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quarta-feira, 6 de julho de 2011

HISTÓRIA SECRETA DA INVASÃO MILITAR DE RORAIMA

Prezados brasileiros.



Novamente repasso para vocês o depoimento do piloto civil, Izidro Simões,

que foi mantido em sigilo durante vários anos(desde 1993), cujos fatos vêm

confirmar o que inúmeros brasileiros ilustres(civís e militares) tentam,

obstinadamente, alertar os "venais políticos" governantes deste País, sobre

o perigo de se deixar a Amazônia brasileira a mercê dos gananciosos

dominadores do mundo, que empregam todo o tipo de disfarce(ONGs) para

ocuparem sorrateiramente aquela riquísima região, inclusive, se necessário,

com o emprego de unidades/forças militares, acobertadas pela ONU, baseadas

em justificativas maquiavélicas e mentirosas.

É premente que os brasileiros estejam preparados!



João Carlos de A. L. Pereira.





HISTÓRIA SECRETA DA INVASÃO MILITAR DE RORAIMA



- depoimento de uma testemunha ocular -



No momento em que tanto se fala da cobiça internacional sobre a Amazônia, da

ação de ONGs de todos os tipos agindo livremente na região Norte, de

estrangeiros vendendo pedaços da nossa floresta, da encrenca que está sendo

a homologação da Raposa/Serra do Sol, de índios contra índios, de índios

contra não-índios, das ações ou omissões da Funai, do descontentamento das

Forças Armadas com referência os rumos políticos que estão sendo dados para

esta quase despovoada, mas, importantíssima parte das fronteiras da nação, é

mais do que preciso falar quem sabe, quem conhece, quem vivencia ou quem

tenha alguma informação de importância.



Assim sendo, para ficar registrado e muito bem entendido, vou contar um

acontecimento de magna importância, especialmente para Roraima, e do qual

sou testemunha ocular da História.



Corria o ano de 1993 - portanto, já fazem 15 anos. Era

governo de Itamar Franco e as pressões de alguns setores nacionais e vários

internacionais, para a homologação da Raposa/Serra do Sol, eram fortes e

estavam no auge. Tinha-se como certíssimo de que Itamar assinaria a

homologação.



Nessa época, eu era piloto da empresa BOLSA DE DIAMANTES, que quinzenalmente

enviava compradores de pedras preciosas para Uiramutã, Água Fria, Mutum e

vizinhanças.



No dia 8 de setembro de 1993, aí pelas 17:00, chegamos em Uiramutã e

encontramos a população numa agitação incomum, literalmente aterrorizada.

Dizia-se por toda parte, que Uiramutã ia ser invadida, que havia muitos

soldados [WINDOWS-1252?]“americanos”, já vindo em direção à localidade.



A comoção das pessoas, a agitação, o sufoco eram tão grandes que me

contaminou, e fui imediatamente falar com o sargento PM que comandava o

pequeníssimo destacamento de apenas quatro militares, para saber se ele

tinha conhecimento dos boatos que circulavam, e respondeu-me que sabia do

falatório. Contou-me então que o piloto DONÉ (apelido de Dionízio Coelho de

Araújo), tinha passado por Uiramutã com seu avião Cessna PT-BMR, vindo da

cachoeira de ORINDUIKE, no lado brasileiro, (que os brasileiros erradamente

chamam de Orinduque), contando para várias pessoas, que havia um acampamento

enorme, com muitos soldados na esplanada no lado da Guiana, na margem do rio

Maú, nossa fronteira com aquele país.



Aventei a necessidade de que o sargento, autoridade policial local, fosse

ver o que havia de fato e falei com o dono da empresa, que aceitou,

relutante e receoso, emprestar o avião para o sargento. Como, entretanto, o

sol já declinava no horizonte, combinamos o vôo para a manhã seguinte.



Muito cedo, o piloto Doné e seus passageiros, que tinha ido pernoitar na

maloca do SOCÓ, pousaram em Uiramutã. Eu o conheci nessa ocasião, e pude

ouvir dele um relato. Resumindo bastante, contou que na Guiana havia um

grande acampamento militar e que um avião de tropas estava trazendo mais

soldados para ali.



Estávamos na porta da Delegacia, quando chegou uma Toyota do Exército, com

um capitão, um sargento e praças.,vindos do BV 8. Ele ia escolher e demarcar

um local para a construção do quartel de destacamento militar ali naquela

quase deserta fronteira com a Guiana. BV 8 é antigo marco de fronteira do

Brasil com a Venezuela, onde há um destacamento do Exército, na cidade de

Pacaraima. Muito interessado e intrigado com o fato, resolveu ir conosco

nesse vôo.



O capitão trazia uma boa máquina fotográfica e emprestei a minha para o

sargento. O vôo foi curto, apenas seis minutos. Demos tanta sorte, que

encontramos um avião para transporte de tropas, despejando uma nova leva de

soldados, no lado guianense. Voando prá lá e prá cá, só no lado brasileiro,

os militares fotografavam tudo, e o capitão calculou pelo número de

barracas, uns 600 homens, até aquele momento.



Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando

e virando para a esquerda. Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de

nós! Como é que você sabe? Perguntou. Viraram para a esquerda, que é o lado

do Brasil e, não da Guiana, respondi. Girei imediatamente a proa para

Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na

linha de tiro deles! Foi então que olhando para a direita, vi à curta

distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil

na mão.



Confesso que foi um grande susto! O coração parecia-me bater duas e falhar

uma. Quem conhece a região, sabe que ali naquela parte, o Maú é um rio muito

sinuoso. Enfiei o avião fazendo zig-zag nesses meandros, esperando conseguir

chegar em Uiramutã. Se atiraram, não ficamos sabendo, mas após o pouso,

havia muita gente na pista, que fica juntinho das casas. Agitadas, contaram

que aquele avião tinha girado duas vezes sobre nós e a cidade, tomando rumo

de Lethen, na Guiana, onde há uma pista asfaltada, defronte de Bomfim,

cidade brasileira na fronteira.



Com esse fato, angustiou-se mais ainda a população, na certeza de que a

invasão era iminente. O capitão determinou ao sargento e a mim, que

fizessemos imediatamente um relatório minucioso, para ser enviado ao comando

da PM, em Boa Vista, e partiu acelerado de volta ao pelotão de fronteira no

BV 8.



Na delegacia, o sargento retirou o filme da minha máquina fotográfica, para

enviar ao seu comando e eu datilografei um completo relatório que ele

colocou em código e transmitiu via rádio para Boa Vista. Naquela época, o

chefe da S2 da PM ( Seção de Inteligência), era o major Bornéo.



Uns quatro dias depois que cheguei desse giro das compras de diamantes,

tocou a campainha da minha casa, um major do Exército. Apresentou-se e pediu-



me para ler um papel, que não era outro, senão aquele mesmo que eu

datilografara em Uiramutã , e do qual o comando da PM enviara cópia para o

comando do Exército em Boa Vista. Após ler e confirmar que era aquilo mesmo,

pediu-me para assinar, o que fiz. Compreendi que tinha sido testemunha de

algo grande, maior do que eu poderia imaginar, e pedi então ao major, para

dizer o que estava acontecendo, uma vez que parte daquilo eu já sabia.

Concordou em contar, desde que eu entendesse bem que aquilo era

absolutamente confidencial e informação de segurança nacional. Concordei.



Disse o major, que a embaixada brasileira em Georgetown tinha informado ao

Itamarati, que dois vasos de guerra, um inglês e outro americano, haviam

fundeado longe do porto, e que grandes helicópteros de transporte de tropas,

estavam voando continuamente para o continente, sem que tivesse sido

possível determinar o local para onde iam e o motivo.



Caboclos guianenses (índios aculturados) tinham contado para caboclos

brasileiros em Bomfim, cidade de Roraima na fronteira, terem os americanos

montado uma base militar logo atrás da grande serra Cuano-Cuano, que por ser

muito alta e próxima, vê-se perfeitamente da cidade. O Exército brasileiro

agiu com presteza, e infiltrou dois majores através da fronteira, e do alto

daquela serra, durante dois dias, filmaram e fotografaram tudo. Agora, com

os fatos ocorridos em Orinduike, próximo de Uiramutã, nossa fronteira Norte,

fechava-se o entendimento do que estava acontecendo.



E o que estava acontecendo? As pressões internacionais para a demarcação da

Raposa / Serra do Sol apertavam, na certeza de que o Presidente Itamar

Franco assinaria o decreto. Em seguida, a ONU, atendendo aos -"insistentes pedidos dos povos indígenas de Roraima”,

determinaria a criação de um enclave indígena sob a sua tutela, e aí

nasceria a primeira nação indígena do mundo. Aquelas tropas americanas e as

inglesas, eram para garantir militarmente a tomada de posse da área e a

nova nação”.



Até a capital já estava escolhida: seria a maloca da Raposa,

estrategicamente localizada na margem da rodovia que corta toda a região de

Este para Oeste, e divide geográfica e perfeitamente a região das serras

daquela dos lavrados roraimenses -que são os campos naturais

e cerrados.



Itamar Franco suponho -deve ter sido

alertado para o tamanho da encrenca militar que viria, e o fato é que, nunca

assinou a demarcação.



Nessa mesma ocasião (para relembrar: era começo de setembro de 1993), estava

em final de preparativos, o exercício periódico e conjunto das Forças

Armadas nacionais, na cidade de Ourinhos, margem do rio Paranapanema,

próxima de Sta. Cruz do Rio Pardo e Assis, em São Paulo, e Cambará e

Jacarezinho, no Paraná.



Com as alarmantes notícias vindas de Roraima, o Alto Comando das Forças

Armadas mudou o planejamento, que passou a chamar-se “OPERAÇÃO SURUMU” e, como já estava tudo engrenado,

enviou as tropas para Roraima. Foi assim que à partir da madrugada de 27 de

setembro de 1993, dois aviões da VARIG, durante vários dias, Búfalos,

Hércules e Bandeirantes despejaram tropas em Roraima. Não cabendo todas as

aeronaves militares dentro da Base Aérea, o pátio civil do aeroporto ficou

coalhado de aviões militares. Chegaram também os caças e muitos Tucano. Veio

artilharia anti-aérea, localizada nas cercanias de Surumu, e foi inclusive

expedido um aviso para todos os pilotos civis, sobre áreas nas quais estava

proibido o sobrevôo, sob risco de abate.



Tendo como Chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), o general de Exército

José Sampaio Maia - ex-comandante do CIGS em Manaus, e como

árbitro da Operação Surumu, o general de Brigada Luíz Alberto Fragoso Peret

Antunes (general Peret), os rios Maú, Uailã e Urariquera enxamearam de

"voadeiras” cheias de soldados. Aviões de caça fizeram

dezenas de vôos razantes nas fronteiras do Norte. O Exército também

participou com a sua aviação de helicópteros, que contou com 350 homens do

1º, 2º e 3º esquadrões, trazendo 15 Pantera (HM-1) e 4 Esquilos, que fizeram

um total de 750 horas de vôo. Vieram também cerca de 150 páraquedistas

militares e gente treinada em guerra na selva. A Marinha e a Força Aérea

contribuíram com um número não declarado de homens, navios e aeronaves.



Dessa maneira, não tendo Itamar Franco assinado o decreto de demarcação da

Raposa / Serra do Sol e, vindo essas forças militares para demonstrar que a

entrada de soldados americanos e ingleses em Roraima, não seria feita sem

grandes baixas, "melou” e arrefeceu a intenção internacional

de apossar-se desta parte da Amazônia, mas não desistiram.



Decepcionando muito, embora sendo outro o contexto político internacional,

Lula fez a homologação dessa área indígena, contestada documentalmente no

Supremo Tribunal e, ainda tentou à revelia de uma decisão judicial, retirar

na marra”, os fazendeiros e rizicultores

(arrozeiros”) dessa área, que como muita gente sabe [WINDOWS-



1252?]– inclusive os contrários [WINDOWS-1252?]– tem dentro dela

propriedades regularmente documentadas com mais de 100 anos de escritura

pública e registro, no tempo em que Roraima nem existia, e as terras eram do

Amazonas. Agora, entretanto, os interesses difusos e estranhos de muitas

ONGs, dizem na internet, que esses proprietários são [WINDOWS-

1252?]“invasores”, quando até o antigo órgão anterior ao INCRA, demarcou e

titulou áreas nessa região, e que a FUNAI, chamada a manifestar-se, disse

por escrito, que não tinha interesse nas terras e que nelas, até aquela

ocasião, não havia índios.



As ONGs continuam a fazer pressão, e convém não descuidar, porque nada

indica que vão desistir de conseguir essas terras [WINDOWS-1252?]“para os

[WINDOWS-1252?]índios”, e de graça, levarem além de 1 milhão e 700 mil

hectares [WINDOWS-1252?]– quase o tamanho de Sergipe [WINDOWS-1252?]– tudo o

mais que elas tem: ouro, imensas jazidas de diamantes, coríndon, safira de

azul intenso, turmalina preta, topázio, rutilo, nióbio, urânio, manganês,

calcáreo, petróleo, afora a vastidão das terras planas, propícias à lavoura,

área quase do mesmo tamanho onde Mato Grosso planta soja que fez a sua

riqueza.



Isso é o que já sabemos, porque uma parte disso foi divulgada numa pesquisa

da CPRM - Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais, em agosto de

1988 (iniciada em 1983), chamada de Projeto Maú, que qualifica essa parte da

Raposa/Serra do Sol, como uma das mais ricas em diamantes no Brasil, sendo o

mais extenso depósito aluvional de Roraima, muito superior ao Quinô, Suapi,

Cotingo, Uailã e Cabo Sobral. Essa pesquisa foi inicialmente conduzida pelo

geólogo João Orestes Schneider Santos e, posteriormente, pelo também

geólogo, Raimundo de Jesus Gato D´Antona, que foi até o final do projeto,

constatando a possibilidade da existência de até mais de 3 milhões de

quilates de diamantes e 600 Kg de ouro. Basta conferir a cotação do ouro e

diamantes, para saber o que valem aquelas barrancas do rio Mau, só num

pequeno trecho.



A "desgraça” de Roraima é ser conhecida internacionalmente na

geologia, como a maior Província Mineral já descoberta no planeta. Nada

menos que isso!



E o que ainda não sabemos? Essa pesquisa, feita em pouco mais de 100

quilômetros de barranca do rio, cubou e atestou a imensa riqueza

diamantífera da área. Entretanto, o Estado de Roraima ainda tem coríndon,

manganês, calcáreo e urânio, afora mais de 2 milhões e 100 mil hectares de

terras planas agricultáveis, melhores que aquelas onde plantam soja no Mato

Grosso.



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Izidro Simões (Piloto Civil)



izidropiloto@oi.com.br

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