações populares, somente as que interessam aos políticos, se derem voto.

                                  Toda esta desordem se dá com aval daqueles que teriam o poder de impedir, mas, não o fazem, esta anarquia social logo se mostrará gravíssima; a democracia no governo petista é sinônimo de leviandade, tirania e acima de tudo libertinagem.


Não ao movimento abusivo dos direitos alheios
                                    Dentre tantas desordens, tais como; promover a destruição da instituição sagrada, que é a família, da religião, das forças armadas, da própria instituição pública, causar dependência dos desinformado ao estado , estimular a prostituição infantil, promover a censura, com a criação do PNDH3, guerra contra as forças armadas, com a inconcebivel Comissão da Verdade promover a violência (aliás características dos petistas) rebeldia dos jovens contra os pais e toda a sorte de insolência e blasfêmia contra Deus e a natureza humana, promover a nova desordem social petista. Temos ainda a PL 122. Esta além de criar uma classe privilegiada, esta poderá de acordo com seu líder maior Luiz Mott, seduzir crianças e cometer estupros em nome da liberdade sexual, e da iniciação da educação sexual infantil, segundo a sua linha de raciocínio, isto por que para Mot homossexualismo não é uma opção ou condição é costume, pois ele disse que depois de ter transado com mais de quinhentos homens acostumou, o que pensar?

                            A campanha contra a homofobia é apenas um pano de fundo para estimular a prostituição infantil, isto se aproveitando de que a maioria das crianças ou adolescente em um determinado momento, tem suas dúvidas quanto suas aptidões sexuais curiosidades, quando estar-se conhecendo seu corpo, o que é perfeitamente normal, anormal é como prega a teoria homossexualista que, neste momento tem que se optar por ser homossexual. Da mesma forma que uma criança ao brincar com uma arma de brinquedo, não tem noção do que pode ser melhor, bandido ou policia, será que ele tem que ser bandido? Ou os pais também não poderão orientar os seus filhos a trilharem o caminho do bem?

                           Da mesma sorte, é mesmo que, eu não querer meu filho na companhia de um viciado em drogas, será que eu estou discriminando o drogado, ou eu deveria mostrar amor para com ele deixando meu filho em sua companhia para aprender a se drogar, da mesma sorte querem fazer comigo, serei obrigado a deixar meu filho com um homossexual e se não faze-lo seria discriminação, os autores desta lei deveriam produzir filhos para satisfazer os tais interesses eleitoreiros promíscuos. Talvez esta ideia irônica vingue se der voto.


                          Tal campanha contra a homofobia, que na realidade é uma campanha de apologia ao homossexualismo, pedofilia e prostituição infantil, sem querer ofender mas, no meu direito da liberdade de expressão que estão querendo tolher-me, tenho grandes amigos homossexuais, que por sua vez, são excelentes profissionais, que já escreveram para minha revista, trabalhei com vários e não tenho nada contra a conduta pessoal e profissional de cada um, no entanto com todo respeito não posso, não tenho obrigação, de concordar com o homossexualismo, e quem não concorda não é homofóbico, os homossexuais sim, que não se aceitam, e externam de forma a fazer com que a sociedade os aceitem tal como eles não querem ser, mas querem além do aval impor um castigo aos demais, de lhe imporem o homossexualismo como normal.

                       Veja que ser homossexual é um vicio contra natureza, que se acostuma praticar e se aprender a gostar, não a toa que uma criança sendo molestada terá sua sexualidade agredida e deturpada da normal, passando para uma anomalia, onde o resultado é; adultos pederastas, pedófilos pervertido ou com algum distúrbio psíquico sexual, o mais perigoso é que quer este grupo infame dizer que um pedófilo é um homem que ama a criança de verdade tudo isto por trás do pano de fundo de campanha contra a homofobia.

                      Existe um filme que é a intenção do MEC passar nas escolas, que dizem ser campanha contra a homofobia, o que na verdade não é, é um estimulo homossexualidade infantil. Quem concordar com este tipo de iniciação sexual nas escolas, não conhece a gravidade ou não tem filhos, ou quem sabe sonha ter um filho homossexual. Esta expressão é para mostrar a gravidade deste assunto. Que deve ser sim, rechaçada pela sociedade de bem, quanto aos deputados que vão votar esta lei ou apoiam, são outros depravados, que vendem até a mãe por voto, como são milhões de devassos no país, que se dane os seus filhos, esses deputados e senadores que concordam vende seus filhos para os pedófilos por voto, tamanha a ganância e a necessidade de ostentar o poder que não veem a própria desgraça, nem a de seus filhos.

                      Estão querendo tirar o direito do meu filho de ser homem. Será que terei que entrar na justiça pelo direito de meu filho ser homem e da minha filha ser mulher, e não a obrigação de ser gay ou lésbica.

                      Como pastor e cidadão, defendo o livre direito de expressão em toda sua plenitude, da mesma forma que exijo o meu direito na plenitude de me foi constituído por carta magna da nação , e não pode ser uns deputados e senadores, por olho no voto criar uma lei que além de tolher o meu direito, dar excesso de direito a outrem.

                       Ora já existe uma igreja gay, neste caso nenhum religioso de qualquer credo questionou, clube para gay ,estilistas para gays, deputados e senadores para gays, fora os gays deputados e senadores, programas para o público gay, a Tv de hoje faz apologia dos gays ( Globo principalmente)ora onde está a homofobia? Na cabeça deles, ou melhor, querem eles colocar na cabeça da sociedade, que, quem não aceita o homossexualismo é homofóbico, ou seja, todo hetero é homofobico.

                       Homossexualismo é pecado e uma anomalia, doença, que foi retirada da lista da OMS por pressão politica; não adianta igreja gay, pastor gay, manifestação gay, porque a bíblia nos ensina que, os homossexuais não herdarão o Reino dos Céus. Não vou aqui citar versículos bíblicos, pois nada disse adiantaria para uma geração pervertida.

                    Segundo Mott a Bíblia é homofóbica, talvez ele tenha conhecido a Bíblia do capeta, pois a Bíblia que é a palavra de Deus, diz Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito do pai, para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna, João 3.16, TIAGO (cap. 2)• 9 Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores. ROMANOS (cap. 2)•11 pois para com Deus não há acepção de pessoas. Logo Bíblia não é homofóbica e sim contra o pecado contra a natureza humana e contra Deus.

                     Deus fez homem e mulher, a outra opção, condição, costume, ou seja, a nomenclatura que queiram dar, é de autoria de satanás, que tem por objetivo denegrir a imagem e semelhança de Deus, levando homens aos erro, Romanos 1.18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; 21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; 25 pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. 26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; 27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm; 29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; 32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.



                       È óbvio que DEUS Soberano, eterno , e em sua eterna sabedoria, fará diferença entre o doente e o devasso, nesta Soberania deu também entendimento ao ser humano através da ciência para resolver as anomalias pertinentes ao homossexualismo.



                      Espero que entendam que este não é uma mensagem homofobica, cada qual faz o quer com seu corpo, pois o ser humano é dotado de livre arbítrio, mas, ninguém tem o direito de usar da sua liberdade para oprimir e escravizar outro ser livre, apenas por querer fazer do seu corpo o que bem quer.
Veja entrevista de Luiz Mott ao Jô Soares

Quem Poupa o Lobo mata as Ovelhas


(*) Luís Mauro Ferreira Gomes

16 de março de 2011





Aquele que busca a verdade, seja ela científica ou filosófica, deve, antes de qualquer consideração, assegurar-se de que mantém a mente livre de ideias preconcebidas e daquelas a que não se tenha chegado por meio da comprovação ou do raciocínio lógico.

É fundamental que as premissas das quais partimos não sejam falsas, o que invalidaria todo o esforço empreendido para se chegar à verdade.

Reconhecemos que tudo isso é tão óbvio e já foi repetido tantas vezes, por tantas pessoas, que deveria ser desnecessário abordá-lo aqui.

Mas não é assim. Muitos de nós deixaram-se influenciar pela propaganda do inimigo a tal ponto, que perderam a capacidade de distinguir o falso do verdadeiro.
Acreditar nas próprias mentiras é uma bobagem e um vício muito prejudicial à compreensão da realidade, mas transformar em suas verdades os “slogans” subversivos da propaganda ideológica adversa não é mais um vício no processo de busca da verdade nem uma ingenuidade de cidadão desavisado, é uma completa estupidez suicida.
Infelizmente, é o que vem acontecendo de forma paroxística no Brasil destes tempos conturbados em que vivemos.
Temos visto recrudescer, outra vez mais, campanha sórdida e violenta contra as Forças Armadas Brasileiras.
Tudo começou com a descabida insistência do governo em implantar a dita comissão da verdade. A mentira já começa nos argumentos usados em sua defesa. O ministro da justiça, o desconhecido Senhor José Eduardo Cardozo, disse a O Globo (edição de 16 de março de 2011) que “é um dever do Estado criar a tal comissão”. Talvez ele pense que “L’État c’est lui” (**). A maioria esmagadora do eleitorado nem desconfia de que assunto se trata, e todas as pessoas esclarecidas e dotadas de honestidade de propósito rejeitam a comissão, como o comprovam as cartas aos leitores em todos os jornais.

Disse ainda o ministro que “a sociedade brasileira quer a verdade”. Sim, todos queremos a verdade, mas a verdade resguardada pelos cuidados a que nos referimos no início deste artigo. Somente os bandidos, os terroristas, os subversivos de ontem, hoje travestidos de “autoridades”, querem a mentira do ministro.


Todos os brasileiros, inclusive os militares, queremos, sim, a verdade, mas a verdade completa, não a verdade unilateral do governo, como a quer, também, Senhor José Dirceu. Disse ele em seu Blog de 10 de março:

Querem a reciprocidade, investigar a oposição e a resistência à ditadura? Investigar quem foi preso, torturado, condenado? Quem foi demitido e exilado, perseguido e viu sua família se desintegrar? Quem teve que viver na clandestinidade e no exílio para não ser preso e assassinado?

Não, Senhor Dirceu, não queremos investigar nada disso. Queremos que sejam investigados quem roubou, quem assaltou, quem sequestrou, quem assassinou, quem justiçou seus próprios companheiros suspeitos de traição, quem praticou atos de terrorismo, quem explodiu bombas, quem optou, voluntariamente (ou seduzido por mentores irresponsáveis), por pegar em armas contra o Estado para implantar uma ditadura do proletariado no País. Queremos saber quem matou pessoas como Pedro Funchal Garcia, entre tantos outros. Queremos que todos saibam quem praticou todos esses crimes.

Nós queremos resgatar a verdade, a começar pela exposição da mentira que serve de base para a própria tentativa de criar-se essa comissão da “verdade”.

Como norma, os militares não torturam ninguém. E se alguns o fizeram, esses casos excepcionalíssimos, estatisticamente insignificantes quando comparados com o universo dos integrantes das Forças Armadas, seriam as exceções a confirmar a regra. A maioria dos casos de tortura que houve durante os chamados Governos Militares foi praticada por civis, sem qualquer amparo institucional. A tortura, sempre condenável, era uma prática comum nas delegacias, herdada do passado anterior à Revolução Democrática de 31 de Março, cujo aniversário comemoraremos no último dia deste mês. Era tortura como a que ainda hoje existe por aí e só causa arrepios quando a vítima é terrorista. Não vemos ninguém preocupado com os outros criminosos, os comuns, que foram torturados naquela época e continuam a sê-lo, ainda hoje. Por que não procuram julgar os presidentes destes tempos pelos casos de tortura existentes nas delegacias de polícia?


Mas qual seria a causa dessa nova onda antimilitarista? Entre as possibilidades existentes, destacaremos duas:


1) alas mais radicais do PT podem querer criar uma situação de fato que impeça o governo de desistir, forçando-o a criar a comissão;


2) a situação econômica é muito grave, decorrente, entre outros desmandos, dos gastos irresponsáveis do antecessor para eleger o governo, que talvez enfrente forte insatisfação popular e grande perda de popularidade e, por isso, queira prevenir-se, mantendo as Forças Armadas acuadas.

Seja qual for a razão, é preciso dar um basta no assédio moral que algumas autoridades vêm praticando não somente contra os que os combateram e os venceram, mas contra todos os militares de uma forma geral.


É inaceitável que dinheiro público possa ter sido usado para subornar um empresário e forçá-lo a editar uma novela sem nenhum compromisso com a verdade, em que se denigrem as Forças Armadas, apresentando os militares de forma caricata como monstros torturadores, numa inversão de papéis, onde os bandidos são apresentados como heróis e estes, como vilões. É preciso que se tomem medidas judiciais para que a verdade seja preservada e as ofensas reparadas.
E o ministro da defesa? Este, pelo menos, não engana mais. Surgiu cheio de bravatas até ser confrontado pelo Alto-Comando do Exército. Ao tentar reagir, percebeu toda a sua fragilidade. Mudou de tática. Aproximou-se dos Militares e passou a fazer um discurso próximo do que nós pensamos. Foi a maneira que encontrou para se blindar contra o próprio presidente, com quem o expediente funcionou.


Foi, assim, tornando-se cada vez mais poderoso e poucos viam que a fonte do seu poder eram as Forças Armadas. Quando, no ano passado, em meio à crise do III PHDH, os Comandantes Militares renunciaram a seus cargos, sentindo-se poderoso, acompanhou-os no ato, roubando para si os bônus do fato, cuja importância residia na renúncia dos Comandantes e não na do ministro. A sua participação no episódio permitiu-lhe, ainda, um ajuste de contas na disputa por espaço político com o então ministro da justiça, o Senhor Tarso Genro.
Enquanto fingia ser amigo dos militares, trabalhou para a neutralização das Forças Armadas, por meio da estratégia nacional de defesa e da nova estrutura do seu ministério, com as quais usurpou várias competências constitucionais do presidente da república. Talvez por ignorância total, o Senhor da Silva o aceitou.

Ao assumir a presidência, a Sra. Dilma Rousseff viu-se obrigada a mantê-lo no cargo por pressão do antecessor, possivelmente relacionada com a mal explicada insistência pela escolha dos Rafales.


Ela sustou a compra dos aviões e desprestigiou-o, recebendo os Comandantes Militares a sós, apesar da insistência com que o Senhor Jobim se quis fazer presente. A imprensa começou, então, a noticiar que poderia ser substituído. Mais uma vez, percebendo a sua fragilidade e, coerente com o seu caráter, imediatamente mudou de tática novamente.


Pressuroso, aceitou o Senhor José Genoíno, guerrilheiro, mensaleiro petista, réu em processo no STF, derrotado nas eleições passadas para deputado federal, como seu “assessor especial”, aquilo que a sabedoria popular convencionou chamar de “aspone”.


Passou, também, a defender a criação da comissão da verdade contra a vontade dos militares, que, atendendo a solicitação do próprio ministro, já se haviam manifestado desfavoráveis, ainda no ano passado, pelas razões já expostas acima.


Quem sabe, tenha ele próprio vazado o documento, ajudando a deflagração de intensa campanha sobre o fato em todos os meios de comunicação.

Onde está o “amigo dos militares”, o “melhor ministro da defesa que já tivemos”, como o conseguiram ver alguns amigos de extrema boa fé?

Felizmente, os militares estão sós outra vez. Antes sós do que mal acompanhados. Talvez, agora, possam fazer o que precisa ser feito, sem intermediários.


Respeitamos a hora de calar. Depois veio a hora de falar e continuamos calados. Veio a hora de gritar e permanecemos mudos. Agora é a hora de bater, e bater com todas as nossas forças, em defesa dos nossos valores, das nossas tradições, da nossa honra e da nossa dignidade. Não somente por nós, mas, também, por aqueles que nos antecederam, cuja herança não temos o direito de aviltar.


Os atuais governantes não são racionais nem têm bons sentimentos. Estão completamente dominados pelo ódio e cegos pela ideologia. Deles nada obteremos, sendo bons moços. É impossível conciliar-se com quem não quer conciliação.


Fomos generosos: demos-lhes a anistia. Responderam com a difamação, a injúria e a calúnia. Chegou a hora de lhes tomar o que lhes demos, de lhes impor limites. De estabelecer fronteiras das quais não os deixaremos passar.

Vencer eleições, ainda que não tivessem usado recursos ilegais, não lhes daria o direito de delinquir nem salvo conduto para violentar a Constituição.

Todos os brasileiros têm o dever de usar todos os meios à sua disposição para exercer o direito de legítima defesa da Pátria.
Matemos o lobo, antes que ele mate as ovelhas.

Esta é a hora de bater. Se a perdermos, somente restará a hora de morrer. Morrer de vergonha. Pelo menos, os que ainda a têm.





Notas do autor:

(*) Aforismo inspirado na citação de Victor Hugo “Une bonne action peut donc être une mauvaise action. Qui sauve le loup tue les brebis” (Uma boa ação pode ser uma má ação. Quem salva o lobo mata as ovelhas).

(**) Ele é o Estado: alusão ao Rei de França Luís XIV que, supostamente, teria dito “L’État c’est moi” (O Estado sou eu).





Observações:

1) o autor é Coronel-Aviador reformado e, atualmente, Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa;

2) as matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, o pensamento da ABD.



terça-feira, 22 de março de 2011

NANOCRACIA




Por Aileda de Mattos Oliveira* (22/3/2011)



       Os ocupantes de cargos nos governos petistas sequer se aproximam da sombra do modelo político que se deseja para o comando deste país e de suas instituições. Faltam-lhes seriedade, competência, probidade, brasilidade.

     Se o Brasil tem uma nova fisionomia, isto se deve ao trabalho da parte laboriosa da sociedade, incansável, responsável, que contribui para o fortalecimento de sua economia, como uma máquina bem-azeitada, em perfeito funcionamento.

     Poderia o Brasil estar em melhor situação, se os ávidos que assumiram o poder não transformassem o tesouro nacional em patrimônio particular e não liberassem gastos orgíacos aos favorecidos e não os consumissem, também, na fecunda criação de ministérios. Os tais cortes no orçamento são “tesouradas” certeiras nas instituições que incomodam o poder, por estarem, obedientes à Constituição, a serviço, unicamente, do Estado e não do governo, independente da cor política que o sustenta.

    Se o país tem uma voz mais atuante, geopoliticamente, e isto é reconhecido até mesmo pelo farsesco presidente americano, mantém-se, no entanto, a tendência ao nanismo político, a pequenez empresarial, a servil dependência jornalística diante de presença estrangeira.

    Deve-se à “nanocracia” (“governo de anões”) a voz do Brasil ter silenciado diante das manifestações de superioridade política e tecnológica dos cães de guarda de Obama, pondo em plano inferior, dentro de seu próprio limite territorial, as instituições de um país que se supunha soberano. Haja neologismos para qualificar o inqualificável!

      Policiais, figuras decorativas, relegados a segundo plano no trabalho de segurança, entregue em mãos estrangeiras; ruas fechadas, estações do metrô interditadas, o Theatro Municipal considerado território americano, enquanto o demagogo do Norte fazia um tropical discurso ao gosto dos carnavalescos e alienados dirigentes do Estado e do Município do Rio de Janeiro; a imprensa revistada, mas quietinha, mudinha, silenciosamente complexada. Não berrou os seus direitos e não desobedeceu às ordens, como ocorre quando estas são emanadas de autoridades brasileiras. Lembremo-nos do Morro do Alemão, quando o helicóptero daquele canal de televisão o sobrevoou antes de a polícia autorizar, alertando, com o seu pretenso “furo” de reportagem, os marginais que se escafederam.

      Mas, a Brasília, centro do nanismo político, coube a maior representação do servilismo petista. Quem diria que D. Dilma se submetesse aos caprichos do símbolo do capitalismo, um dos adversários ideológicos de sua torpe doutrina marxista!

       Se não chegaram ao cúmulo de tirar o chapéu para o Barack, fizeram melhor: tiraram os sapatos para os seguranças e para a segurança do afro-americano. É preciso, de imediato, dizer aos hóspedes que quem manda na casa que os hospeda, é o anfitrião. Faltou-lhe coragem para levantar aquele arrogante e insuportável dedo a quem fala língua estranha.

      Que seja breve a fase nanocrática petista, antes que retrocedamos ao tempo da Sinhá Rousseff, já que os entraves do arcaísmo de esquerda atrofiarão o natural processo de desenvolvimento do país, impedindo-o de prosseguir na sua marcha em direção ao progresso real, sem manipulação estatística, sem deturpação de dados, sem manobras de baixa política. Que este último parágrafo surta o efeito de uma prece e seja ouvida e atendida.

(* Prof.ª universitária e membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Resistir é preciso!

*Por Dr. Rui Nogueira em stand na Bienal do Rio de Janeiro

O autor participava de recente Bienal do livro em São Paulo, com estande nacionalista, presente a bandeira do Brasil e, embaixo, em letras bem visíveis, a frase: "Resistir é preciso."

Era um ponto animado, com muitos jovens circulando e alguns, ao observarem o destaque para o nosso verde e amarelo, perguntaram: "Quero estudar o Brasil. O que devo ler?"

Lembrei-me de Nelson Werneck Sodré, com seu livro O que se deve ler para conhecer o Brasil. Passei os olhos pelo ambiente da Bienal e pude constatar, em meio aos milhares de títulos expostos em gigantescas instalações de grandes editoras, algumas controladas por grupos estrangeiros, ser muito pobre a oferta de títulos voltados para a cultura e o interesse nacional.

Em dado instante, observei um senhor de meia-idade, parado em frente, perscrutando cada detalhe do local. Após alguns minutos aproximou-se e disse:

— Tomara que vocês consigam!

— Por que diz isto? — perguntei.

— Porque eu não sou brasileiro, apenas moro e trabalho aqui, e na minha terra não conseguimos resistir. Lá, fizeram tudo o que está acontecendo aqui, inclusive com o apagão. Quando abrimos os olhos, não tínhamos mais nada, tudo estava nas mãos de empresas estrangeiras. As transnacionais engoliram tudo.

Apresentou-se como indonésio e, depois, encontrei informações de que aquele país foi usado como balão de ensaio para implantar a globalização.

Aquele homem abriu minhas preocupações.

O apagão foi visível e até divulgado, mas a ocupação, o domínio das nossas empresas é disfarçado. As leis, criadas por pessoas que se venderam para o capital financeiro, permitem que uma empresa seja considerada brasileira apenas pelo fato de possuir um escritório no nosso país. Várias continuam com o mesmo nome, mas dominadas pelos interesses estrangeiros e até fazem propaganda enganosa de serem brasileiras apesar de inteiramente controladas pelo exterior.

Precisaria de muito espaço para enumerar e denunciar a ocupação silenciosa de boa parte dos setores econômicos brasileiros.

Tudo para eles

Tudo que se move e se transforma é energia.

O nosso sistema de produção de energia elétrica é o mais barato do mundo, utilizando hidroelétricas em todo território nacional, interligadas por redes de transmissão e planejadas para continuar funcionando mesmo com 5 anos sem chuvas. Bloqueando investimentos nas estatais, proibindo financiamentos do BNDES e segurando aumento de tarifas em época de inflação, além de aproveitar a formidável saúde econômica das estatais de energia para obter financiamentos externos usados para os pagamentos de juros da dívida, sem nenhuma aplicação no setor, o sistema foi fragilizado e permitiu, com a assessoria de consultoria estrangeira (inglesa), a privatização do sistema.

Ressalta a dominação estrangeira. As empresas elétricas distribuidoras estatais foram privatizadas a preços irrisórios. Alguns exemplos: Gerasul, oriunda da Eletrosul — federal —, comprada pela Tractebel, ramo de energia da empresa do cartel das águas Suez. Tietê, oriunda da Cesp — estadual de São Paulo — para a AES. Coelce — estadual do Ceará —, através de vendas intermediárias, hoje na mão da Ampla, com sede na Espanha, mas controlada por grandes grupos financeiros, inclusive o Banco Mundial.

O trabalho de 50 anos do povo brasileiro, a partir da campanha do "Petróleo é nosso", com a Petrobrás mantendo o país abastecido e desenvolvendo tecnologia pioneira de pesquisa em grandes profundidades, está passando para as mãos do cartel internacional do petróleo (só 32% das ações estão na mão do governo). A Petrobrás descobre bacias de petróleo e o investimento e trabalho dos brasileiros é transferido para estrangeiros terem lucros abusivos em absurdos leilões da ANP em que ela própria, às vezes, é excluída.

Resistir é preciso!

A Vale do Rio Doce, maior empresa de mineração estatal, desenvolvida com muito trabalho e sacrifício dos brasileiros, é transferida por valores insignificantes numa privatização muito questionada inclusive juridicamente. Agora tenta mudar de nome, passando a se chamar apenas Vale, querendo dar a impressão de que é uma empresa brasileira. Estão engolindo tudo. Qual o motivo de mudar a denominação? Fugir da crescente pressão pela reestatização?

O nosso sistema de comunicações é objeto de sucessivas negociações envolvendo muito dinheiro, concentrando em mãos estranhas todo o sistema. Não precisa ser nenhum estudioso para constatar a absurda exploração de que somos vítimas. Tarifas enormes e serviços virtuais precários. Temos que "gemer" para pagar as contas que sustentam acionistas distantes. Qual a vantagem?

Comprem óleo de soja sem ser da Bunge ou da Cargyll, estrangeiras. É difícil. Mesmo as embalagens que estão com rótulos de grande supermercado são produzidos pelas duas empresas. Com a palavra, o CADE.

Até clube de futebol tem sido ocupado por transnacionais. Alguns andaram levando um castigo e foram rebaixados! Seria, no dizer popular, "um castigo de Deus"?

A seleção brasileira de futebol está dominada por uma grande transnacional (Nike), explorando a nossa paixão pelo futebol.

Todas essas empresas não querem o nosso bem, querem os nossos bens.



Rui Nogueira é Médico Escritor pesquisador