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sábado, 19 de março de 2011

O ÚLTIMO BASTIÃO

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Pronunciamento, dirigido por nós aos diletos Membros da ONG, “Terrorismo Nunca Mais” (TERNUMA), no dia de hoje, por ocasião de nossa escolha para presidir a valorosa e combativa Entidade.


Quando começou a luta armada, após a Contra - Revolução de 31 de março de 1964? Não importa.

O terrorismo começou - “Na manhã de 31 de março de 1966, quando o público e as autoridades aguardavam no Parque Treze de Maio, em Recife, o início das comemorações do segundo aniversário da revolução, previsto para as 9 horas. De repente, milhares de pessoas foram surpreendidas com uma violenta explosão, seguida de espessa nuvem de fumaça que envolveu o vizinho prédio dos Correios e Telégrafos.

Quando a fumaça se dissipou, os relógios registravam 8h47min.

A luta armada não é conduzida por pessoal identificado. Pelo contrário, é conduzida às ocultas, sub-repticiamente, na clandestinidade. Seus combatentes valem - se de disfarces, utilizam codinomes, isto é, nomes em código, fictícios, bem como documentos falsos e outros subterfúgios para não serem identificados. Não usam uniformes nem insígnias de posto ou graduação e não se restringem ao emprego de armamentos militares; valem – se também de coquetéis molotov, bombas, estilingues com bolas de aço etc. que, todavia, são armas reais” (extraído do livro, A Grande Mentira, do General Agnaldo Del Nero Augusto).

Nos anos seguintes, entre assaltos, seqüestros, roubos, justiçamentos, a subversão aflorou, cresceu, expandiu – se, mas terminou por sucumbir.

Foram anos de terrível incerteza e inquietude. A quebra da lei e da ordem ocorria à solta, seja através de ações de grupos radicais, por atos criminosos cruentamente desencadeados, os quais tiraram a vida, não apenas de agentes, mas de inocentes cidadãos; seja pelas mobilizações turbulentas de entidades estudantis, sindicatos, etc, que se compraziam em perturbar o clima de paz e desenvolvimento existente.

O Governo aprendeu na pele a coibir as ações subversivas. No sacrifício, em missões permanentes e desgastantes, coube às equipes compostas por brasileiros escolhidos de diversas organizações, como o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a Polícia Civil e as Polícias Militares apresentar - se para o combate a um inimigo oculto e sanguinário.

Os agentes da lei foram escolhidos a dedo, entre os melhores profissionais. Não foram os mais cretinos, os mais sádicos, os mais canalhas, os corruptos e os patifes.

Eram selecionados e muito. Eram pais de família, filhos diletos chamados pela Nação para lutar em prol da tranqüilidade do País.

E lutaram, e sofreram, e muito. Longos períodos fora de suas casas, longe de suas famílias. Muitas noites em claro. A paga? O cumprimento do dever, inclusive e, se preciso, com o sacrifício da própria vida.

Tempos incertos, de apreensões, de angústias, de incertezas. Vários grupos de esquerda disputavam a primazia da violência. Combatê-los era uma tarefa de abnegação, de coragem e de desprendimento.

Nada adiantou. Os anônimos heróis foram transformados em párias, em malditos, em torturadores empedernidos; e os subversivos, em mártires. Equivocadamente, foram anistiados, e muitos indenizados, regiamente.

Quanto aos depositários da segurança pública, conviveram e convivem com a vergonhosa pecha de irracionais torturadores. Graças à propaganda, ao aliciamento de inocentes uteis e de espertos oportunistas, decretou – se que eles foram os maquiavélicos carrascos de uma matilha de dóceis cordeiros.

Eles cumpriram o seu dever. Não enriqueceram, não exigiram glórias, nem reconhecimento. A missão era silente, perigosa, legal, e poderia ser letal.

Hoje, entre as correntes que se atrevem a repudiar os engodos atuais, inúmeras, como nós, respeitam e admiram àqueles verdadeiros heróis.

Outras vertentes de insatisfação, que poderão concordar ou não conosco, no referente ao destrato do Estado para com os abnegados agentes, que batalharam contra a subversão, são lúcidas o suficiente, para entender que caminhamos para uma ditadura de esquerda.

Quanto a nós, repudiamos as tentativas de massacrar e tripudiar sobre os agentes da época, e, com o mesmo espírito de repúdio que motivou aqueles nacionalistas, atrevemo – nos a denunciar os descaminhos que seguimos. Por isso, nós do Grupo Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA), negamo - nos a abandonar o campo de lutas, pois entendemos que o fato de a canalha de ontem ter ocupado o poder, e tentar por meio de subterfúgios o domínio que tentaram e fracassaram pelas armas, não pode ser a desculpa para, gratuitamente, alcançarem seus objetivos.

Atualmente, o TERNUMA, ao mesmo tempo em que se coloca, como sempre, na posição de preservar a honra e a dignidade dos cidadãos que no passado cumpriam a sua missão, e evitar que os criminosos de ontem, se transformem nos justiceiros de hoje, posiciona - se para defender a democracia, por perceber que através da sua manipulação, as mesmas raposas de antanho estão assumindo o controle completo da Nação.

Não somos, certamente, o último bastião, outros existem. Entidades, Organizações Não Governamentais externam a sua repulsa ao que está acontecendo. Sem o respaldo dos extensos e incalculáveis recursos do desgoverno, persistentemente, difundem suas mensagens de desagravo, denunciam, vaticinam tempos piores, e alertam para a esbórnia material e moral que assola o País.

Eles, como nós, temem o pior.

Receamos a sacralização de barbaridades como o 3º PNDH e sua revanchista e deletéria "Comissão da Verdade", tememos a propaganda enganosa e tememos a ditadura que desfila no horizonte.

Tememos, mas não fugiremos. Escreveremos, mas não roubaremos, não seqüestraremos, não atacaremos, não assassinaremos e não mentiremos.

Apesar da sinceridade, apesar da crença de que a verdade prevalecerá, diante das preferências do povo brasileiro, provavelmente, perderemos ou quem sabe, venceremos, só o tempo dirá

Como consolo, e para a posteridade, com honra e de pé.

Brasília, DF, 19 de março de 2011

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