Amazônia
*Edvaldo Tavares
Um paraíso verde, permeado pela abundância de rios caudalosos, que esconde riquezas ainda desconhecidas dos estudiosos. Suas florestas com árvores gigantescas localizadas em áreas ainda não exploradas pelo homem espicaçam a curiosidade estimulando a imaginação das mentes mais férteis originando as populares crendices.
Exploradores estrangeiros disfarçados de turistas e ambientalistas levam para os seus países, frutos, sementes, vegetais, insetos, animais, pássaros, répteis e diversidades biológicas, onde princípios medicamentosos e essências para cosméticos dão origem a novos remédios, produtos de beleza e de aplicação diversas. (No futuro água será causa de guerras http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/no-futuro-agua-sera-causa-de-guerras/)
A marcha para o oeste
Orlando Villas Boas e os irmãos Leonardo e Cláudio encetaram uma marcha para o oeste do Brasil desbravando durante quatro anos mais de 1.000 quilômetros de rios e florestas. A aventura teve início em Aragarças, margens do rio Araguaia, em janeiro de 1946. Parti rumo ao desconhecido, o temido oeste do território brasileiro, porta de entrada para o inferno verde – Amazônia.
Os irmãos aventureiros foram os primeiros a atravessar as serras do Roncador e Cachimbo, descobrindo o rio Xingu onde mantiveram contato com povos indígenas. Não foi fácil a conquista dessa terra desbravada com a cara e a coragem. Com apenas facões e enxadas, os heróicos exploradores abriram pistas de pouso para os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), que levavam mantimentos e comunicações para aquela região isolada do resto do mundo. Orlando, Leonardo e Cláudio marcaram as suas passagens no rio Xingu, Rio das Mortes e demais rios amazônicos. Em seis de outubro de 1946 fizeram os primeiros contatos pacíficos com os temidos indígenas calapalos.
A tomada de conhecimento e posse da conquista do inferno verde pelo povo brasileiro, que se acostumara a viver, curtir o conforto, beleza e vida fútil do litoral, desconhecendo toda imensidão e riquezas escondidas no interior deste gigantesco país, foi um presente que somente os verdadeiros e despojados heróis podem oferecer sem nada exigir para si em troca. (Ameaça à Amazônia – Perigo que alguns insistem em não ver http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/ameaca-a-amazonia-perigo-que-alguns-insistem-em-nao-ver/)
Origem do nome do rio Amazonas
Em 1541, o espanhol Francisco de Orellana navegando pelos rios a leste dos Andes com a missão de avaliar a dimensão das terras pertencentes a coroa espanhola, foi surpreendido por rios e mais rios que aumentavam a distância entre as suas margens, densas florestas e grande diversidade de animais.
Durante a navegação pelos rios amazônicos, Francisco Orellana e a sua tripulação são atacados por silvícolas que disparam flechas envenenadas. O navegante e seus homens conseguem se livrar do ataque indígena. Entretanto, impressionado com a aparência dos nativos, que julga serem mulheres, por analogia com a mitologia grega – as mulheres guerreiras, amazonas – batiza o imenso rio com o nome Rio das Amazonas.
A maioria da população brasileira e das demais partes do mundo tem a idéia errônea de que a internacionalização da Amazônia é para conservá-la como patrimônio da humanidade. É um engano pensar que os países mais poderosos estejam preocupados com o futuro bem-estar do ser humano. Por trás desse falso interesse humanitário que pretende impedir a destruição da Amazônia por meio da desapropriação dos países que a têm, existe uma cobiça irrefreável de passar por cima dessas soberanias e explorar desde a biodiversidade florestal, os recursos hídricos, os minerais preciosos e principalmente os estratégicos que jazem no solo e subsolo da região. (Heranças Malditas http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/herancas-malditas/)
Países ricos querem o domínio do bioma amazônico
Esmagadora maioria dos países, mais de 80% da humanidade, é indiferente à existência da Amazônia e não se manifesta em relação a sua conservação. A pressão contra o Brasil, no que se refere às áreas florestadas amazônicas, é exercida por países reconhecidos como colonizadores, ricos, em estado de reconhecida decadência, que esgotaram as suas riquezas, destruíram as suas florestas, poluíram o mundo, com tendências hegemônicas.
A Amazônia é uma extensa planície localizada entre a curvatura formada pelas terras baixas da Cordilheira dos Andes a oeste, o Planalto das Guianas ao norte e ao sul o Planalto Brasileiro. Corresponde a 42% do território brasileiro com rica hidrografia e vasta floresta pluvial equatorial que se estende por 3,7 milhões de quilômetros quadrados. A Amazônia brasileira com 4.871.487 Km² compreende toda a Região Norte, englobando os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá. Abrange também o oeste do Estado do Maranhão, o Estado do Tocantins e norte do Estado do Mato Grosso.
O bioma amazônico, sistema constituído do solo, relevo, clima, fauna, floresta e outros componentes, há séculos visto com cobiça por países economicamente ricos, poderosos e desenvolvidos, que no passado destruíram suas coberturas florestais e hoje a pretexto de preservar as áreas florestais brasileiras exercem fortes pressões para a internacionalização da Amazônia.
Devido à inacessibilidade e à precariedade da preservação da saúde resultante ao alto índice de insalubridade, a exploração econômica da Região Amazônica representa um desafio a ser enfrentado.
Os motivos para a internacionalização
Os Estados Unidos da América do Norte (EUA) e Inglaterra, França e Holanda (Países Baixos) estão na vanguarda da cobiça da Região Amazônica.
MAIOR RESERVA DE NIÓBIO DO PLANETA – MORRO DOS SEIS LAGOS (São Gabriel da Cachoeira na Cabeça do cachorro, norte da Amazônia)
Não existe intenção alguma de preservação do patrimônio florestal tropical para a humanidade. (Amazônia em perigo http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/amazonia-em-perigo/)
Com o assustador crescimento da população mundial – atualmente 6,5 bilhões e em 2050 poderão ser nove bilhões –, superpovoamento em determinados países com cidades abarrotas de gente, desaparecimento de diversos países que serão engolidos pelo aumento do nível dos mares e oceanos, países constantemente assolados por abalos sísmicos e tsunamis, diminuição da água potável do planeta, esgotamento de recursos minerais e biodiversidade, e, por outro lado, a existência de gigantescos vazios territoriais desprezados na Amazônia brasileira é um irrecusável convite para que países hegemônicos empreguem ardilosas estratégias para ocupação desse abandonado bem territorial que os brasileiros estão menosprezando. E, para piorar a situação, devido à incompetência dos últimos governantes brasileiros estão obtendo resultados. (Perderemos o norte de Roraima e do Amazonas até a Cabeça do cachorro? http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/perderemos-o-norte-de-roraima-e-do-amazonas-ate-a-cabeca-do-cachorro/)
A verdade que o povo precisa saber
A opinião de inocentes brasileiros, favoráveis à entrega da Região Amazônica para garantia da preservação do bioma para países que tenham mais capacidade, retrata a profunda ignorância reinante no seio do povo. Esses países reconhecidamente escravagistas, arrogantes, solapadores das riquezas de nações ansiosas por desenvolvimento, enrustidos inimigos do Brasil, uma vez detendo o direito internacional de posse da Amazônia brasileira, rapidinho a devastarão para a extração de minerais preciosos, energéticos, estratégicos e demais riquezas, com fúria maior do que a dos maus brasileiros. (Nióbio – Riqueza desprezada pelo Brasil http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/niobio-riqueza-desprezada-pelo-brasil/)
A intenção dos países hegemônicos é impedir o desenvolvimento, difundir a noção de incapacidade e instauração de pleno domínio das regiões mais ricas dos estados nacionais que querem evoluir para o estágio de nações desenvolvidas. O tipo de política intervencionista aplicada por meio de organizações não-governamentais (ONGs), nacionais e estrangeiras, a ação de organizações religiosas comprometidas com os seus propósitos, aproveitando a ignorância do povo e de autoridades, seviciando os corruptos e colaboracionistas, é presenciada atualmente na questão da retirada da população não-indígena da RIRSS – Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. A esse tipo de guerra, identificada como assimétrica ou irregular classificada como de 4ª Geração, está sendo contraposta um tipo novo de resistência que poderia muito bem ser denominada de “Defesa de 4ª Geração” – tem-se mostrado eficaz e já apresenta vitórias. (190 milhões de brasileiros poderão ser despejados do Brasil http://www.raizdavida.com.br/site/portugues/190-milhoes-de-brasileiros-poderao-ser-despejados-do-brasi/)
Autor:
*Edvaldo Tavares – Médico, Diretor Executivo do Sistema Raiz da Vida www.raizdavida.com.br. Projeto Rondon I (1969) – acadêmico de medicina em Iauaretê/AM (Cabeça do cachorro). Projeto Rondon II (1970) – acadêmico de medicina em Parintins/AM. Projeto Rondon III (1971) – Chefe de Equipe em Dourados/MS. Foi membro da equipe precursora da instalação do Campus Avançado da UEG (Universidade do Estado da Guanabara em 1970) em Parintins/AM. Foi 1º Ten e Cap Médico do glorioso Exército Brasileiro na Colônia Militar do Oiapoque, Clevelândia do Norte/AP e Maj Médico Diretor do Hospital de Guarnição de Tabatinga, Tabatinga/AM.
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