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sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Terrorismo

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira



A recente morte do terrorista Osama Bin Laden tem provocado acirradas dúvidas e discussões. Até, que é uma farsa montada pelos EUA. Não importa.

Não poucos, equivocadamente, simpatizam com a perpetração daqueles atos criminosos, procurando justificá - los de várias maneiras.

No caso do Bin Laden, francamente, por se declararem antiamericanistas. Se o alvo principal dos atentados, não fosse aquela nação, talvez não fossem tão condescendentes com o terrorista.

Nada há a estranhar. Recordemos que por ocasião dos atentados de 11 de setembro, de início aquelas imagens, dantescas, terríveis, foram chocantes

A devastação, o número de mortos, a surpresa, a dimensão do ataque, de pronto, indignou e deixou atônita, a população mundo a fora.

Porém, passado o impacto da chacina, pulularam analistas na mídia com suas análises e opiniões sobre a barbárie, e na medida em que os dias foram passando, não poucas vezes, nos deparamos com frases do tipo “eles (EUA) mereciam”, “mais cedo ou mais tarde tinha que acontecer”, “foi uma espécie de vingança”, e por pouco um iluminado qualquer não propunha a concessão de alguma medalha nacional para o astucioso e cruel terrorista.

Não sabemos qual a opinião da população em geral; provavelmente, nem tem, mas a de diversos formadores de opinião, de certo modo, foram deprimentes. Só faltaram aplaudir o tresloucado e bárbaro ato.

Por isso, quando alguém pergunta o que achamos da Comissão da Verdade, disposta a esmiuçar “torturas”, não titubeamos em afirmar, que pela submissão, condescendência e simpatia de nossos representantes com indivíduos tão determinados em atingir seus objetivos, de que ela será aprovada, e se prestará a infernizar a vida de pretensos torturadores, mas, e, principalmente, colocar uma pedra sobre os atos opostos, isto é, as ações terroristas, praticamente avalizando, desculpando e justificando os seus atos.

Nós, da Organização Não Governamental “Terrorismo Nunca Mais” (Ternuma) por óbvias razões, abominamos o terrorismo e os seus agentes, aqui e no exterior, não por sermos pró ou antiamericanistas, mas por acreditarmos no bom combate, e por deplorarmos aqueles, que no seu intento, religioso ou ideológico, não se importam em ceifar vidas inocentes.

Lamentamos que alguns jovens ou cidadãos envolvidos pelos mais diversos tipos de promessas, se imolem como homens – bomba, ou como kamikazes pilotem seus engenhos em direção às edificações, pouco se lixando com os inocentes que serão imolados na sua ação.

A morte de Bin Laden certamente não será o fim dos atentados terroristas islâmicos, ou não, contudo, a certeza de que semelhante ser humano, capaz de infernizar a vida, não somente dos EUA, mas de outros países democráticos, deve trazer um mínimo de tranqüilidade, seja para os países alvos e seus governos, mas também para você, para nós, para nossos filhos e netos, que podemos estar, inocentemente, um dia na frente de seus artefatos destrutivos.

Sem esquecer que, segundo os desejos do terrorismo, a morte de inocentes é muitas vezes o seu propósito maior, objetivando inundar de medo, de pânico uma população, não sendo necessariamente ou estando dentro de uma instalação militar ou do governo para ser martirizado, pois o propósito é, simplesmente, o de matar inocentes.

O terrorismo é crime, inafiançável e inesquecível, para as suas vítimas, pais, filhos, parentes e amigos, e deveria ser também para a Justiça.

Brasília, DF, 04 de maio de 2011

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