Assuntos: No País e no Mundo
No País
- Confirmada a tese do deputado Aldo Rebelo, de que ONGs estrangeiras têm sido financiadas por outros países para agir no Brasil contra o desenvolvimento econômico do país. Um relatório da ABIN o afirma. E não é o primeiro
O relatório da ABIN é um cala boca para os que acreditavam que tudo não passava de teoria conspiratória da cabeça dos comunistas. Comprova que durante o debate acerca do Código Florestal ONGs estrangeiras receberam dinheiro para atuar contra os interesses do Brasil. O tempo é o melhor remédio para trazer a verdade a tona. (Jornal O Globo, de 19/06)
- Por emenda constitucional (FHC) aprovada no embalo do Consenso de Washington, qualquer empresa estrangeira que se registre no Brasil é considerada brasileira. È fácil imaginar as consequencias: As transnacionais estão comprando com os dólares que perderão o valor tudo que é terra, especialmente as que produzem cana-de-açúcar, além das usinas alcooleiras. Com tal emenda constitucional em vigor, as empresas “nacionalizadas” cassarão nos tribunais qualquer medida que as impeça de adquirir terras com base na lei que venha a ser criada para lhes limitar o acesso.
“Para realmente conter a apropriação incontrolada de terras por estrangeiros, creio que passo indispensável para isso é emendar de novo a Constituição, em cujo capítulo econômico foi suprimida a distinção prática entre empresa de capital nacional e empresa de capital estrangeiro” ( Dr Adriano Benayon).
- As perigosas medidas de Mc Namara para a Amárica Latina: “Afastem os militares das funções da defesa nacional; dêem-lhes missões de guardas florestais, socorristas em calamidades, protetores dos índios, etc., mantendo apenas núcleos que possam ser empregados pela ONU em missões de manutenção da paz e em operações compondo forças internacionais Estão sendo postas em prática”. ( OJBR)
Fragilizam-nos ainda mais face a verdadeira ameaça: – a intervenção internacional para garantir o respeito ao meio-ambiente e a independência das áreas indígenas.
- Causa estranheza: que os movimentos sociais e homossexuais que mais combatem a Igreja nunca dizem uma só palavra contra a CNBB (da Internet)
Por que será?
- Agora as melhores notícias: Gás natural em Minas Gerais. Em apenas um poço perfurado na Bacia do São Francisco, foi identificada uma reserva correspondente a 22% de tudo que tínhamos, e há probabilidade de a jazida ser ainda maior. Geólogos estimam que a Bacia do São Francisco pode ser comparada com a da Sibéria, uma das mais importantes província de gás natural do planeta. A previsão que a produção comece em dois anos. O gás mineiro irá substituir o gás boliviano na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, em Uberaba , e o aumento da oferta deve reduzir o preço do produto. Foi também anunciado que o Brasil possui atualmente a terceira maior reserva de potássio do mundo, ficando atrás apenas da Rússia e do Canadá. A jazida estende-se ao longo do Rio Amazonas e há ainda indícios de outras duas. Em 2008 importou-se 91% do cloreto de potássio consumido, gastando US$ 5 bilhões. A citada mina não é notícia recente, A mina chama-se Fazendinha e foi descoberta há mais de 20 anos por geólogos da Petrobras e cubada pela Petromisa – subsidiária da Petrobras, a qual foi extinta no governo Collor, certamente para deixar nossa produção agrícola dependente do fertilizante estrangeiro . A mina poderia estar explorada há anos, propiciando, além de empregos, aut o-suficiência e economia de uns cem bilhões.
No Mundo
Nos EUA. - Confrontados por um quadro de crise financeira e de necessidade de recursos naturais, especialmente os energéticos, em face ao esgotamento das soluções militares, os estrategistas do Establishment anglo-americano avaliam se devem abandonar sistema histórico de dominar regiões geográficas ricas em recursos e como controlar os fluxos para os centros consumidores. Mergulhados na crise, precisam voltar a atenção para a própria reconstrução. Três anos após o início da crise, o desemprego continua alto, a dívida do país inchando, cidades quebradas e as estradas e pontes sem manutenção. Algumas áreas dos EUA já parecem um país de Terceiro Mundo; um declínio raro na história americana. A superpotência mordeu mais do que consegue digerir. Agora está cogitando de uma retirada militar. Esperemos que retire também suas ONGs da Amazônia. O Reino Unido, mais renitente, pouco poderá sem os “Estates”.
Na China se realiza o incrível deslocamento de 300 milhões de agricultores para "ambientes indusriais", - com a criação de grandes cidades, de 20, 30 e até 40 milhões de pessoas. Com o rápido crescimento, cidades chinesas, como Pequim e Xangai começam a gemer sob a pressão das populações maiores do que a da Austrália.
Não se sabe ainda o resultado dos empreendimentos chineses, particularmente num cenário em que o colapso da moeda estadunidense afaste da China aquele mercado lhe solape o valor de suas reservas. Paira no ar a lembrança do Grande Salto para Frente de Mao que acabou matando 40 milhões de fome. O certo é que muito do mundo vai depender do que acontecer na China. Não há como evitar pensar em guerra
No Islã, as convulsões no mundo árabe tendem a radicalizar o Islam, alterando o equilíbrio de força no Oriente Médio. Tem dois efeitos imediatos: dificultam a hegemonia dos EUA e de Israel e afetam os preços do petróleo que impactam também o dos alimentos. O desenvolvimento e a posse de armas nucleares por parte de governos radicais islâmicos levará Israel e os EUA a atacar preventivamente, arrastando o Ocidente, e mesmo a Rússia e a China, que também se sentem ameaçadas.
Na Rússia há preocupação com distúrbios e tumultos islâmicos, o que a faz aproxima-se dos EUA em seu conflito com os árabes, mas nas sempre tensas relações com os EUA, a Rússia está tentando "reengajar" a Índia, o Sudeste Asiático, a África e também o Oriente Médio, enquanto procura excluir os EUA dos mercados energéticos da Ásia Central, do Cáspio e da América Latina..
Na Europa, o risco de falta de energia e consequente decadência a faz engajar-se fortemente na OTAN e forçar àquela Organização a empregar a força militar fora do continente europeu, em defesa de seus interesses energéticos e de acesso à matérias primas O emblemático ataque à Líbia demonstra que a União Européia ultrapassou a fase propagandística sobre os direitos humanos e meio ambiente para passar, definitivamente, à medidas militares.
Resumindo: estamos vivendo um jogo geopolítico que envolve para uns o poder, para outros o progresso e para terceiros a própria sobrevivência. As cartas são a posse ou acesso à matérias primas, a força militar, a capacidade industrial e financeira e acima de tudo, a vontade nacional. Os mais poderosos impõem seus interesses em cada área do mundo. Podem ser pretextos os direitos humanos, o meio ambiente, as interpretações de democracia e as estruturas religiosas desfiguradas mas o jogo é duro. Os verdadeiros motivos dos ambiciosos - os de interesses - são suficientes para matar, mas não para lutar até a morte. Isto fica para os idealistas ou para quem não tenha alternativa
Gelio Fregapani
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